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From: SERÁ QUE VOCÊ ESTÁ SABENDO?
Sent: Thursday, September 11, 2008 1:25 PM
Subject: Será que o senhor está sabendo?
Olá Pastor Caio, boa tarde!
Não sei o que pensa sobre o assunto que lhe escrevo, e faço a pergunta se o senhor sabe, embora imagine que saiba, sobre o “Acampamento Dias Melhores”.
Acredito que um retiro ecumênico pode gerar malefícios maiores que alguns possíveis benefícios.
É uma porta que se abre na intenção de criar proximidade com essências antagônicas que, em nome do politicamente correto e da rebeldia (que pode ser sadia se a motivação for) contra essa igreja evangélica preconceituosa, ritualística e legalista, tentam identificar pontos comuns, onde a expressão prática desses poucos, mas bem poucos pontos que existem, são totalmente diferentes.
Assim como a igreja evangélica não tem nada a ver com Evangelho ou Cristianismo, muito menos o Catolicismo.
A intenção pode ser boa pastor, mas é muito perigosa.
Meu medo é que comecem a organizar juntos esses retiros, depois façam acampamentos, depois alguns eventos, depois organizem uma liderança comum e chamem também os cristãos espíritas, porque são muitos, pra fazerem parte, e os outros sincretistas, que falam com “santos-mortos-fazedores-de-milagres” e prestam a eles devoção, fazendo uma mistura bombástica; heresia, idolatria e necromância.
Então vocês entrarão no mesmo “caminho” que a igreja está hoje, cheia de gente que não sabe quem é, pra onde vão, em quê acreditam e nem que tipo de “deus” servem.
Sabe por quê?
Por causa dessa mesma coisa.
A Igreja Evangélica brasileira chegou nesse ponto por causa disso mesmo. Repito, é uma porta. E como não entrar numa porta que esteja aberta? E depois de aberta, como fechá-la sem causar outras dores de cabeça?
O mais triste é ver que o remédio que faz “O Caminho” curar pode se transformar no maior veneno.
Pastor Caio, quem sou eu pra dizer como deve conduzir as coisas? Amo, muito e de verdade, as coisas que escreve e dou crédito a elas e o amo, muito e de verdade, e lhe dou crédito, mas é um erro, ou equívoco que o senhor não poderia ter permitido.
Por um bom tempo tive a oportunidade de compartilhar da Bíblia, e só dela, na casa de uns amigos e foram chegando pessoas pra ouvir, pra orarmos juntos, compartilharmos necessidades, e por um tempo pensei muito
Não peço perdão pelo que escrevo; às vezes as pessoas expressam o que pensam e dizem: perdoem-me pelo que digo, mas continuem adequando as coisas e ajustando os pontos comuns e logo vão “encontrar” um jeito de fundar uma nova igreja anglicana.
Sou cristão protestante, evangélico-fóbico (no que diz respeito a essa Igreja evangélica atual), e creio que a Graça Divina não tem limites, mas a tolerância, a liberalidade e a “mente aberta” devem ter.
O que o senhor acha?
Eu estou exagerando?
Fabrício de Oliveira
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Resposta:
Meu amado irmão Fabrício: Graça e Paz!
Meu irmão, infelizmente alguns no passado ficaram assim, completamente misturados.
Não é o caso aqui; e se você me lê, sabe exatamente o que penso do Ecumenismo, que para mim é um tema religioso do qual estou distante a vida toda; e, ainda, se me lê, também sabe o que penso acerca da inserção dos discípulos em todos os lugares.
No “Caminho da Graça” não há “ecumenismo”, pois, para que houvesse, teríamos que ser um grupo religioso, solitário, angustiado, culpado, e, em razão disso, buscando comunhão em nome da tolerância religiosa, a fim de darmos bom testemunho do Cristianismo acerca de sua natureza pacifica e reconciliadora.
Saiba: jamais será o caso.
Não! Comunhão ninguém fabrica com acordos teológicos. Comunhão é ou não é; e só é se for em Cristo, como Ele é, e, assim, não é objeto de questionamento, pois, o que é, é.
Aqui no “Caminho da Graça” não se tem nem mesmo a carência de encontro religioso com outros grupos, pois, basta-nos o encontro humano real e natural que acontece no caminho; e nem tampouco há a tal rebeldia da qual você falou, olhando-nos você com os seus próprios olhos, sem saber que para nós não existem tais coisas, embora elas existam para você, e por razões ainda frágeis e muito cuidadosas com esse Deus frágil, e que não pode correr riscos.
