SEXO ANTES DO CASAMENTO É PECADO?
—– Original Message —– From: SEXO ANTES DO CASAMENTO É PECADO? To: contato Sent: Saturday, August 06, 2005 2:11 PM Subject: sexo antes do “casamento” Paz seja convosco!!! A minha pergunta é a seguinte: namoro a dois anos uma moça, pretendemos nos casar em breve; mas já estamos mantendo relações sexuais há algum tempo. O fato é que nós temos um relacionamento muito aberto. Tenho certeza que ela é a mulher da minha vida. Vivemos e convivemos como casados. Vemos nosso relacionamento não como um namoro ou noivado, mas como um casamento. Temos entre nós uma aliança real e verdadeira. Após praticarmos o ato sexual, não sentimos nenhum sentimento de culpa. Sinto que o casamento civil e religioso não mudara nada entre nós, pois a verdadeira aliança já está firmada em nossos corações. O fato de nós termos esse compromisso selado entre nós já não é o bastante perante Deus? Pecamos quando temos relações sexuais? ____________________________________________________________ Meu querido amigo: Graça e Paz! Eu creio que quando dois seres humanos livres e sinceros, se amam de verdade, eles já estão casados. Somente o amor casa; e somente a falta dele, descasa. Creio que sua consciência está pacificada, e que suas questões são fruto muito mais da opinião legal da religião do que fruto de algo que nasceu ou nasce em sua consciência. Responderei a você “ressuscitando” uma resposta “antiga” presente aqui no site. Creio que por ela você entenderá tudo, com toda simplicidade. Eis a resposta que dei há alguns poucos anos. A questão era basicamente a mesma. ____________________________________________________________ Se formos olhar na Bíblia esse “assunto”, descobriremos que ele não tem nenhuma relevância. Na Bíblia o casamento era algo simples, familiar, singelo, e não carregava regulamentações além da do pacto entre as partes. Houve uma “evolução sociológica” na instituição do casamento na Bíblia. Mas os “valores agregados” sempre foram tratados como “humanos”. Adão e Eva não estavam menos casados por não terem tido “testemunhas humanas” para a cerimônia, que naquele caso foi apenas um belo e surpreso: “Uau! Essa Sim!” Isaque e Rebeca nem esperaram o jantar. Quando Isaque a viu no campo, sendo trazida pelo servo de seu pai, correu ao encontro de ambos, tomou a Rebeca sobre sua montaria, e a levou direto para a “tenda de sua mãe” e a “possuiu”. Esse casamento que a gente tem hoje—com todos esses ritos, pompas, etc…—, é uma projeção dos plebeus acerca do casamento dos nobres. É uma festa de príncipe e princesa, com trombeta, véu, grinalda, entrada triunfal, testemunhas, pagens, corais, e a “corte” assistindo. Nos dias de Jesus o casamento era algo familiar. E o “documento” de casamento não era dado para que, então, houvesse o casamento — isso era feito pelo testemunho dos pares na presença dos familiares. Só havia “documento escrito” para a Carta de Repúdio — no caso do marido não querer mais a mulher—, ou no Divórcio —no caso de que mulher — naquele tempo ainda sempre a mulher —, ser “expulsa” da relação como adúltera. Assim, a documentação documentava apenas a separação, não a união. A união era o documento em si. Portanto, nos dias de Jesus a documentação era para a separação, não para fazer valer a união. A união tinha o testemunho da vida, do amor e dos parentes, que consentiam com o casamento, que era solenemente informal. Quanto ao sexo, tenho a dizer o seguinte: Sexo sempre é pecado e nunca é pecado. Sexo não é nada e é tudo. O que faz do sexo pecado ou algo santificado, são os seus praticantes. Desse modo, quando há amor, nunca há sexo antes do casamento. Quando há amor, o sexo é o casamento. Se há “casamento” mas não há amor, o sexo é pecado pelo fato de ser dês-significado. Assim, sexo “antes” do casamento é sexo onde dois transam sem amor. Mas sexo sem amor durante o “casamento” é pecado também, pois, é uma afronta a alma, que “faz amor sem amor”, o que total dês-significação para a alma. O pecado é sexo sem amor; portanto, sem casamento. E casamento não é algo que aconteça de fora para dentro. Só acontece de dentro para fora. É como tudo mais que tem valor para Deus: procede do coração. O “casamento” é como o “batismo”— um símbolo visível de uma realidade invisível, e que o precede como símbolo a fim de que seja verdadeiro. “Batizar-se” sem que já se tenha sido antes batizado pela “fé em Cristo”, é um rito sem sentido — pura bobagem da religião! “Casar-se” sem casamento-amor é a mesma coisa. É como se batizar sem fé. Diante de Deus é tudo igual. Para os homens é que não é pecado alguém se batizar