OBRIGADO SENHOR MENDIGO!

 

—– Original Message —–

From: OBRIGADO SENHOR MENDIGO!

To: ‘CAIO’

Sent: Saturday, March 28, 2009 11:30 AM

Subject: XÔÔÔÔ MORCEGO!

 

Amado Caio,

 

É isso aí mesmo! Só seu coração e sua alma sabem bem o preço pago para ser coerente diante do Senhor até nos erros.

Como Moisés, Samuel, Davi, você foi convocado por Deus para realizar a obra que Ele está orientando: nada melhor do que soltar-se nas mãos do Senhor, livre e corajosamente, como você é e faz.

Lembro de uma vez que nos encontramos na Vinde em Niterói e você me dizia que andava naqueles dias tão feliz pelas ruas que chegou a, distraidamente, pegar uma moeda de um mendigo que lhe estendia a mão, e o agradeceu e abençoou.

Essa pequena passagem trivial e aparentemente inconseqüente registrou um impacto fundamental na minha filosofia de vida até hoje.

Suas palavras, mais uma vez, querido amigo, me encorajam a continuar pelo Caminho, do jeito que estou também, sem alarde, sem muita festa, sem correligionários.

Os que amam o Evangelho, apesar das fraquezas da humanidade, vão sendo atraídos pelo mesmo e poderoso magnetismo de Yahweh e estarão para sempre todos juntos na nova Jerusalém.

Siga nesta sua força que o Senhor te dá generosamente, amado amigo.

Abraços,

 

Oswaldo Paião

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Resposta:

 

Mano amado: Graça e Paz!

 

 

Naquele tempo o meu romance com a vida era de uma natureza tão limpa e ainda pura e sem nenhum amargor na nenhum na alma, que, o pobre mendigo estendia a mão com duas moedinhas, e dizia: “Pelo amor de Deus!” — e eu, alienado de alegria, enquanto andava, cantava “Grandioso és Tu” pelas Barcas, em Niterói; olhei para o homem, e pensei: “Coitado! Querendo dar algo e ninguém pega!” Então fui na direção dele, sorri para ele, o abençoei, e, cheio de gratidão não pelo que ele dava, mas por crer que ele estava oferecendo, peguei as moedinhas, e disse: “Que o Senhor abençoe você, meu amado!”

E fui…

Passos adiante, vendo que todos me olhavam, parei; olhei para trás, e, então, vi que o homem era um pedinte, e que o povo me olhava por eu ter apanhado as moedinhas dele; então, assustado e envergonhado, voltei, abençoe-o de novo, devolvi as moedas e acrescentei mais umas…— e fui-me embora rindo de como a alegria excessiva pinta até o mendigo de um ofertante feliz, ao invés de ser um pedinte aflito.

Entretanto, nos dias de minha angustia, muitos anos depois, muitas vezes pedi a Deus: “Senhor, restaura a minha alegria, assim como ela era no tempo em que eu pegava oferta de mendigo pensando que ele estava alegre como eu!”

Rsrsrs.

Mano, um grande beijo sempre!

 

Nele, que é nosso cântico e nossa alegria,

 

Caio

28 de março de 2009

Copacabana

RJ