O QUE VOCÊ ACHA DA “IGREJA E DA PREGAÇÃO COM PROPÓSITO
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From: O QUE VOCÊ ACHA DA “IGREJA E DA PREGAÇÃO COM PROPÓSITO”?
To: [email protected]
Sent: Monday, May 16, 2005 4:13 PM
Subject: propósito e pregação
Querido Caio,
Procurei pelo site e não achei nada a respeito das Igrejas Dirigidas por Propósitos.
Gostaria e acho de grande valia para a Comunidade, graças a teu conhecimento e experiência, tua opinião e parecer a respeito disto.
Outro assunto que creio ser muito importante é a respeito do “Preparo de Pregações”. Devemos simplesmente seguir os roteiros indicados pela Homilética? Ou também eles acabam por serem leis que podem acabar por atrapalhar?
Rick Warren prega a “Pregação Dirigida Por Propósitos”, que vai na direção contrária do que dizem os livros.
Já teve contato com esta forma de pregação?
No mais, que Deus o abençoe. E reitero o valor e ajuda que todo o site tem sido para mim. Comecei a ler o Enigma Da Graça… E estou ansioso por aquilo que Deus vai me mostrar.
Um abraço.
Roberto S.
Resposta:
Meu querido amigo: Graça, Paz e Liberdade no Espírito!
O propósito da Igreja é ser testemunho e testemunha de Jesus na Terra.
Portanto, o propósito é simples: “… assim como Pai me enviou, assim eu vos envio ao mundo”.
O propósito, em razão disso, é encarnar o Evangelho da Graça, tanto na vida pessoal—inclusive nas contradições—, quanto também nas palavras e atitudes.
No entanto, quando se fala em “Igreja com o Propósito”, se está falando de um método bastante fundado numa visão secular e empresarial da gestão por objetivos; e, no caso evangélico, trata-se de um programa de crescimento da igreja.
Portanto, é apenas mais uma tentativa humana de encontrar eficácia no ministério; o que, em minha opinião, acontece porque falta espontaneidade, unção, graça, dons, liberdade, leveza, e a pureza do Evangelho que se manifesta por meio de palavras, atos, sinais, prodígios, maravilhas, e um derrame de graça e amor. É por tais ausências que se precisa inventar modelos superficiais e seculares.
Quanto à forma da pregação, também é outra tolice. “Evangélicos” vivem de modas. Falta-lhes a Palavra. Então, por essa razão, abre-se espaço para a importância do “método”.
Pregação não é forma, é conteúdo. A forma é mais que secundária. O que importa é que a Palavra seja “comunicada”; e, para isto, o pregador será tão mais eficaz quanto mais espontâneo, próprio, livre, criativo e sintonizado com as pessoas ele for; e, sobretudo, se ele falar de algo que já “passou por dentro dele”; ao invés de ser fruto de uma leitura interessante, mas que não se tornou ‘bem’ para o ser do pregador.
O resto é o resto; e não há nenhuma revelação de Deus nesse método. Na realidade a “Igreja com Propósitos” é a contrapartida evangélica ao G12 e às modas e moveres neopentecostais.
Lamento muito que o nível ainda seja esse; e que o Evangelho ainda não tenha sido de fato entendido. Tudo o que vejo é tentativa se substituir a unção, a sabedoria e a intrepidez na Palavra e no Espírito pelas receitinhas evangélicas; nesse caso, mais uma receita norte-americana.
Receba meu carinho!
Nele,
Caio