na “igreja” sem ter sido batizado no Espírito, num ato invisível e particular. O casamento, todavia, se tornou um instrumento de “poder” para os sacerdotes da religião. Basta ver as guerras medievais que aconteceram em razão de um rei querer se recasar e não poder. Sim, poucas coisas foram tão manipuladas pela religião quanto o ato do casamento, que passou a ser uma prerrogativa clerical. Desse modo, o que antes era leigo, passou a ser “sacerdotal”; e o que antes era coisa de duas pessoas e suas famílias, veio a se tornar algo que só se torna verdadeiro se um “ministro oficialmente ordenado” realizar a cerimônia dos plebeus desejosos de terem um dia de príncipe e princesa. Nada contra…, desde que se assuma que é uma representação apenas; posto que aquele ato só deve acontecer se o amor já tiver unido as partes. Eu creio sempre naquilo que é. E acho que o valor do que se faz como simbolização exterior, sempre tem que ser precedido por uma verdade interior. Assim, sexo não é nada, e é tudo. Depende de quem o faz, de como o faz e de com que atitude o faz. Sem amor nada disso me aproveitará. Inclusive transar! A impureza à qual a Bíblia se refere não é apenas a promiscuidade sexual. Pode ser também o “uso” sexual sem amor, ou por interesse, mesmo entre “casais-casados”, e que praticam sexo sem amor. Nesse caso, o homem “comparece com a patroa” e a mulher dá ao homem “o que lhe é de direito”. Em razão disso é que há muita “prostituição legal” dentro de “casamentos”. Mulheres que não amam, que sentem até nojo de seus “maridos”, mas que “dão” pra eles por causa da grana, da estabilidade, do dever, etc… E maridos que “comparecem” ou apenas “usam” a mulher, apenas para ter onde “aliviar” a pressão. E o “preço” é a estabilidade que um dá ao outro. Sem falar que em muitos casos ambos tem seus “casos paralelos”. É por isso que muitas meretrizes nos precedem no Reino de Deus. Elas, pelo menos, não chamam de “casamento” o negócio da esquina, e vão logo dizendo quanto custa e que tempo vai durar. O Novo Testamento fala muito em dissolução. Ora, a dissolução sexual não faz mal a Deus. Deus não cresce e nem diminui com nada do que eu faço ou deixo de fazer com minha vida, muito menos com meus órgãos genitais. A dissolução é pecado apenas porque faz mal ao homem. Dilui o ser. Tira a essência, a solução interior. Daí ser dis-solução. E esse mal acomete a quem o pratica. Deus, todavia, não fica menor por minha causa. E que mal é esse que a dissolução produz? Ora, ela deixa o ser diluído, pastoso, impossibilitado de experimentar qualquer forma de amor denso. Daí o dissoluto não conseguir amar e nem tampouco ser fiel a ninguém. Sem falar que a proliferação de experiências sexuais não deixa ninguém experiente para a vida, para o vínculo, para o relacionamento. Apenas deixa o individuo com “mil memórias” para comparar; e, assim, aumenta sua insatisfação com um único parceiro, visto que ele está sempre sendo remetido para as fantasias de outros tempos. Sei que pra uns sou avançado demais. Pra outros sou careta demais. E eu, o que penso? Bem, eu não estou nem aí! Sei que o que digo é verdade, conforme o Espírito da Palavra e de acordo com o que Jesus ensinou como sendo verdadeiro diante de Deus. Nele, Caio ________________________________________________ —–Original Message—– From: Sexo antes do casamento, pode ou não? Sent: quarta-feira, 8 de outubro de 2003 20:16 To: [email protected] Subject: Contato do Site Mensagem: Oi, pastor! Li a mensagem em que o sr fala a respeito de sexo antes do casamento, e confesso, era quase tudo o que eu já desconfiava… se amo o meu noivo e não consigo ficar longe por que dói demais… se não temos condições de nos casarmos agora… se não somos infiéis e procuramos ter vidas saudáveis e próximas de Deus… acabamos com um espinho na carne, um martírio que parece não ter fim… já pensamos em nos casar mesmo sem possibilidades, em viver de forma desconfortável demais só para não estar mais em pecado, mas pensei que se a graça me basta, de nada vai resolver criar problemas que podem ser maiores que o atual… se o Senhor pode me perdoar, mas às vezes entristece saber que estou pedindo perdão de um pecado que não passa, como os pecados daqueles que têm uma vida nova em Cristo. Em minha vida muita coisa melhorou depois da conversão, mas a relação com o sexo só trás martírio porque é uma necessidade que não passa e nem quero que passe, pois quero um casamento feliz, ativo. Mas e até lá, como vou viver, sempre sofrendo? Há tempos procuro luz sobre o assunto; algo que prove ou não que realmente preciso sofrer a dor do pecado