PODE A MULHER ESQUECER DE SEU FILHO…?

(ainda esta’ tudo sem acento) Is 49: 15 O capitulo todo e’ incomparavelmente lindo. Alem disso e’ um dos mais usados no N.T. a fim de demonstar a messianidade universal de Jesus (49:6—Lc 2:32; At 13:47; 26:23—49:8—2 Co 6:2—49:10—Ap 7:16). O espirito do texto e’ todo messianico. Nao ha’ como le-lo e nao perceber tambem a alegria de Paulo ao reexaminar a Escritura com olhos iluminados pela luz do Evangelho. A leitura das cartas de Paulo nos mostra o tipo de viagem espiritual que ele fez de releitura da Palavra `a partir de seu encontro com Jesus na estrada de Damasco. Leia as cartas e procure as referencias ao V.T. que vao aparecendo, e voce entendera’ como Paulo interpretou o que estava escrito em relacao `a Encarnacao: Jesus era a chave hermeneutica para ele! Eu gostaria que voce fizesse o mesmo agora. Leia Isaias 49 e veja a descricao maravilhosa de quem o Messias e’ para todos os seres humanos e quais sao as promessas que Deus faz a voce, que e’ gentio por natureza. A Graca e’ tema presente em tudo. Deus se revela como misericordia e compaixao. De subito, em meio a tantas decalarocoes de amor eterno, grita a voz de uma Mae Celestial: “Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mana…?” O amor da mae deve se universalizar como fiel. O instinto materno deve vencer mesmo os coracoes femeninos mais indiferentes. Uma mae que nao da’ o peito e que em o tendo pingante nao se lembra de seu filho—e’ parente de avestruzes! “…ainda que ela venha a esquecer-se dele, eu, todavia, nao me esquecerei de ti. Eis que nas palmas de minhas maos te gravei…”—diz o Pai. Traduzindo: “Todos os instintos podem mudar. As naturezas podem todas se subverter. Eu, todavia, nao mudo em meu amor por ti”—diz o Senhor. E o mais extraordinario: ate’ a mae que esquece do filho esta’ incluida entre aqueles filhos de quem Deus nao esquece! Pelo contexto Israel e’ essa mae desnaturada e que nao cuida de si mesma e nem dos que gerava. Agora, em face do amor de Deus espalhado pela terra em outras nacoes, sente-se desprezado por Deus. “ O Senhor me desamparou…”—diz Israel, de acordo com Paulo em Romanos 9 a 11. Paulo viu na historia o que Isaias havia profetizado. E garante que Deus nao desamparou a Israel e nem desamparara’ a Sua propria promessa. E diz que esse e’ “o tempo do ciume” para Israel. Enquanto isto, Deus derrama o Seu amor nas terras do mar: entre elas a patria amada Brasil. Ver de cima e ter a Historia como referencia facilita crer nas promessas. O duro e’ a experiencia existencial delas. Uma coisa e’ dizer: “ Nao verei o que espero…mas meus filhos verao”. Outra e’ dizer: “ O que espero, isso nao verei”. Na maioria das vezes a vida acontece nessa segunda perspectiva. A dor humana nao espera ser consolada numa outra geracao. Deus, no entanto, e’ tambem Deus do individuo. A soberania de Deus na Historia e’ linda, o dificil e’ lidar com ela apenas no espaco de minha historia—limitada que e’ a alguns poucos anos! A sequencia toda prossegue afirmando esse amor incondicional. E o capitulo 50 inicia dizendo que Deus nao se divorciou de Seu amor e nem de Suas promessas. E que a prova mais cabal desse amor e’ o Enviado: aquele em quem a Graca se faz cumprir como perdao, restauracao e salvacao. Bem, e nos, como ficamos? Ora, eu pensei que saber disso ja’ fazia toda a diferenca! Esta e’ a verdade: nao ha’ mais “e dai’? ” depois que a gente sabe disso. Crer nisto muda tudo em nos, mesmo que nada mude fora de nos. Ja’ nao sou abandonavel. Tenho um casamento indivorciavel com a Graca de Deus. Os dons e a vocacao de Deus para a Graca e na Graca sao irrevogaveis. Minha mae nao se esqueceria de minha hora de mamar—alias, nunca esquecei—e meu Pai muito menos se esquecera’ de quem sou e como estou. Estou continuamente perante os Seus olhos. Ele e’ Deus fiel. Eu sou Dele. Tenho Dono. Caio Fabio