PARA VIVER BEM A VIDA E A MORTE!
De Paulo para os que andam pensando que o sucesso do viver se esgota nas ilusões de conquista na Terra.
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Bem, eu estou escrevendo para lembrar a vocês acerca do evangelho que já anunciei a todos.
Vocês receberam a Palavra, e é nela que vocês devem perseverar.
É no Evangelho que nossa perseverança encontra a salvação, isto quando conservamos a Palavra sem fazer em seu conteúdo mudanças que o corrompam.
Portanto, não busquem invenções, mas conservem a Palavra da Graça conforme eu, Paulo, a anunciei a vocês.
Isto se é que nenhum de vocês deseja ter crido à toa!
Vou repetir mais uma vez o que eu mesmo já entreguei como verdade a vocês.
Primeiramente eu entreguei a vocês o que também recebi dos que me antecederam, a saber: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado; que foi ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras; que apareceu a Pedro, e depois aos doze apóstolos; depois apareceu a mais de quinhentos irmãos duma vez, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já morreram; depois apareceu a Tiago; então, outra vez, a todos os apóstolos; e, por último, depois de todos apareceu também a mim, como a um ser arrancado do ventre pelo trauma de uma intervenção.
Eu, Paulo, sou o menor dos apóstolos, que nem sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a igreja de Deus. Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos os que me antecederam; todavia não eu, mas a graça de Deus em mim!
Então, ou seja eu, ou sejam eles quem primeiro pregou, não importa, visto que assim pregamos e assim vocês creram.
E o que se prega, sejam eles, seja eu?
Ora, nós pregamos que Cristo ressuscitou dos mortos!
Isto é o que pregamos.
Mas, se se prega que Cristo foi ressucitado dentre os mortos, como dizem alguns entre vocês que não há ressurreição de mortos?
Quem afirma tem que saber qual é a conseqüência de tudo o que afirma, pois, cada declaração carrega em si as suas próprias conseqüências para a fé.
Querem ver?
Tanto faz se vocês negarem o conceito como o fato; se negam o conceito da ressurreição; ou se negam o fato da ressurreição. Pois se não há ressurreição de mortos, também Cristo não foi ressuscitado.
E, se Cristo não foi ressuscitado, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a fé de todos vocês.
E pior ainda: se não há ressurreição, deveríamos também nos considerar como “falsas testemunhas de Deus”, afirmando que Ele ressuscitou a Cristo, ao qual—se não há ressurreição—Deus não ressuscitou!
Isto no caso de ser verdade o que alguns de vocês declaram; ou seja: que os mortos não são ressuscitados.
É uma questão de lógica, e vocês têm que aprender também a pensar, pois, se os mortos não são ressuscitados, também Cristo não foi ressuscitado. E, se Cristo não foi ressuscitado, é vã a nossa fé, e vocês ainda estão nos seus próprios pecados, sem terem obtido a graça do perdão.
E ainda mais: os que morreram em Cristo tendo essa fé estão perdidos!
Meus queridos amigos e irmãos em Cristo Jesus: se a nossa esperança em Cristo é algo apenas para nos dar um pequeno lastro para existir na terra, tenho a dizer a vocês que nós somos os mais miseráveis de todos os homens.
Sim! se nossa fé é apenas algo para as ilusões do tempo, nós somos dentre os homens os mais dignos de lástima!
Argumentações desnecessárias à parte, caminhemos para aquilo que é, e que não pode mudado.
Na realidade Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, sendo ele o primogênito da verdadeira ressurreição.
E por que?
Ora, assim como por um homem, Adão, veio a morte; também por um homem, Jesus, veio a ressurreição dos mortos.
Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados.
Cada um, porém, na sua ordem: Cristo veio primeiro, vencendo a morte, depois ressuscitarão os que na vinda de Cristo são dele.
Neste ponto teremos chegado ao fim-começo de todas as coisas, quando Cristo entregar o reino a Deus o Pai, quando houver destruído todo domínio, e toda autoridade e todo poder.
Enquanto isto, é necessário que Ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo de seus pés. E o último inimigo a ser destruído é a morte.
Afinal, está escrito: A todas as coisas Deus sujeitou debaixo de Seus pés!
Mas quando a Palavra diz que todas as coisas estão sujeitas a Jesus, claro que ela excetua Aquele que sujeitou a Cristo todas as coisas.
Mas quando todas as coisas estiverem sujeitas a Cristo, então também o próprio Filho se sujeitará Àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que o Pai seja tudo em todos.
Até algumas “infantilidades” de vocês dependeriam da ressurreição ser verdadeira ou não. De outra maneira, que farão os que se batizam pelos que morreram sem terem sido batizados? Sim, supondo que fosse válido, por que batizar-se por eles, se absolutamente os mortos não ressuscitam?
Isto sem falar na vida que nós escolhemos para viver. Sim, por que nos expomos também nós a perigos a toda hora?
Eu declaro que é pela glória que tenho em Cristo Jesus nosso Senhor que eu vivo morrendo todos os dias!
Ou o que vocês acham que seja a minha motivação para viver?