constante ou a dor terrível da abstinência (desisti de tentar resistir, peço que Deus me dê forças, mas às vezes as coisas apertam e não consigo nem clamar por socorro, e aí, acontece de novo…) Mas na Bíblia não encontrei referências, nos livros, não encontrei algo que me convencesse… sua explanação foi a melhor, mas confesso que fiquei com uma confusão renovada… E afinal de contas, o sexo é tudo ou é nada? Eu preciso do casamento secular para ter liberdade com o homem que amo? Tenho tantas dúvidas que nem consigo formular, mas no resumo, só quero ter paz e liberdade com Deus, quero adorá-lo todos os dias, sem vergonha dos impulsos do meu corpo e da minha mente, sabendo que de fato nada vai me separar do amor de Deus. Sei que seu tempo é curto e minha ânsia é real, se puder me responder daí do alto de sua sabedoria, ficarei muito grata! Que Deus te abençoe sempre! ___________________________________________ Resposta: O sexo é tudo, quando há amor. E nada sem amor. O resto, quando duas pessoas se amam, e vão se casar, é questão de consciência e liberdade madura e responsável. Cada um tem a sua própria consciência. Eu não vou dizer: “Vão lá e transem.” Afinal, tudo o que não provém de fé é pecado. Não pela coisa em si, mas pela prática sem o endosso da consciência, que é a paz da fé, e que vem da autenticação do amor de ambos. Eu não teria problemas se estivesse em sua situação. Mas eu só falo de mim. Tem gente que faz distinção entre dia e dia, entre comida e comida. Pra mim todos os dias são iguais, e pela ação de Graça todos os alimentos são santificados. Desculpe, é só o que posso lhe dizer. O que passar disso, depois da resposta tão clara que eu dei, é não querer assumir a responsabilidade mínima de decidir. Aí seria um triangulo pouco sadio entre vocês e eu. Mas saiba: Pecado é o que Deus imputa. Assim, “bem-aventurado aquele a quem o Senhor não atribui iniqüidades e nem imputa pecados”. E sem fé nada agrada a Deus. E a fé tem que ser sua, não a minha. Alguém já me viu fazendo perguntas de dúvidas pessoais sobre este tema ou qualquer outro? Eu creio, e vivo com as conseqüências, e nunca peço a cumplicidade de ninguém. Gente grande assume o que faz. E só faz se for na fé que atua pelo amor e com amor; em qualquer que seja a natureza da relação. Nele, Caio _________________________________________________ Continuação: Isto foi o que eu disse a alguém muito “grilado”, respeitando a consciência da pessoa. No caso de vocês, o que tenho a dizer é apenas um “sejam felizes, e que Deus os abençoe!” Nele, em Quem tudo o que é, se faz real antes no coração, Caio ___________________________________________________________ Deixo com você mais uma carta que julgo pode ser útil a você. __________________________________________________________ —– Original Message —– From: SEXO, TABU E NEUROSE To: [email protected] Sent: Thursday, May 12, 2005 8:16 AM Subject: 3 perguntas sobre sexualidade! Pastor Caio…. Muitas vezes eu fico bastante dividido entre os pontos discutidos na questão da sexualidade pelos diversos pastores… E a razão para isso?… Não tenho opinião formada…e tenho dúvidas… Vamos lá: Pergunta 1: O que fazer para me libertar dos Tabus com relação a sexualidade? Até aonde eu posso ir? (Jovem na faixa dos 20 a 25 anos) Pergunta 2: Vale a pena pecar para ter uma mente sadia, ou resistir duramente, independente das conseqüências psicológicas, para agradar a Deus? Deus não capacita? Pergunta 3: Quais são os sintomas de um comportamento neurótico quando a questão sexual? O que fazer neste caso? E como preveni-lo? Espero ter sido mais claro, sem enrolação e não repetitivo… Em Cristo ____________________________________________________________ Resposta: Meu querido amigo: Graça e Paz sobre sua alma! Responderei suas perguntas em ordem. Pergunta 1: O que fazer para me libertar dos Tabus com relação a sexualidade? Até aonde eu posso ir? (Jovem na faixa dos 20 a 25 anos) Resposta: Uma coisa é se libertar dos tabus em relação à sexualidade; outra, completamente diferente, é pensar que uma vida sem tabus implica em falta de limite e em libertinagem. Uma coisa nada tem a ver com a outra. Tabu é o que as sociedades criam a fim de impedir que certas coisas aconteçam em coletividade; e, nesse caso, a produção cultural e coletiva, cria “conseqüências de natureza mágica e moral” (psicológica), a fim de que a transgressão ao valor instituído, seja punida; e a fim de que o valor seja mantido pela via do medo a algo que tem o poder divino-satânico de punir horrivelmente os implicados; ou ainda: uma vez que algum membro do grupo seja apanhado, então, em