PENSO QUE SOU BISSEXUAL. SERÁ QUE SOU?

—– Original Message —– PENSO QUE SOU BISSEXUAL. SERÁ QUE SOU? Querido Pastor Caio, Tenho acompanhado seu ministério por muitos anos. Seus livros, suas pregações e, atualmente , seu site. Tem sido de grande ajuda na minha caminhada com o Senhor. O que escrevo abaixo não é de conhecimento de ninguém, apenas de dois amigos de confiança. Mas como tenho sido muito ajudada pela leitura das cartas e suas respostas, resolvi escrever pra você. Embora minha história possa parecer muito parecida com mensagens que você já respondeu, preciso de uma palavra sua. Sei que você é muito ocupado. Se você conseguir ler e responder esta mensagem ficarei imensamente feliz e grata. Deixa primeiro eu lhe contar algumas coisas da minha vida, pra que você possa ter uma idéia geral de como cheguei até esse momento da minha vida. Desde que eu me lembro de mim, de ter desejo e atração sexual, eu sinto atração tanto por homens quanto por mulheres. Sempre fui bissexual, embora eu nem soubesse que nome se dava ao que acontecia comigo, quando eu era adolescente. Nunca gostei de ser assim, mas não me lembro de algum dia ter sido diferente. Na verdade eu odiava ser assim, sentia vergonha, medo, e um horrível sentimento de culpa por causa da atração que eu sentia por garotas, mesmo que eu não fizesse nada com essa atração. O que geralmente acontecia. Eu tive pouquíssimas experiências sexuais com garotas. Fugia de todas por quem eu estivesse interessada ou que estivessem interessada por mim. Tive pouquíssimas experiências homossexuais, não por falta de oportunidade ou por falta de interesse, mas por medo e culpa. Meu relacionamento com homens é um assunto a parte : era um verdadeiro fracasso. Tive vários namorados. Saí com vários rapazes, alguns porque eu me sentia sozinha e aparecia a oportunidade de namorar; já com outros eu saía porque estava muito interessada. Tive dois namorados com quem eu queria muito ficar. E não era com todos que eu me envolvia sexualmente; era com a minoria. Também, nunca gostei de ficar trocando de namorados; não era promíscua. Eu queria encontrar alguém e ficar junto. Nunca gostei de ficar sozinha. Companhia é muito mais importante pra mim do que sexo. Mas não fazia qualquer diferença como eu me sentia em relação a esses namorados ou como eu me comportava em relação a eles: todos agiam comigo da mesma forma. Eram relacionamentos marcados por violência, ciúmes doentios, desconfiança, paranóia , acusações, disputas, invejas e ódio. Todas as vezes que eu começava a gostar de estar saindo com algum namorado, quando começava a ficar importante para mim, imediatamente o rapaz começava a agir de forma estranha, quase louca. Nunca entendi e jamais vou entender o por quê disso. Nada do que eu tentava fazer para resolver os problemas que surgiam fazia a menor diferença. Até que eu notei que eu era a única que estava interessada em manter o namoro de forma sadia. Nenhum homem com quem eu me relacionava tinha o menor interesse em consertar nada, pareciam muito satisfeitos com como as coisas se passavam. Então, foi ficando muito difícil continuar me interessando por qualquer rapaz. Eu já sabia o início, o meio e o fim da história. Era como ver o mesmo filme muitas e muitas vezes. Foi ficando também mais difícil ignorar minha atração por mulheres; e muitíssimo difícil ignorar as paqueras. Até que aos 22 anos eu me apaixonei pela primeira vez na vida. Era uma amiga e colega de faculdade. Ela tinha a mesma idade que eu, mas sempre fora lésbica, e era muito experiente.Já havia sido “casada” com uma namorada por três anos. Esse envolvimento quase acabou com a minha vida. Eu estava partida ao meio. Ao mesmo tempo que eu a amava, a desejava desesperadamente e queria viver com ela, também, me sentia horrível por estar apaixonada por uma mulher. Me sentia terrivelmente culpada, com vergonha, com medo da intensidade dos meus sentimentos e desejos; e