O SEU AMOR PARA COM TODOS NÓS

 

 

 

 

 

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From: O SEU AMOR PARA COM TODOS NÓS
Date: 21/08/2007 16:57
Subject: O SEU AMOR PARA COM TODOS NÓS.
To: [email protected]

 

Prezadíssimo PASTOR  –  Você é digno desse título e tratamento.

 

 

Freqüento o Caminho de BSB. Que bom que Deus nos “deu VOCÊ” aqui nesta cidade. Fico impressionada com os descaminhos daqueles que lhe escrevem e quase sempre  choro com eles, e olhe que sei que você coloca apenas alguns pra nós – que acredita ser de interesse coletivo. Também me impressiona a admiração e respeito que todos sentem por você. Não era pra se esperar outra coisa, de acordo com sua vida e palavras, de pessoas com um pingo de bom senso. Caio, eu tenho cinqüenta anos e formação superior na Unb em psicologia e não poucas vezes preciso ler um parágrafo seu duas vezes, daí, amado, paciência com os menos dotados. 

 

Desde a primeira vez que li você – 1986 – Ministros   pra uma nova realidade, mais ou menos esse o tema do livro, fiquei encantada. Pensei: meu Deus “essa cara” – não lhe conhecia, tinha me convertido há pouco – escreve exatamente o que eu penso…, e nestes anos todos, continua sendo a mesma coisa.

 

Cá entre nós e o resto do mundo, o irmão é superdotado. Às vezes percebo que você quase perde a paciência com os “meninos” que lhe escrevem, mas Caio tenha mais paciência com eles do que você já tem; eles lhe amam e confiam em você porque você é honesto; e você sabe tão bem, ou melhor, que eu que esse é um quesito quase em extinção no “nosso meio”.

 

Meu Pai tenha misericórdia de nós!

 

Como freqüento o Caminho desde que você veio pra cá, também percebo claramente como você amadureceu neste três últimos anos em relação a tudo o que fizeram com você ou não fizeram, né?

 

Isso alegra muito meu coração e com certeza muito mais o de nosso Pai.

 

Pastor sei que você tem trocentas cartas pra responder, mas tenha bom ânimo, meu amado, “pois o seu trabalho não é vão”. Você ainda viverá para ver germinar (muitos já germinaram) e crescer uma geração inteira do evangelho da graça. Deus lhe dará esse presente, com certeza.

 

Também, Caio, você sabe o estado das nossas igrejas, eu sempre digo: quero saber quando é que esse povo vai pregar Jesus, principalmente as igrejas do Evangelho da prosperidade. O Pregador, que não prega a dor – mas a Vida, que eu mais vi basear as suas pregações, e olhe que nestes 26 anos já ouvi pregador do mundo todo, em Jesus e no Evangelho Dele é você meu irmão,  e a Igreja precisa conhecer o Jesus da Vida, o Jesus dos Evangelhos, enfim o JESUS que você anuncia e segue.

 

É isso Caio! Que a graça de Nosso Senhor e Salvador seja sobre todos os seus amores amados; e sobre você: “Graça e graça, homem valoroso e mui Amado por Deus” e por um montão de irmãos sensatos.

 

Um grande abraço!

 

 

No amor que nos une e nos fez irmãos

 

Maria Tereza

 

PS. Também leio os seus aconselhamentos no site, daí ver como a galera, tanto os jovens como os mais velhos lhe amam e lhe respeitam. Receba isso como um bálsamo de amor do coração dos irmãos para o seu coração. Tem muita gente boa de Deus que lhe ama muito, assim feito eu.

 

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Resposta:

 

 

Querida Maria Tereza: Graça e Paz!

 

 

Sim! De 1999 para cá muita dor entrou e saiu de meu coração. Aliás, algumas entraram para que outras saíssem, em alguns casos; em outros não, foi a pura pacificação do amor de Deus que realizou o bem em mim.

Em 1999 eu estava apático demais para sentir dor. Doía uma dor surda. Uma dor densa. Outras vezes era uma febre de alma que mais se assemelhava a uma infecção generalizada. Por vezes parecia mais uma alergia: falava-se em “crente” e em “pastor” [ou na categoria] e eu sentia a coceira da erisipela…

 

Entretanto, foi já de volta ao Brasil [1 de novembro de 1999 em diante] que tive que ver pessoas, que encontrá-las, e, como se não bastasse, voltei a morar em Niterói, no ambiente contaminado e viciado das doenças e fofocas de igrejas e de seus seres virais, sempre espalhando a gripe do desamor e do juízo em toda parte.