Como homem e com as próprias mãos, combati em Éfeso com as feras…
Que me aproveita isso se não há ressurreição?
Se os mortos não são ressuscitados, comamos e bebamos, porque amanhã morreremos!
E mais: se assim é, vivamos como se assim fosse, sem ficarmos brincando de “Cristo”, nem tampouco de “culto”, e muito menos ainda expondo-nos a perigos que não trazem paga.
Que ninguém se engane a si próprio. Tudo isto só está acontecendo porque vocês foram contagiados pelas falsas reflexões, e, pelas falsas doutrinas.
Não esqueçam: As más companhias corrompem os bons costumes.
Chega de sono. Acordem para a realidade, a verdade e a justiça, e não pequem mais contra o que é; porque alguns no meio de vocês ainda não têm conhecimento de Deus.
Digo isto para vergonha de vocês, pois, quem conhece a Deus, sempre sabe identificar uma falácia quando a ouve.
Então, alguns de vocês dizem: Está certo. Nós cremos. Mas como ressuscitam os mortos? e com que qualidade de corpo vêm?
Insensato! o que você semeia não germina para a vida se primeiro não morrer.
É assim na natureza. E mesmo nela, quando você semeia uma semente, ela não é semeada já com a aparência do corpo que há de nascer. Ao contrário, para você colher um trigal, tem que plantar um grão de trigo, ou de outra qualquer semente, conforme aquilo que você deseja colher.
E, no caso da semente de trigo, a semente contêm o trigal, mas ainda não se pode vê-lo apenas na aparência da semente.
Mas Deus dá a cada um o corpo que Ele acha bem dar, e para cada uma das sementes Ele deu um corpo apropriado.
E não há porque haver surpresas quanto a isto. Afinal, habitamos a diversidade da criação de Deus, onde nem toda carne é uma mesma carne. Pelo contrário, uma é a carne dos homens, outra a carne dos animais, outra a das aves e outra a dos peixes. Ou vocês não sabem fazer distinção entre carne e carne?
Até o Universo nos conta a mesma história de diversidade, pois, nele tanto há corpos celestes, como também há corpos terrestres. Mas há que se aprender a diferenciá-los, pois, uma é a glória dos corpos celestes, e outra a dos terrestres.
Sim, uma é a glória do sol, outra a glória da lua e outra a glória das estrelas; porque até mesmo entre as estrelas há diferença de esplendor.
Assim também é a ressurreição:
Você é semeado em corrupção, mas será ressuscitado em incorrupção.
O que nós somos hoje é apenas a semente do que será.
Assim, hoje, semeia-se em ignomínia, a fim de que se seja ressuscitado em glória.
Assim, hoje, semeia-se em fraqueza, a fim de que se seja ressuscitado em poder.
Assim, hoje, semeia-se corpo animal, a fim de que se seja ressuscitado em corpo espiritual.
E claro meus irmãos que se há corpo animal, há também corpo espiritual.
Assim também está escrito:
O primeiro homem, Adão, tornou-se alma vivente; o último Adão, espírito vivificante.
Mas não é primeiro o espiritual, mas sim o animal; depois é quem vem o espiritual.
O Primeiro Homem, sendo da terra, é terreno; o Segundo Homem, sendo do céu, é celestial.
Semelhantemente ao Homem Terreno, são também todos os homens terrenos.
Semelhantemente ao Homem Celestial, serão também todos os homens celestiais.
E, assim como trouxemos a imagem do terreno, traremos também a imagem do celestial.
Mas há algo que preciso deixar bem claro para todos: carne e sangue não podem herdar o reino de Deus; nem a corrupção herdar a incorrupção!
E aqui digo a todos um grande mistério:
Nem todos dormiremos mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados!
E assim será porque é necessário que o que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e o que é mortal se revista da imortalidade.
E quando o que hoje é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e quando aquilo que hoje é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita:
Tragada foi a morte na vitória!
Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?
O aguilhão da morte é a realidade do pecado, e a força do pecado é a certeza da transgressão da lei!
Mas graça a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo!
Ora, é por termos tais certezas que digo a todos vocês:
Meus amados irmãos, sejam firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o nosso trabalho não é vão, se feito e vivido no Senhor e para o Senhor, e conforme a Palavra do Evangelho que nos foi entregue de uma vez e para sempre!
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Assim, quando vivemos dias de terrível déficit de esperança celestial entre os cristãos, saibamos:
Se nossa esperança em Cristo se limita apenas às passageiras conquistas desta existência e se é nelas que colocamos nossas esperanças, somos, de fato, os mais evasivos, auto-enganados, e infelizes de todos os homens.
A Religião é o ópio do povo, mas a ausência da fé na ressurreição como um fator existencial para hoje, nos faz existir sem a verdadeira vida, que é fruto da esperança que canta em volta de todas as sepulturas e pergunta à morte:
Onde está a tua vitória, ó morte?
Onde está o teu poder?
Onde escondeste o teu grilhão?
Em Cristo tudo mudou.
O viver é Cristo.
O morrer é lucro.
E todas as coisas cooperam para o bem dos que amam a Deus!
Caio