também com medo que meu pai, minha irmã e alguns amigos descobrissem o que estava acontecendo. Eu sentia dor o tempo todo. Mas amava estar com ela, não lembro de gostar tanto da companhia de alguém, de ter tantas coisas em comum com qualquer outra pessoa. Ela rompeu comigo porque pensou que eu a tivesse traído, dormindo com um amigo nosso, o que nunca aconteceu. Eu pensei que fosse morrer de tanto sentir dor. De usuária esporádica de drogas (maconha, álcool, anfetaminas e cigarros), passei a consumir uma quantidade absurda; principalmente de álcool e maconha. Cheguei muito perto de me tornar alcoólatra. Então procurei ajuda. Fui fazer terapia, o que me ajudou bastante na época. Algum tempo depois eu me envolvi com um homem que conseguia ser pior do que todos os meus namorados anteriores: mais violento, mais brutal, e mais louco. No princípio, como todos os outros, ele se mostrou muito legal, muito apaixonado. Mas então veio o de sempre: a violência e a loucura. E, para piorar, eu fiquei grávida, e tive de fugir dele para proteger a minha vida e a do bebê. Durante a gravidez eu tive um encontro com Cristo, enquanto lia a Bíblia. Aconteceu uma mudança tão profunda no meu coração que eu teria que escrever um livro pra te contar tudo. Eu estava feliz e alegre por estar livre de todas as coisas que me prendiam. Eu me sentia livre. Há cerca de 7 anos minha vida teve algumas mudanças naturais, mas abruptas. Eu rompi um relacionamento de amizade com um colega de trabalho. Ele foi um dos meus melhores e mais queridos amigos por vários anos. Nós nos apaixonamos, mas ele era casado. Eu não queria ter um caso com ele por dois motivos muito sérios pra mim: por uma questão de consciência—não queria estar envolvida em adultério, pois sei o que esse tipo de relacionamento, totalmente contrário a vontade declarada de Deus acarreta para todas as pessoas envolvidas—; e também porque sabia que o meu amigo amava a esposa muito mais do que ele percebia. A paixão dele por mim me parecia uma reação aos problemas que ele enfrentava, na época, com a esposa. Eu não queria entrar numa história que não era minha, estar em um lugar que não era meu. Ele me disse que era impossível para ele continuar sendo só meu amigo. Pouco tempo depois ele mudou de emprego e cidade, perdemos o contato. Eu estava em paz com minha decisão, mas de novo eu sofri muito. Novamente, eu pensei que ia morrer de tanto sentir dor. Dois meses depois eu perdi meu pai, que morreu repentinamente, e que tinha sido por toda a minha vida meu porto seguro emocional. Eu me senti sem chão. Alguma coisa mudou de forma muito profunda, e parece que irreversível dentro de mim. Desde dessa época me sinto terrivelmente insegura e sozinha, até mesmo em situações nas quais eu nunca me senti assim. E eu não sou insegura, e desde a minha juventude já não me sentia sozinha. Mas atualmente esses problemas surgiram numa intensidade desconhecida para mim. Também, depois de tudo isso, voltei a sentir atração por mulheres, voltou com toda a carga de culpa, vergonha e medo. Só que, então, eu sentia atração exclusivamente por mulheres. E existem coisas que agravam muito a situação: eu não sou mais uma menina inexperiente; hoje eu sei o que eu sinto, penso e quero. Eu não sinto mais nenhuma atração por homens, e não sei se algum dia isso mudará. Também não tenho nenhuma expectativa ou esperança de ter qualquer relacionamento com um homem novamente. O mais difícil de explicar para qualquer pessoa é que eu não tenho e nunca tive qualquer problema de transar com homens, eu gostava e gosto de sexo, mas eu nunca consegui gostar de me relacionar afetivamente com nenhum homem ( exceto meu amigo, de quem falei acima). Quando não se está fazendo sexo com um homem, que tipo de relacionamento é possível haver com ele? Pra mim nenhum. Você entende o que eu estou dizendo? Ao mesmo tempo eu sei que posso gostar, e muito, de namorar, de me relacionar com