PERDÃO
Você quer perdoar?
Então decida.
Perdão é uma decisão.
Você quer perdoar?…
Então, ao decidir, decida também matar os temas como ilustração para sempre…
Se você diz que perdoou apenas porque aceitou o culpado, mas lembra a ele de seu erro sempre que ele erre, então, você não o perdoou, apenas o seqüestrou a você.
O perdão não tira a nossa memória dos fatos, mas tira a emoção deles, e, além disso, mata o fato/passado como argumento para a vida contra a pessoa.
Ninguém é obrigado a ficar com ninguém mesmo depois de perdoar o ofensor…
Aliás, até para que duas pessoas se separem é essencial que se perdoem…
No entanto, se decidem continuar perdoadamente juntos, então, que o tema da ofensa não volte nunca mais…
Cada ofensa é uma ofensa… Quem perdoa lida com cada uma, não com o montante das ofensas, pois, se a cada nova ofensa tudo voltar…, é porque perdão nunca houve.
Jesus mandou perdoar até 70X7 o mesmo individuo em um só dia… Mas a cada perdão não se deve trazer a multidão dos outros para o encontro com a verdade… Ou, então, melhor é não dizer que se perdoou…
O grande desafio do perdão é desistir da ofensa do outro como direito nosso contra ele!
Quem perdoa não perde a memória, mas desiste do direito de acusar ou de reter a memória como raiva ou crédito…
Por isto o perdão é um ato de fé e não de emoção…
Pela emoção ninguém perdoa ninguém…
Somente pela fé que antes olha para o próprio perdão que se recebe de Deus todos os dias…, é que alguém pode praticar o perdão como decisão de graça e como privilégio…
Se perdoar não se tornar um privilégio…, creia: ninguém perdoa.
Somente quem diz de verdade “é meu privilégio perdoar”… é que de fato perdoa de modo perdoado mesmo…
Mas enquanto perdoar é um fardo e uma obrigação, todo perdão será apenas sacrifício…
Perdão é vida quando se torna privilégio em fé!
Pense nisso!
Nele, que me perdoa,
Caio
5 de setembro de 2009
Lago Norte
Brasília
DF
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