SETE PROMESSAS PARA QUEM NÃO ATRAPALHAR A VITÓRIA

Apocalipse 2 e 3.

Jesus disse:
Eu venci o mundo!

Essa vitória, disse Ele, deveria nos animar a fim de não desistirmos ante as aflições desta vida.

Portanto, diz Ele:
Tende bom ânimo!

Paulo afirma que em Cristo somos mais que vencedores, mesmo quando somos entregues a morte o dia todo, conforme Romanos 8.

A certeza do apóstolo fundava-se no mais avassalador de todos os fatos: nada, nem coisa alguma, poderá nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, o nosso Senhor!

João diz que essa é a vitória que vence o mundo: a nossa fé em Jesus Cristo.

Jesus, no entanto, vem, e nos fala outra vez no Apocalipse.

E agora Ele diz que nada nos afastará de Seu amor, mas que Ele espera que nosso amor por Ele se manifeste como obras de amor e misericórdia para com Deus, a vida e próximo—isso é voltar ao primeiro amor—; que se expresse como compromisso de consciência com o que Ele conquistou por nós—isso é andar de vestiduras brancas!—; e também que apareça como certeza de fé que não admite relativizações da obra de Cristo a nosso favor—isso é guardar o que tu tens!—; e que promova a busca de uma vida digna e justa aos olhos de Deus—isso é andar com uns poucos que são dignos!—; e que se mantenha em perseverança ante as opressões externas e as seduções internas, pois todas essas tentações visam promover algum tipo de acomodação de nossa parte em relação a “conveniências” doutrinárias, e que nos enlaçam num mal muito maior que a nossa admissão de que há coisas que nos seduzem. Ou seja: acomodar a Palavra aos nosso caprichos é incomparavelmente pior que crer na Palavra da Verdade contra nossas próprias incoerências—isso é não compactuar com a doutrina de Balaão e dos nicolaítas!

No fim o Apocalipse parece nos dizer que a pior dissimulação e o pior engano, é a fuga da verdade que já nos foi proposta em Cristo.

Criar nossa versão pessoal da Palavra é um acinte à Verdade Revelada.

Portanto, o vencedor é aquele que persevera não apenas contra aquilo que o relativiza do lado de fora; mas, sobretudo, é aquele que persevera contra aquilo que tenta fazê-lo relatizivar a Palavra, como interpretação e declaração de fé e vida, para si mesmo e para os outros.

Esta era a maldade de todos os que foram incluídos nas denuncias que aparecem na profecia às Sete Igrejas.

Os “contextos” nos levariam em outra direção na interpretação mais ampla do texto bíblico. Mas aqui, e apenas por hoje, desejo tão somente re-ler as sete promessas que são feitas ao “vencedor”, que, como já vimos, é aquele que anda em fé no que Jesus fez e consumou para sempre em nosso favor.


1. Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus.

O Caminho para a Árvore da Vida é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Quem anda pela fé em Cristo já se alimenta da Árvore da Vida desde agora!—; afinal, o caminho para ela está vedado para quem pensa poder alcançá-la por meios próprios.
Da Árvore da Vida ninguém “toma do fruto”.
O fruto dessa Árvore é “dádiva” na Graça, e apenas para quem crê.
Assim, eu comi pela fé desse fruto, como dele todos os dias, a fim de poder comer dele eternamente.
Esse é o fruto da salvação, e não um premio botânico-soterilógico que esteja adiante de nós.
Bem-aventurados os que têm fome e sede…eles serão fartos!


2. O que vencer, de modo algum sofrerá o dado da segunda morte.

Essa promessa já se consumou para quem, pela fé, creu que em Cristo já passou da morte para vida. Portanto, já é escatologia realizada para todo aquele que crê. Dessa forma, somos estimulados a crer no que já temos. O esmorecimento da fé sempre será descrer do que já se tem. Isto significa “retroceder”.

Bem-aventurados os que quando perseguidos, perseveram,pois, assim também foram perseguidos os profetas.


3. Ao que vencer darei do maná escondido, e lhe darei uma pedrinha branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe.

O maná escondido e a pedrinha branca…
Já falei disso mais de uma vez aqui no site.
Trata-se de um processo de individuação já iniciado e que se completará um dia.
Nossas grandes tentações nessa vida nascem de nossas crises de identidade.
“Se és filho…transforma pedras em pães…atira-te daqui abaixo…e te darei o mundo se…”
E cada uma dessas sugestões vêm da insegurança com relação a quem se é.
Confiar o ser a Deus, é a salvação contra a nossa diluição de pessoalidade.
O inferno é deixar de ser!
A salvação nos levará à plenitude de consciência de identidade em Deus.
Come-se aquilo que é só nosso—o maná escondido é o menu particular de Deus para os apetites mais íntimos do ser!—, e sabe-se o nosso nome verdadeiro, o nome de nossa verdadeira identidade em Cristo—essa é a pedrinha branca, e esse é o novo nome que ninguém conhece.

Bem-aventurados os humilde de espírito, pois eles herdarão o reino dos céus.

4. Ao que vencer, e ao que guardar as minhas obras até o fim, eu lhe darei autoridade sobre as nações, e com vara de ferro as regerá, quebrando-as do modo como são quebrados os vasos do oleiro, assim como eu recebi autoridade de meu Pai; também lhe darei a estrela da manhã.

Essa é a promessa de Deus aos mansos; afinal, eles herdarão a terra!

5. O que vencer será assim vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; antes confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.

Os que não negam Quem os salvou jamais serão negados por Quem os salvou.

Mesmo quando somos infiéis…

Afinal, nossa infidelidade se torna nada quando admitimos que Deus é verdadeiro.

Negar isso é que nos põe no caminho de sermos negados.

Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.


6. A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, donde jamais sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, da parte do meu Deus, e também o meu novo nome.

Os que ninguém viu na terra; os que desapareceram dos olhares humanos em razão de não terem entregue o ser aos scripts do poder, esses serão coluna do santuário; pois, afinal, invisivelmente, já o são, mesmo que ninguém ainda o saiba.

Bem aventurados os limpos de coração, pois eles verão a Deus.


7. Ao que vencer, eu lhe concederei que se assente comigo no meu trono.

Bem-aventurados todos os bem-aventurados, pois, todos eles, receberão todas as bem-aventuranças; e todos serão assentados onde já estão assentados em Cristo Jesus!

Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

Esse é o caminho da perseverança.

Não somos chamados para sermos heróis de guerra.

Somos chamados apenas para crer que a Vitória já foi ganha.

O Vencedor é todo aquele que não se entrega depois de já ter vencido.

Essa é a fé que vence o mundo.

“Tende bom ânimo. Eu venci o mundo”—foi o que disse o Único que venceu!

Caio