mulher, independente de ter ou não sexo. Sei também que não só é possível, mas até provável, que eu me apaixone e seja correspondida, se me envolver novamente com alguma mulher. Eu já tenho andado muito e superado muitas coisas: orando, meditando na Palavra de Deus, conversando com um amigo muito querido, que é terapeuta e nos últimos meses lendo seu site. Antes mesmo de saber qualquer coisa a respeito do que você escrevia nas respostas as cartas que te enviavam, eu parei de me culpar pelo que sinto e desejo, apenas me responsabilizo pelo que faço em relação ao que sinto e penso. Isso já tornou tudo mais calmo! Eu entendi que Deus me ama do jeito que eu sou, que Ele já sabia quem eu era antes mesmo de eu saber, e que o amor Dele por mim não depende dos problemas que eu tenho. Compreender isso tirou toneladas de sentimento de culpa e vergonha da minha vida. E essas mudanças que fazem tanto sentido pra mim, tenho certeza que são obra da Palavra de Deus e do Seu Espírito agindo no meu coração. Há alguns anos eu também decidi me fazer eunuco por amor ao Reino de Deus (isso antes de ouvir você ou qualquer pessoa falar nisso como uma possível solução para esse tipo de problemas), e sabia que só poderia fazer isso sustentada exclusivamente pela Graça de Deus. Essa foi a única forma de vida possível que encontrei para mim. E na maior parte do tempo eu tenho conhecido a alegria de Deus e a paz dentro do meu coração, e tenho vivido apaixonadamente para servir a Deus. A consciência de que a minha vida tem o propósito de glorificar o nome de Deus tem preenchido os meus dias. Minha filha adolescente tem sido o presente de Deus pra mim; e para a minha própria surpresa, tenho me tornado uma boa mãe. Eu tenho amigos muito queridos, apoio de pastores e alguns irmãos em Cristo. Também tenho exercido um ministério que creio o Senhor me chamou para isso. A minha vida é plena de muitas coisas e pessoas importantes e significativas para mim. Por isso não posso entender as minhas próprias reações após o falecimento do meu pai, quando me sinto sozinha, insegura. Eu tenho medo da pessoa que surge nessas ocasiões, medo de mim mesma. Fico completamente impulsiva e descontrolada. Essas crises têm se tornado piores com o tempo: mais profundas e mais difíceis de serem superadas. Tenho depois de tanto tempo problemas para me controlar em relação a drogas e relacionamentos com os quais sei não devo me envolver. Eu não quero voltar pra nada disso! Não cheguei a fazer nada, mas estive muito, muito perto. Eu não me reconheço mais. É como se eu tivesse nadado tanto pra morrer na praia. Eu não sei mais o que eu faço comigo mesma durante essas crises. Estou com muito medo. Você pode me dizer alguma coisa para me ajudar? Um grande abraço, _____________________________________________________ Resposta: Minha querida irmã: Como eu quero poder dizer alguma coisa que ajude você! Com toda sinceridade eu acredito que há pessoas que nascem homossexuais, o que não é natural como norma natural, porém inegável como fato da existência. Mas não creio que este seja o seu caso. O que você disse ser “bissexualidade” desde sempre, também não é nada de anormal. Há uma quantidade imensa de meninos e meninas que durante os cinco e os dez anos de idade sentem atração curiosa por ambos os sexos. Quase todos os meus amigos meninos, tanto no Amazonas quanto no Rio, só falavam em mulher. As irmãs dos amigos que “davam mole” eram, no mínimo, objeto de “inspeções” na genitália e anus; e as empregadas afoitas eram devidamente assediadas e “usadas”. No entanto, a maioria deles, para meu espanto infantil, também não resistia a uma “bichinha”, no caso de entre nós haver algum menino disposto a se deixar usar sexualmente. Praticamente nenhuma daqueles amigos “bissexuais” se tornou gay. E logo depois, na adolescência, seu pendor se definiu de modo heterossexual. No entanto, eu lembro de uns dois ou três que eram heterossexuais