O QUE É UMA MENTE ABERTA?

 

O QUE É UMA MENTE ABERTA?

 

Examinai todas as coisas e retende o que seja bom” — Paulo.

 

Uma das coisas que hoje mais me impressionam acerca da mente humana é a capacidade das pessoas de não incluírem em suas vidas coisas e eventos inexplicáveis.

Sim! Assusta-me que as pessoas experimentem o inusitado, e, apenas por ser inexplicável, o arrancam de suas mentes, lembranças e histórias; ou ainda como referencias freqüentes na tentativa de entender o que não podendo ser negado, não seja, todavia, ainda explicável… 

Por exemplo:

Quando eu tinha 13 anos, juntamente com meu pai e cerca de 12 a 13 amigos, indo de Niterói para Itaperuna, no Estado do Rio, vimos, todos nós, no meio do céu, um objeto brilhante como se fora uma esfera prateada altamente brilhante, o qual estava parado, imóvel, no meio do firmamento azul.

Papai parou o carro e todos nos pusemos em pé, ao lado da estrada estreita de asfalto, olhando, perplexos, aquela coisa inexplicável. Ficamos alguns minutos ali especulando sobre o que seria aquilo. Papai descartava todas as sugestões que dávamos. Então alguém disse que seria um balão meteorológico, mas papai também descartou a idéia. Então, de súbito, a esfera saiu voando em velocidade impensável para nós, deixando apenas um risco de nuvem como rastro; e, assim, sumiu como se nunca estivesse estado ali.

Fomos embora comentando o episódio. No dia seguinte, no entanto, já na volta para casa, os meninos começaram a dizer que era melhor ninguém comentar aquilo, pois, ninguém acreditaria. Na realidade voltamos para casa e ninguém mais falou no assunto. Eu, todavia, não podia descartar o que eu havia visto apenas porque era inexplicável. Portanto, continuei a me interessar sobre o assunto, pois, mesmo que não pudesse entender ou mesmo saber o que era aquilo, não me era, todavia, possível viver como se tais coisas inexplicáveis não acontecessem.

Seis anos depois, já convertido e significativamente “maduro” mentalmente, em meio a uma aula de Física na Escola Técnica Federal do Amazonas, eu e toda a Escola fomos molestados por uma gritaria geral…, e, juntos, corremos para a janela da classe de aula. O professor de Física, professor Bessa, ficou ao meu lado na mesma janela.

Dali vimos chocados e em silencio um objeto que parecia uma montanha em forma de uma “Traça Gigante”, vazada de luz de dentro para fora, o qual vagava lenta e majestosamente sobre o céu da cidade… Foram não mais do que alguns minutos de avistamento, quando a “montanha” fez a volta suavemente sobre nós e foi deslizando no céu na direção do Rio Negro.

O professor Bessa nos disse que aquilo não era desta ordem de cosias, mas que ele não sabia o que era e nem poderia explicar.

Eu, agora crente, olhava para aquilo e pensava apenas na volta do Senhor!…

Saí dali e fui até a casa daquela que veio a ser a mãe de meus filhos, e, ao lá chegar, fui informado de que ela, o pai, que era Capitão dos Portos de Manaus, e todos os marinheiros de plantão na Capitania, que fica às margens do Rio Negro — haviam visto aquilo por mais de oito minutos, vagando sobre o rio até que desapareceu suavemente, assim como havia surgido.   

No dia seguinte não se falava em outra coisa na cidade toda. Era o ano de 1974. A cidade toda viu… E, por alguns dias, como todos haviam visto, se falava no assunto, mas, logo depois, tudo foi esquecido…

Seguindo na mesma linha de exemplo — não que seja a mais importante, mas é sem dúvida uma das mais ilustrativas do que desejo afirmar — vejo, hoje, todos os dias, a quantidade enorme de avistamentos da mesma natureza sendo reportados no mundo inteiro apesar da oposição dos Governos dos países e das empresas que possam institucionalmente ser chamadas a “testemunhar”.

São avistamentos cada vez mais freqüentes e documentados por radares, câmeras, fotos, radiação alterada em lugares, emissões estranhas de freqüências que paralisam equipamentos, sem falar em “quedas” de tais coisas em vários lugares, cujo material é imediatamente recolhido pelas autoridades, embora os impactos no chão e os efeitos radioativos não permitam pensar que se tratava apenas de uma “impressão” falsa tida pelas inúmeras testemunhas oculares.

