—–Original Message—–
From: QUEM ERAM OS ESPÍRITOS EM PRISÃO?
Sent: quarta-feira, 12 de novembro de 2003 10h59min
To: ‘[email protected]’
Subject: I Pedro 3.18-20 Jesus pregou para os espíritos prisioneiros.
Mensagem:
Pastor Caio: Graça e Paz!
Caio quero que saiba que o admiro muito, não o conheço pessoalmente, mas em Cristo amo muito o senhor.
Faço parte de uma igreja Presbiteriana
Pastor, se o senhor puder, gostaria de receber um esclarecimento a respeito do texto que se encontra em 1ª Pedro 3. 18 – 21.
Estava estudando a Bíblia e me deparei com este texto. Não tenho nenhuma dúvida de que toda pessoa que morre sem antes ter declarado o Senhor Jesus como Senhor e Salvador de sua vida, não terá outra chance de arrependimento. Mas não consegui entender o que o apóstolo Pedro estava querendo dizer com o texto já citado.
O senhor poderia esclarecer esta dúvida: Jesus pregou para os espíritos das pessoas contemporâneas de Noé que não haviam se arrependido?
No mais, obrigado por ter aberto este e-mail.
Fique na Paz, e que a Graça do Senhor Jesus Cristo continue te iluminando!
Márcio Morais
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Resposta:
Meu amado: obrigado pelo carinho!
Obrigado pela manifestação de seu carinho e pelas suas orações!
Sobre o texto, eis as possibilidades:
1. Conforme os contextos de Judas e II Pedro, Jesus poderia ter pregado aos anjos que não se mantiveram nos limites de sua “dimensão” e seguiram após outra carne (conforme Gn 6: 1-10). Nesse caso teria sido um anuncio de vitória sobre as forças espirituais que corromperam a espécie humana antes do Dilúvio.
2. Conforme o texto imediato de I Pedro 3: 18-
O mundo anterior ao Dilúvio se tornou um mundo especial. Gênesis 6 nos diz que os “filhos de Deus” — a expressão hebraica é apenas usada para anjos no VT — haviam possuído as “filhas dos homens”, gerando uma raça que veio a corromper o caminho de todos os humanos.
Tanto Judas, quanto Pedro e Paulo, fazem alusões ao Livro de Enoque, de onde procedem informações mais detalhadas à esse respeito [conforme se pode ler nas notas de rodapé de meu livro “Nephilim”].
Judas chega a citar o livro de Enoque nominalmente em sua carta. E não há como negar que ele e Pedro usaram Enoque como fonte de inspiração para as epístolas que escreveram.
Portanto, para mim, aquele anúncio de Jesus nas regiões dos cárceres espirituais era uma Boa Nova, não uma fanfarrice.
E eu não tenho problema nenhum com isso porque sei que tenho a chance de Hoje poder crer e viver, e desejo que todos creiam e vivam.
Além disso, por que meu desejo de que todos sejam salvos perderia o interesse de ser apenas porque a pessoa já se foi?
Se quero que elas sejam salvas não é porque estou “segurando uma barra na terra”; e ficaria infeliz se alguém que não segurou a “mesma barra” que eu, recebesse algum tipo de Graça divina onde quer que esteja.
Eu não sou assim!
O que sei é que Deus não deseja que ninguém se perca, mas que todos cheguem ao pleno conhecimento da verdade.
O resto, meu amado, é com Ele. Ele é Deus. Eu sou a criatura. E quem é a criatura para que pergunte ao Criador: Por que assim fizeste? Pode, porventura o barro questionar oleiro? Quem foi o conselheiro de Deus?
Ora, eu não prego o evangelho com raiva. Eu o prego como Boa Nova. E quanto maior se tornar a Nova, Boa em maior medida será!
É tudo o que honestamente posso lhe dizer.
Nele, que venceu todos os Seus inimigos,
Caio
Copacabana
Quarta-feira, 12 de novembro de 2003.
RJ
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