Sem o meu Minário!

—–Original Message—– From: Ângelo Amigo Sent: quinta-feira, 7 de agosto de 2003 To: [email protected] Subject: Sem o meu Minário! Mensagem: Oi Pr. Caio Fábio, Fico muito alegre em poder escrever para o senhor; tenho admiração pela sua pessoa; gosto da sua pregação, dos seus livros, do modo como fala e escreve. O senhor me lembra o Pr. Sporgeon, até na aparência. Pastor, tenho seis anos de convertido, 27 anos de idade e sou casado. Quando me converti algumas pessoas me disseram que eu seria um pastor… Lia a Bíblia, e algumas vezes, me senti tocado a trabalhar para o Senhor Jesus; até estudei um ano e meio numa Faculdade Teológica. Mas me sentia mal, uma confusão total tomou minha mente; em parte por causa de mim, e também pela minha esposa, que tem desejo de servir ao Senhor, mas creio que não como mulher de pastor. Bom, o que devo fazer? ou será que tenho realmente chamado para o pastorado? Ficarei muito feliz se pelo menos o senhor me retornar o e-mail. Um grande abraço do seu irmão em Cristo. ******************************* Resposta: Meu querido: Paz Obrigado pelo carinho. Já estive gordo como o Sporgeon—agora estou tentando não ficar muito “parecido” com ele no peso—, mas acho que dele, infelizmente, carreguei só a gordura; e, talvez, uma certa liberdade que ele, em parte, se permitiu. No mais, estou mais pra Esponja que pra Sporgeon! Sobre o seu e-mail, o que penso é o seguinte: 1. Um pastor nunca foi fabricado por ninguém, mas apenas criado por Deus. 2. Nenhum seminário faz nada, muito menos um pastor. 3. O seminário pode ajudar pastores, mestres, profetas, e outros…a terem mais cultura. Mas até nisto, não se está encurralado num seminário. Bons cursos também levam a Bons Portos, depende do piloto. 4. Um pastor é pastor muito antes de ser “ordenado pastor”. 5. A gente sente um pastor pelo coração, não pela pregação; pela compaixão, não pela organização; pela misericórdia, não pela oratória; pelo entendimento, não pelo conhecimento. Assim, há muitos pastores e pastoras que nunca foram “ordenados”—e alguns nunca deveriam buscar ser, a fim de não estragar—; e há muitos que foram “ordenados pastores”, mas que nem hoje e, provavelmente, nunca virão a ser pastores; são apenas “pastores”. 6. O ideal é que toda aquele que tem um dom e sinta o desejo de exercê-lo, o faça por conta própria. Se o “dom” se tornar evidente de mais, ele falará por si mesmo, e todos ouvirão. 7. Se a evidencia esmagadora do dom acontecer, então, se desejar, vá para o seminário apenas para saber sobre a história das coisas; mas não ponha jamais no seminário as suas esperanças de crescimento. 8. No mais, acho que sua esposa deve estar certa. Se o seu coração tem esse dom da Graça, exerça-o em paz; ninguém pode ordená-lo e nem desordená-lo. Já está ordenado, pelo Senhor. Os homens, quando são sábios, reconhecem e confirmam; mas se não forem, nada também podem fazer em contrário, pois, de fato, a Palavra está livre. E não pense que sou contra os seminários. Sou contra aquilo que se espera neles encontrar. A expectativa é que é falsa. E, se possível, tenha sua própria liberdade financeira. Assim, você não fica como muitos, dizendo: Ai, estou Sem o Minário! Um beijão, Caio