ativos, mas que ficaram viciados em ambas as coisas. Sexo e fetiche caminham em vias paralelas, e, não raramente, uma coisa se funde a outra. O que observo é que muito do que se chama de homossexualismo é apenas vício e fetiche, assim como é fetiche um cara ir com uma mulher para a cama e ficar louco de tesão no dedinho do pé dela. Ora, vício é predisposição tanto orgânica quanto psicológica. Você falou de outros impulsos viciosos: drogas químicas, álcool e cigarro. Você não nasceu fumante ou alcoólatra, embora, pela experiência e pelo uso, tenha sido despertado em você um desejo que corresponde a uma necessidade psíquica não resolvida em você; e que encontra nesses elementos exteriores—o álcool, as drogas e o fumo—, os símbolos da necessidade de consumo que habita você; e, provavelmente, por razões que nada tenham a ver com os sintomas em-si. Em geral os vícios correspondem a antigas inseguranças. Ou seja: o vício não é a “coisa” na qual a pessoa se vicia, mas sim aquilo que pulsa como desejo inconsciente, e que encontra na coisa exterior a simbolização da compulsão sem nome na alma. Quem olha apenas para as exterioridades, olha e diz: “Lá vai um viciado e fraco!” Quem olha para a alma, vê os sintomas, e diz: “Ali vai uma pessoa insegura, carente de afeto, com sede de amor, e que toma água do poço de Jacó com a ilusão de que ali existe água da vida”. Então você questiona: Por que, então, desde menina, que eu sinto atração sexual tanto homens quanto por mulheres? Ora, se você ainda na infância tivesse sentido isto—como muitas crianças sentem—, mas não tivesse tido nenhuma experiência (o que não foi o caso; pois, não houve muitas, mas houve algumas); e, na adolescência, tivesse tido boas e felizes experiências com rapazes; saiba: nada disto estaria acontecendo. A questão é que a sua curiosidade virou experiência, e, como experiência—sem jugos morais ou culpas na infância—, tornou-se algo ligado ao sentido do prazer, abrindo-se uma nova avenida sensorial em você; e que associava o sexo com meninas a algo igualmente prazeroso. E como suas relações com homens aconteceram todas com machos Neandertais, então, sua alma, por mero mecanismo associativo, inclinou-se para o prazer homossexual, visto que as mulheres nunca trataram você com indelicadeza. Você não é gay. É apenas uma mulher que quando menina aprendeu a associar prazer sexual também ao tato, ao toque e à troca homossexual. Seu caso, se você me permite assim nomeá-lo, não é de natureza gay-em-si, mas sim de natureza psicológica, e é fruto de traumas diversos. Para mim teria sido muito útil saber como era seu pai, sua relação com ele, a dele com a sua mãe, a da sua mãe com você, and so on… Digo isto em razão de que é também muito sintomático que a morte de seu pai tenha ressuscitado todas essas pulsões em você. Para mim, de longe, parece de duas, uma coisa pelo menos. Ou ele, o seu pai, era o seu super-ego acachapante, justamente pela própria bondade dele, a qual você não queria decepcionar; ou, de outro lado, ele era o único homem que lhe dava esperança de ainda haver um espécime macho sadio e bom na terra. Assim, tirado o seu pai, subiram os fantasmas! Ora, por qualquer que seja a razão, rompeu-se em você essa membrana psicológica, e seus impulsos se afloraram mais fortes do que antes. Sua afetividade pelas mulheres é também algo facilmente explicável levando-se em consideração a instalação de desejos pelos pólos opostos, em razão das experiências infantis, e, também, pela infelicidade de só ter conhecido machos sem delicadeza. De onde vem a queixa das mulheres que só tiveram um único homem na vida, e que não são mulhres-gays, mas que reclamam da falta de leveza, delicadeza, toque, meiguice, e carinho do homem, se nunca tiveram outra experiência se não com homem? Vejo que em muitas mulheres isto vem da comparação com o amor de amigas, tamanho é o afeto e meiguice que existe de modo natural em muitas amizades