Hoje em dia há milhares de avistamentos presenciados por toda sorte de testemunhas especializadas, como pilotos de caças supersônicos, pilotos de aviões comerciais, astronautas, técnicos de aeroportos, etc.

E mais: tais coisas espantosas acontecem no mundo todo desde a antiguidade. Mas para que não se viaje para o passado farto de tais testemunhos, fiquemos apenas no tempo presente.

Ora, com isto, o que digo é que me choca ver a cegueira auto-imposta. Sim! Assusta-me que tudo aquilo que não seja explicável ainda por nós, os humanos, tenha que se tornar “tabu”.

Os cientistas, por exemplo, buscam vida extraterrestre, mas, impõe condições para a admissão de tal possibilidade. Aceitariam tal possibilidade apenas se eles mesmos, em algum lugar fora da Terra, achassem vida insipiente ou desenvolvida. Mas, se tal coisa se manifestar ao povo, abertamente, sem que os cientistas sejam os privilegiados pelo avistamento, então, não serve; posto que nada seja real na percepção humana hoje em dia, sem que seja validado pela “ciência” ou por “cientistas isentos”.   

Os Governos dos países, com exceção dos paises pobres, escondem tudo, temendo que haja uma comoção mundial desinteressante ao controle das massas.

Os Esotéricos, todavia, levam tais coisas a sério, e, por tal razão, as “mentes ilustradas” entre nós, pensam: “Isso é coisa de Esotéricos!” — e, assim, nem mesmo se interessam pelo assunto, apenas porque grupos esotéricos se interessam.

Os cristãos, por seu turno, não entendendo o fenômeno e temendo relativizarem as Escrituras, que explicitamente nada falam sobre o assunto, tratam a questão com descaso, como coisa de esotéricos ou de ateus. E, assim, não têm interesse algum em pelo menos manterem-se abertos ao que esteja acontecendo, ainda que seja apenas por uma questão de respeito ao testemunho humano.

Ora, aqui não estou falando do fenômeno dos Óvnis, mas do fenômeno humano e mental que faz com que coisas tão esmagadoramente documentadas e relatadas por milênios, sejam tratadas como se nunca tivessem acontecido.

Sim! O meu interesse, aqui, hoje, neste texto, é apenas mostrar como a mente humana é manipulável e silenciável; e mais: como ela é esquecidiça.

É nesse sentido que tenho dito a alguns “cientistas” que eu tenho uma mente infinitamente mais cientifica do que a deles, pois, estou aberto para considerar tudo.

E mais: não “limo” tais informações de minha mente apenas porque faltem explicações.

Ao contrario, fico aberto mesmo sem entender, pois, mantenho-me buscando linkar tudo o que possa ser integrado ao fenômeno em questão, ou que possa ser iluminado por ele, a fim de que eu possa compreender com mais clareza o que me cerca.

Então, alguns já me disseram que não posso ter a mente aberta pelo fato de que um homem de fé tem um script pré-definido pelos dogmas da fé. Eu, todavia, sem negar que seja fato que eu tenha um Absoluto em minha mente, afirmo que ainda assim fico aberto a tudo, posto que pela fé eu saiba que todas as coisas procedam de tal Absoluto: Deus.

Quando se trata de Óvnis, por exemplo, não penso neles como visitantes de outros planetas, mas como manifestações de seres que nós chamamos de “espirituais” apenas porque sejam feitos de energias diferentes daquelas que constituem nossos corpos.

O que creio, no entanto, é que tais coisas não vêm de fora, posto que existam aqui mesmo, em uma ou mais dimensões paralelas à nossa, as quais são por nós chamadas de existências espirituais.

Entretanto, como disse antes, meu interesse aqui é no fenômeno de esquecimento auto-imposto ao qual as pessoas se submetem apenas por não entenderem algo.

As coisas que não entendemos devem ser guardadas por nós como coisas que não entendemos, mas sem que as tratemos como coisas que não existem.

Não entendo o Universo, mas nem por isto posso negá-lo. Afinal, eu existo em seu ambiente.

Assim, negar as coisas que não se entende é tão louco quanto negar que o Universo exista apenas porque não o compreendo.

Pense nisto!

 

Caio

12 de fevereiro de 2009

Pendotiba

Niterói

RJ

Dia do aniversario de minha filha Juliana, minha princesinha e caçulinha, mãe de meu netinho Mateus.