QUANTAS VEZES DEVEMOS ENTERRAR OS MORTOS?

 

 

 

 

 

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From: QUANTAS VEZES DEVEMOS ENTERRAR OS MORTOS?

To: [email protected]

Sent: Saturday, July 21, 2007 9:07 AM

Subject: Os eleitos que se elegeram…

 

Caio, lindos seus netinhos.

 

Deixe-me lhe dizer algo que venho percebendo.

 

Ao nos reunirmos, continuamos alguns (ou muitos) de nós a gastar tempo justificando a nós mesmos e aos demais o porquê de “caminharmos com os do Caminho” (em eterno discurso dialético – mero exercício de retórica – acerca de… “como era lá” versus “como é aqui”).

 

Ex-torturados em liberdade ruminando dores. O caminho plano – embora estreito – aberto adiante; mas, olhos grudados nos calos produzidos nas pedras dos caminhos de outrora.

 

O discurso é: “Eles” faziam/diziam isso…mas, “conforme já disse o próprio Pastor Caio” na pregação “X” ou no CD “Y” ou no DVD “W”, o evangelho fala assado…

 

Olhando para o antes; pensando no ontem: estátuas de sal espiando como estão os que ficaram (Big Brother Gospel?).

 

Se permanecermos sempre olhando para fora, quando olharemos para dentro (para nascermos de novo)?

 

Quando deixaremos de ser figueira presunçosa prestes a ser ressecada pela ira divina e, enfim, nos transformaremos em Lázaros sepultados prestes a sermos, por compaixão, ressuscitados (prontos para, de imediato, atendermos ao chamado para a vida)?

 

Os mortos éramos nós…estamos vivos….os mortos enterrem seus mortos, pois Deus, que é Deus dos vivos, não usa sua pá para enterrar (não é coveiro!), mas para recolher o seu trigo no seu celeiro (como agricultor eterno que é).

 

Não se corre a carreira prometida levando sacos cheios de cadáveres às costas….tanto menos matando a sede  do cansaço com vinagre (há vinho novo!) e levando à mão sósia de uma pá que não nos foi autorizado manejar.

 

“- Senhor, quantas vezes devemos enterrá-los? Setenta vezes Sete?”

 

Abração,

 

Habib.

 

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Resposta:

 

 

 

Amado amigo Habib: Graça e Paz!

 

 

Maravilha. Sim! Maravilha é o que digo!

 

Não se perdoa nem 7 “divido” por 7, quanto mais 70 “vezes” 7?

 

“Obras mortas” “eles” não sepultam. Mas sepultam os que as praticaram, arrependeram-se e atenderam o chamado da Vida. Esses, mesmo vivos na Graça serão apedrejados para sempre, pois, no espírito da religião não há perdão.

 

“Obras mortas” eles não deixam enterrar…

 

“Obras mortas” eles ressuscitam a fim de atormentarem a si mesmos.

 

 “Obras mortas” “eles” usam a fim de oprimirem os que já foram perdoados por Deus.

 

“Eles” não deixam que o que deve morrer, morra; e não permitem que aquilo que está vivo, viva; e não consentem que o que não é, assim permaneça; e não admitem que pecados sejam perdoados; e nem tampouco que os vivos continuem a viver…

 

“Eles” não querem mudança, nem para melhor, nem do túmulo para a vida.

 

Já me cobraram que mudei de pensar em relação a coisas que eu mesmo disse haver mudado anos atrás. E pergunto: “O que digo hoje é errado sobre esses assuntos?” “Eles” dizem: “Ah! Não! É muito melhor! Mas você mudou…”

 

Querem me frizar em algum lugar. Eu, todavia, caminho… e o chão desse caminho no Caminho não tem retrocesso.

 

Meu aviso é um só:

 

Na Graça de Deus ficarei a cada dia melhor, até o último dia de minha existência.

 

Ora, para “eles” isso é a morte.

 

 

Um beijo!

 

 

Nele, em Quem todo Caminho é do chão da tumba para o chão da Vida,

 

 

Caio

 

21/07/07

Lago Norte

Brasília

 

 

 

 

 

(Não esqueça que neste domingo teremos reunião às 10 e às 19 hs).