QUERO VIVER E MORRER APAIXONADO

 

 

 

 

 

QUERO VIVER E MORRER APAIXONADO

 

 

O encontro, a experiência, o choque e o trauma provocados em mim pelo Evangelho, aos 18 anos de idade, fizeram-se acompanhar de muitas experiências com Deus e com o diabo, com Jesus e com os demônios; e, sobretudo, com a mentira se quebrando ante a verdade, enquanto eu ficava cheio da presença de um mundo até então não somente invisível, mas, no meu dia a dia, inexistente — o que para mim teve o impacto do mais profundo trauma.   

 

Trauma de amor por Aquele que me amava e que até os demônios reconheciam Seu amor por mim!

 

“Desgraçado! Eu ti conheço! Eu ti vi no Rio. Tu eras meu e eu ti perdi!” — bradava a possessa da baixada do bairro de São Francisco em Manaus, ainda em 1973, na primeira vez que fiquei cara a cara com uma pessoa possessa.

 

Dali em diante ouvi confissões do mundo espiritual que eu não podia crer que estava ouvindo.

 

“Eu estava lá, quando Ele me expôs ao desprezo e triunfou sobre nós na Cruz!” — era a declaração do espírito imundo ante a Palavra.

 

E foram tantas as coisas, todos os dias, de todos os modos e formas, cobrindo uma variedade assustadora de situações e casos, que meses após a minha conversão eu me sentia conhecido pelos principados e potestades, e me vira posto no meio de uma Guerra Espiritual na qual a vitória era certa, pois já estava ganha.

 

Meu coração explodia de paixão. Era como se o amor de Cristo me consumisse por inteiro. E tudo o que havia em meu peito para com Ele era nardo puro, e um desejo enorme de meu deitar no Peito Eterno e ficar quietinho em amor e adoração.

 

Em mais 5 anos fará 40 anos que isso começou a acontecer.

 

Hoje, à semelhança de 1973, minha alma celebra a leveza e o impacto do poder do Reino de Deus no mundo espiritual; e faz isso de um modo que já fazia anos não se manifestava na alegria em fé que hoje em mim eu sinto crescer todos os dias.

 

Sim! Está crescendo mais e mais. Cresce por tudo…

 

Assim, pela Palavra e pelos atos soberanos Dele para comigo, eu sei que Ele me ama; e mais que isto: que existe um santo borogodó entre nós!

 

Esse amor me consome e me alimenta; drena-me e me enche; mata-me e me ressuscita; espreme-me e me consola; fala-me e me deixa ouvir a voz do silencio; acompanha-me e me deixa muitas vezes não ver nada, para que eu creia e ame sem nada ver.

 

Assim, Tu, ó Deus; Tu ó Jesus, és o amor de minha vida desde a minha mais tenra juventude; e todos os dias Tu cresces em mim, tornando-me mais Teu, revelando a mim o quanto és meu!

 

Quero viver e morrer no mínimo com a alegria e o espanto do Caio menino ante o Reino Eterno que me foi apresentado aos 18 anos de idade.

 

Fique eu velho. Mas torne-se jovem dia a dia a minha alegria no crer!

 

 

Nele, que nos renova em amor como em força Ele renova a águia,

 

 

Caio

 

12/06/07

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