femininas. E mais: também vejo que a maioria das mulheres que são gays não dão tanta importância ao sexo como os homens gays dão. Daí, o padrão ser o seguinte: homens gays traem e fazem sexo casual uns com os outros seguindo o padrão do macho promíscuo. Já a maioria das mulheres gay desejam muito mais do que sexo. Querem afeto, amizade, convívio, lealdade, proteção e intimidade de alma. Por esta mesma razão as relações de natureza homossexual entre as mulheres tendem a ser duradouras, e sem traições. O fato de você ter se apaixonado pelo seu amigo casado mostra que você não é gay. Gays, de fato, não experimentam essa ambivalência envolvendo o afeto, o coração, o amor e a paixão. Gays podem transar de modo bissexual, mas em geral trata-se apenas de algo relacionado ao sexo em-si, sem nenhuma capacidade de troca afetiva continua e duradoura. Ora, estou lhe dizendo tudo isto baseado não em livros, mas na vida; e na observação de milhares de caminhos humanos. Você declarou o que dos homens sobrou em você quando perguntou: Quando não se está fazendo sexo com um homem, que tipo de relacionamento é possível haver com ele? Desse modo você se queixava do trogloditismo masculino, e da falta de sensibilidade dos homens, e das experiências apenas físicas, porém vazias de continuidade, de afeto, de carinho, de cuidado, de diálogo, de gentileza, de proteção e de cumplicidade. Coisas essas que existem em abundancia em qualquer forma de amizade entre mulheres, e mais profundamente ainda quando o vínculo se torna “gaymente conjugal”. Não deixe que seus traumas com os homens desviem o curso de sua natureza, pois, desse modo, você estaria assumindo como “carma” aquilo que lhe veio como trauma. Traumas podem ser curados! Você também mencionou que nunca entenderá a razão pela qual foi tão maltratada pelos homens. Ora, nesse quesito, há algumas coisas que desejaria lhe sugerir como reflexão. Pense na possibilidade de que você, à semelhança de muitas mulheres, por um mecanismo inconsciente de auto-boicote, ou de instalação de paradigmas de modelos pervertidos de machos, sempre tenha escolhido homens que lhe fazem mal. E para que isto aconteça não é preciso que a mulher seja gay, e assim faça apenas para ter a “desculpa” de que com homens não dá. De fato, as razões podem ser de natureza completamente não-gay. Podem ter a ver com modelos e padrões inconscientes. Mas que têm sempre o poder de fazer gerar tesão pela tragédia. Sim, a escolha pela tragédia pode ser algo profundamente excitante para a alma confundida por padrões equivocados. Pense nisto. Também pense acerca da possibilidade de você, inconscientemente, nunca ter conseguido esconder a comparação que você fazia entre homens e mulheres, e que não precisam ter sido nem faladas e nem discutidas, mas apenas “vazadas” como energia psicológica, como olhar, como transpiração, como inclinação, como apreciação e como admiração. Ora, se este foi o caso, os homens nem ficaram conscientemente sabendo, mas, inconscientemente, reagiram a algo que não tinha nome nem cara; que não era objetivo e nem detectável; mas que era igualmente presente, e com a força pior do que a de algo objetivo; posto que inimigos objetivos são combatíveis, porém os subjetivos viram fantasmas, e, constantemente, se transformam em violência sem causa. Pense nisto. Minha sugestão é que você dê uma entrada aí no “Divã com Caio” e marque uma hora pra gente conversar. Se lhe interessar a ouvirei, e terei chance de interagir com você; e, conforme for, lhe recomendarei algo mais contínuo; talvez com alguém que esteja mais próximo a você. No entanto, saiba: você não é gay, mas apenas uma mulher traumatizada e com grandes possibilidades de ficar livre de fantasmas e medos; e ainda com a chance de conhecer o carinho, o amor, a paixão, a amizade, e a cumplicidade de um homem. Fico no aguardo. Enquanto isto oro por você. Sim, faço isto agora! Nele, que sabe quem somos, Caio