Além disso, a fim de que você saiba que as coisas aqui são conforme anunciadas, eu fiquei sabendo do evento quando ele já estava anunciado no meu site, sem que tenha sido objeto de nenhuma informação a mim dada previamente, e, nem por isto, me senti invadido [dou esta liberdade a alguns irmãos], e, nem ainda, preocupado.
O que se diz é:
As Estações do CAMINHO DA GRAÇA aqui de Uberlândia (MG) foram convidadas pela Mocidade Católica para fazermos um acampamento juntos. Surgiu então a idéia do evento DIAS MELHORES, no qual não se pregará nenhum credo ou religião, mas simplesmente JESUS E O EVANGELHO!
Ora, você tem alguma coisa contra deixar toda a doutrinação religiosa de lado e ficarmos apenas com Jesus e o Evangelho? Sim! Fica triste que católicos aceitem aquilo que deveria ser o ideal de todos?
Se fico preocupado?
Por que ficaria?
Ora, confio no entendimento de todos os que estão andando comigo no caminho no Caminho, especialmente em gente como meu filho no amor e na fé, Marcelo Quintela, e que estará lá pregando naqueles dias.
Além disso, saiba meu irmão:
Comecei minha vida de pregação do Evangelho pregando nas praças, ruas, esquinas, faculdades, escolas, sinagoga, cursos e em missas católicas, em igrejas evangélicas, na televisão, no radio, e, sobretudo, nas casas das pessoas. Milhares se converteram ao Senhor, e, eu estou aqui, tão convicto quanto no princípio, com o mesmo ardor de minha juventude na fé.
Meu irmão! Se fosse um acampamento com jovens judeus de uma sinagoga você faria as mesmas considerações, ou diria: Puxa pastor Caio, que benção, heim?
Meu irmão! Já preguei em terreiro de macumba e em centro de Candomblé. Ainda não tive o prazer de ter sido convidado por um Centro Espírita a fim de pregar, pois, quando o for, saiba: eu irei.
Meu irmão! Já preguei em Igreja de gays. E, saiba: se for convidado outra vez, e puder ir, creia: eu irei.
Meu irmão! Já preguei em todas as igrejas e denominações evangélicas, exceto na Universal e na Igreja Internacional da Graça. No entanto, saiba: se convidado, eu irei.
Meu irmão! Já preguei muito na Adohonep, com Benny Himn antes ou depois de mim, com Cerulo antes ou depois de mim — nunca fiquei para ouvi-los e nem cheguei antes para escutá-los. No entanto, preguei o Evangelho para quem estava lá, e, creia: se convidado outra vez, irei.
Meu irmão! Estou em dívida com os Católicos, pois, depois de mais de trinta anos pregando, sobretudo para “evangélicos”, peço a Deus que me dê a chance de também anunciar a Palavra para muitos católicos.
Meu irmão! Meu sonho é um dia pregar em um Asrham indiano, em um templo budista, em um templo Taoista, e em qualquer e todo lugar de culto, apenas para anunciar o Deus Desconhecido, assim como faço quando prego entre cristãos e, mais especificamente, entre os “evangélicos”.
Meu irmão! Você teria coragem de fazer as considerações que me fez a Jesus?
O que você acha que Ele responderia a você?
Meu irmão! Nosso chamado é para pregar a Palavra com alegria, bom senso e moderação intrépida.
Ora, o que você acha que os manos do Caminho da Graça estarão fazendo lá?
Você tem alguma coisa contra?
Meu irmão! O Espírito sopra onde quer, ouvimos a Sua voz, mas não sabemos de onde vem e nem para onde vai!
Você sabe?
Ora, todo aquele que é nascido do Espírito é assim. Você tem qualquer coisa contra?
É uma pena que você seja “evangélico-fóbico”. Qualquer ser fóbico ainda não conheceu o perfeito amor, pois, o perfeito amor, lança fora toda fobia, inclusive a evangélico-fobia que você confessa ser seu pânico.
Fique livre deste e todos os males!
Que o Senhor Jesus o abençoe!
Receba meu carinho!
Nele, que é o Senhor e Salvador de todos os homens, inclusive os evangélicos e os católicos, e, sobretudo, até essa gente de Jesus que anda no “Caminho da Graça”,
Caio
11 de setembro de 2008
Lago Norte
Brasília
DF