 

Então, senti que eu era a Geni de todos eles!

 

Mas foi somente quando enfim, pela 5ª vez, eu disse “não” à tentativa dos mesmos que me julgavam sem conversa, e que assim mesmo me queriam no “Concílio” [para fazerem de mim um Sansão cego e levado pelas mãos deles] — que senti que meu coração foi se aliviando.

 

Naquele período eu fiquei tão triste com um “filho na fé” [assim eu cria; como cri acerca de muitos outros], o qual pela frente ia me incensar [chegava a minha casa cheio de salamaleques] e pelas costas mentia de todos os modos [e chegou até a esquecer de tudo o que eu fizera por ele no curso de anos, e, sem memória, doido mesmo, um dia me contou acerca das “portas abertas” que ele tinha; até que viu que eu era eu, e, sem graça e sem Graça, me disse: “Quer dizer: tudo isso você me ajudou a ter!”] — que cheguei a dar uns catiripapos nele, como quem bate em criança.

 

Foi quando ele me disse o que eu não queria ouvir:

 

“Sim! Eu queria ser você; queria o que você tem.”

 

Tudo estava sendo gravado; pois, eu não agüentava mais ver esse pessoal vir e me dizer uma coisa, e, depois, anunciar o oposto. Então gravei. Depois me arrependi e joguei tudo fora. Ele está totalmente perdoado.     

 

Tolice. Mas me doía ver aquele pessoal só falar de mim no passado, como se eu fosse um ghost, um fantasma, uma voz do além…

 

O Café com Graça começou a me curar. Mas foi no Caminho da Graça, já em Brasília, que fui sentindo meu coração se aliviar; e o amor dos irmãos foi o elemento terapêutico por excelência. Enquanto ajuda aos outros, o ato de fazê-lo ia me curando.

 

Ir para Brasília foi pura Graça de Deus para mim e os meus!

 

E tudo foi tão livre, leve e solto, que pareceu mais o vento que uma mudança!

 

Hoje é como se nunca tivéssemos morado fora de Brasília. De fato, fora o Eixo Monumental – com o Kinder Ovo no final (assim Adriana e minha neta Hellena chamam o Congresso Nacional – que é um Con-gesso, não com Congresso) — o resto da cidade me é totalmente agradável.

 

Ora, além de todo amor e carinho recebidos, ainda me apaixonei pela fauna e a flora do serrado. Hoje boa parcela dos pássaros do Lago Norte ou vivem ou visitam a nossa casa todos os dias. É um viveiro aberto e livre.

 

Estamos felizes; muito mesmo!

 

Agora o desafio é levar todos os filhos e netos; pois, todos querem mudar para lá; dependendo agora apenas das circunstancias de emprego e trabalho. Mas Deus proverá.

 

No momento estou também muito grato a Deus pela ajuda do Chico. Agora, por exemplo, entre meu pai na UTI e a Adriana no Rio, se preparando para uma intervenção cirúrgica, não fora o Chico aí, e eu ainda teria a intranqüilidade de sentir o povo largado nas necessidades diárias que a maioria me trás.

 

Minha grande exultação, no entanto, é ver como encontrei certas pessoas [esbagaçadas] e como elas estão tão bem agora.

 

E pensar que somente três anos passaram…

 

De fato, cheguei aí em luto.

 

Lukas havia partido e partido em milhares de pedaços eu ficara. Agora as saudades continuam, mas cada vez mais felizes e doces; e tudo também tem a ver com essa bendita mudança, a qual foi muito mais que geográfica.

 

Além do Rômulo e família [amigos de verdade], foi-me muito bem reencontrar outros amigos, dentre eles o meu querido Edvaldo, que fora por anos um dos meus mais práticos auxiliares nos tempos da Vinde.

 

Assim, obrigado pela sua manifestação de amor em nome de tantos. Aceito e ponho no peito.

 

Nele, que nos pôs juntos na mesma trilha pouco percorrida,

 

Caio

 

22/08/07

Manaus

AM