O MUNDO NA MINHA PELE



Isaias capítulo 1 Ouvi, ó céus, e dá ouvidos, ó terra, porque o SENHOR é quem fala: Criei filhos e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim. O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende. Ai desta nação pecaminosa, povo carregado de iniqüidade, raça de malignos, filhos corruptores; abandonaram o SENHOR, blasfemaram do Santo de Israel, voltaram para trás. Por que haveis de ainda ser feridos, visto que continuais em rebeldia? Toda a cabeça está doente, e todo o coração, enfermo. Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, contusões e chagas inflamadas, umas e outras não espremidas, nem atadas, nem amolecidas com óleo. A vossa terra está assolada, as vossas cidades, consumidas pelo fogo; a vossa lavoura os estranhos devoram em vossa presença; e a terra se acha devastada como numa subversão de estranhos. A filha de Sião é deixada como choça na vinha, como palhoça no pepinal, como cidade sitiada. Se o SENHOR dos Exércitos não nos tivesse deixado alguns sobreviventes, já nos teríamos tornado como Sodoma e semelhantes a Gomorra. Ouvi a palavra do SENHOR, vós, príncipes de Sodoma (príncipes de Israel); prestai ouvidos à lei do nosso Deus, vós, povo de Gomorra (povo de Israel). De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? — diz o SENHOR. Estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais cevados e não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecer perante mim, quem vos requereu o só pisardes os meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs; … é para mim abominação, e também as Festas… e a convocação das congregações; não posso suportar iniqüidade associada ao ajuntamento solene. As vossas Festas… e as vossas solenidades, a minha alma as aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer. Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue. _________________________________ Estranhamente é assim que me sinto. Não sei o que está acontecendo com você. Porém, de um modo estranho, às vezes me dá a sensação de estar sentindo o pulsar dessa inteira geração, não só no Brasil, mas até no mundo. Durante toda minha existência me deu a sensação de estar conectado a algo maior, mais coletivo do que eu conseguia imaginar. Na adolescência esse sentir quase me matou de agonia. Depois de convertido quase me matou de correr, pregar e me entregar até o tutano do ser. Depois, já homem adulto, após os trinta anos, sentia o que acontecia com a igreja no Brasil e no mundo, que era algo que transcendia até mesmo a todas as inúmeras informações que eu tinha. De 1998 em diante, entretanto, passei um tempo de tanta dor pessoal, que não havia alma em mim para mais nada, a não ser para a dor que me cercava por dentro e por fora. De 2002 para frente, lentamente, fui sentindo minha re-conexão com algo muito maior do que tudo o que antes eu conhecera. Ora, isto inclui não apenas a alma cristã, a qual, sinto como se fosse uma respiração no meu rosto. O que me espanta, todavia, não é isso, mas sim o fato de que até minha pele sente as energias desta Era da Terra. Sinto. E, muitas vezes, não sei nem mesmo justificar para mim mesmo a razão de sentir o que sinto. Todavia, com muita freqüência, vejo que aquele sentir logo se manifestar como realidade visível aos olhos de todos. O que sinto é a manifestação de muitos demônios criados pelo homem, processados pelos “inconsciente coletivo”, re-esculpidos pelos Principados e Potestades espirituais, e, devolvidos aos humanos como espíritos irresistíveis, pois são nossa própria fabricação plástica, estética, psicológica, cultural e política; sendo, portanto, a devolução de nossos desejos, de modo superlativizado, e, portanto, irresistíveis. Assim, eles são feitos espíritos de informação, propaganda e mídia; ou seja: meio e mensagem; significando a mesma coisa que anjos; que são meio e mensagem no que carregam. Não é fácil tentar manter o coração em Deus e o pé na Terra! — disse Adriana quando leu o que eu havia escrito até aqui. É verdade! Muitas vezes é quase insuportável, pois, você vê, mas não é ouvido; sente, mas não é crido; anuncia, mas todos riem; grita, mas todos tentam abafar; sabe o que é, mas ninguém quer saber. E o pior de tudo é ter que assistir aos gritos a morte do homem, enquanto as pessoas querem discutir quem é que morre com a razão! Também, além do pulsar do coração fragmentado e carente desta geração que vai se esfriando no amor a cada dia, sinto, com certeza, que há uma represa do Espírito que está para se rebentar sobre toda carne. E é esta certeza que me alenta o coração. Para quem está tão preso ao seu próprio umbigo, todavia, saiba: nunca nenhuma outra geração humana viveu um tempo tão determinante e crucial para a vida humana na Terra quanto esta, na qual estamos presentes. São ódios, taras, impulsos incontroláveis, invejas crescentes, superficialidade abismante, religiosidade suicida e perversa, líderes que conduzem à morte, orgulhos nacionais de potencial cataclísmico, ansiedades incomparáveis, medos e fobias, frenesi de cio jamais visto, medo da solidão como nunca antes, desafeição, inafetividade natural, e torpor… muito torpor… torpor dos sentidos e do espírito. Mas o Espírito haverá de se mover sobre esse caos e ainda dar aos humanos a chance de conhecerem o Evangelho; principalmente dará aos cristãos a bendita e salvadora chance de saber que não tinham ainda conhecido Jesus e o Evangelho do Reino; mas tão somente o Jesus da Igreja dos Homens. Para quem, ouve, todavia, eis a Palavra do Senhor: Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas. Vinde, pois, e arrazoemos, diz o SENHOR; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã. Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra. Nele, que não cansa e nem se fatiga, Caio