nome do Tabu, ele será imolado, ou exilado, ou banido, disciplinado, ou feito anátema no meio de todos aqueles com quem convive ou convivia. Ora, usar tabus para impedir a sexualidade, é, em si, neurose. Todo aquilo que não acontece em razão de impedimentos vinculados ao medo, vira neurose. Ora, você pergunta: até onde eu posso ir? Minha resposta é simples: “A fé que tu tens, tem-na para ti mesmo…”… “pois tudo o que não provém de fé é pecado…” … “bem-aventurado é todo aquele que não se condena naquilo que aprova”. Ou seja: quem quer que lhe diga faça ou não faça, está pecando contra a sua consciência. Você é quem tem que decidir; e fazer isso com bom senso, com consciência tranqüila e pacificada, seja qualquer for direção. Tudo aquilo que não é fruto de amor e de consciência tranqüila, não vale a pena ser feito. No entanto, vale aprender a diferença entre culpa real por algo que não se deve fazer; e culpa neurótica, que é filha do medo e dos tabus, a qual, não existe como persuasão da Palavra e do Espírito, mas sim como fobias e medos produzidos pelos ídolos-tabus da religião e de sua moral de tribos antigas: onde sexo ainda é tema para apedrejamento; mesmo que seja moral, psicológico ou social. Pergunta 2: Vale a pena pecar para ter uma mente sadia, ou resistir duramente, independente das conseqüências psicológicas, para agradar a Deus? Deus não capacita? Resposta: Nunca vale a pena deliberar pecar. E sexualidade e pecado nada tem a ver um com o outro. A religião dos tabus é que inventou tal conexão. Obedecer a Deus em qualquer área da vida não adoece a alma. Portanto, se as leis da religião estão adoecendo almas, é porque elas nada têm a ver com o espírito do Evangelho. O Evangelho é Boa Nova para a sexualidade também, para a totalidade do ser; e, sobretudo, é o patrocinador de Vida em Abundancia. O que vejo é que você é um menino entre 20 e 25—suponhamos, com 24 anos—, e que está louco para namorar, amar e conhecer alguém sexualmente, mas que se sente culpado caso isso aconteça antes do casamento formal. Por outro lado, você também se neurotiza porque não se segura, e “sai na mão”. O lugar psicológico onde você está é ruim, e danoso à alma. Minha sugestão é que você leia mais o site, nas minhas opiniões sobre sexo antes do casamento, e, também sobre sexualidade em geral. Creio que por elas você mesmo poderá encontrar o “seu caminho” pessoal nessa área. Sempre creio em equilíbrio. Para mim tudo o que tira o equilíbrio é maligno, ainda que venha travestido com os tabus da moral cristã. Mas fique sabendo: sexo sem amor faz mal; assim como ser adulto e responsável, amar alguém, desejar e ser desejado, e poder se relacionar com a pessoa visando algo maior pros dois, mas, em razão de tabus, não realizar a entrega e o encontro, apenas por medo, culpa oriundos do tabu—ora, isso igualmente faz mal, e cria toda sorte de doenças da sensualidade na alma; conforme Paulo em Colossenses 2: “… não proves… não toques… não… não… tem aparência de sabedoria; mas é falsa humildade; e não tem nenhum valor contra a sensualidade”. A vida, porém, por vezes é ambígua. Assim é que para o Pródigo foi salvo de seu pecado pela experiência do pecado, o que o levou de volta aos braços do Pai. Já o Irmão mais Velho nunca “pecou” os pecados convencionais, no entanto, estava em estado permanente de pecado em razão de sua inveja do “pecado do irmão”, e de sua raiva neurótica em relação a isso, a qual, no caso dele, se disfarçava de moralidade e boa gestão dos bens do Pai. Assim, às vezes, a fim de sermos curados, temos que ser quebrados(o pródigo); e, antes de sermos curados, temos que ser chocados (o irmão mais velho)—Lucas 15. Pergunta 3: Quais são os sintomas de um comportamento neurótico quando a questão sexual? O que fazer neste caso? E como preveni-lo? Resposta: Eu disse antes que usar tabus para impedir a sexualidade, é, em si, neurose. Todo aquilo que não acontece em razão de impedimentos vinculados ao medo, vira neurose. Portanto, você não tem que fazer e nem fazer nada por medo, mas apenas em razão de acordos de sua consciência com a verdade do amor, seguida de bom senso. No amor não existe neurose porque nele não existe fobia, medo. Pessoas adultas de alma e que se amam responsavelmente, nunca se sentem em pecado quando estão livres para fazer amor; sem deixar para trás uma transgressão, uma traição, um adultério, etc… Assim, é no amor que está a saúde para tudo; e, fora dele, tudo acaba por virar doença, dependência, vício, ou neurose. Receba meu carinho e reverencia pela sua alma. Nele, em Quem até o louco não erra o caminho, Caio