—– Original Message —–
From: SEXO: que monstro é esse?
Sent: Sunday, April 26, 2009 9:28 PM
Subject: Será que sou hipócrita?
Paz do Senhor Jesus!
Amado pastor, sei que o senhor é um homem ocupado, porem também sei que é fervoroso no zelo por seu ministério e nisso me fio ao pedir que leia um pouco de minha historia e me dê uma palavra que me norteei.
Sou de uma família tradicionalmente católica e há sete anos fui chamado pela graça de Deus. Passei a me congregar na igreja Assembléia de Deus onde permaneço até hoje. A primeira igreja que me congreguei era extremamente radical no que diz respeito aos usos e costumes e a “moral”. Me converti com 16 anos e logo fui ensinado que não poderia namorar e deveria manter uma distancia considerável das mulheres até o dia de casar.Eu que já tinha uma vida reclusa,pois tinha um lar onde meu pai era um alcoólatra e nos infligia muito sofrimento e por vergonha já me distanciava das mulheres, algumas vezes me sentindo inferiorizado e até mesmo pouco qualificado para competir com os outros rapazes devido a vida de sofrimentos e vergonha que passávamos em casa, acatei de bom grado esta distância.
Nesse período meu pai morreu deixando para traz apenas os traumas em mim e meus irmão por sofrermos e vermos impotentes nossa mãe apanhar e uma família de sete pessoas pra eu sustentar.
Me dediquei ao trabalho e as contas para pagar,nunca tive infância nem adolescência e igualmente me dediquei a obra do senhor como auxiliar e logo como pregador jovem em varias cidades e cultos nas praças e escolas dominicais de forma que me tornei um exemplo de crente.
Aos dezenove anos minha família emancipou-se financeiramente de mim e eu estava livre para viver sem o fardo das responsabilidades de gerir um lar.No entanto eu não usei essa oportunidade, pois, casei-me meses depois; eu agora com 19 anos e minha esposa nascida na fé, com 17 anos.
Casei-me prazerosamente como os antigos casavam-se; ou seja: sem namorar e basicamente sem conhecer a esposa.Nem mesmo um beijo lhe dei dentro dos 4 meses que a conheci noivei e casei,isso não foi um fardo pra mim.
Após o casamento fui dirigir uma igrejinha no interior e logo me destaquei como pregador e ensinador da palavra, visto ter terminado meus estudos em teologia e defender com muito ardor a graça de Deus em detrimento dos radicalismos que outrora eu abraçava como verdade.
Passei a amar os estudos e a defender a palavra de Deus de todos os ataques filosóficos e teológicos que eu conhecia na medida do possível; conquistei amigos e inimigos por isso; passei a ser alvo do carinho de muitos irmãos e da atenção dos contradizentes e radicais que esperavam me ver tropeçar e cair para zombarem de mim.
Porem minha vida tomou rumo que jamais imaginei.Por questões financeiras e com o nascimento de minha primeira filha tive de abandonar a igrejinha no interior mudar pra cidade e me dedicar ao trabalho em período integral, viajando muito e me ausentando de casa.
Me vi rodeado de pessoas não cristãs, longe dos irmãos e basicamente sem ser pastoreado, pois, afinal de contas, eu era “ O PREGADOR”; todos acreditavam em mim e buscavam meus conselhos, sem importar minha idade; assim sendo ninguém me aconselhava ou exortava a ter cuidado na nova fase de vida.
Tudo foi mudando dentro de mim…
Comecei vendo um site pornográfico na internet… frações de segundos… Depois passava horas vendo todo aquele lixo. Voltava pra casa arrasado e mal humorado… Como eu poderia estar fazendo aquilo?
Recriminava-me, pedia a Deus que amparasse minha filha e minha esposa e me matasse; pois, eu não merecia viver e nem queria cair em adultério, pois a essa altura minha mente trabalhava como uma locomotiva antiga, a todo vapor. E toda sorte de pensamentos de luxuria invadiam meu coração.
Comecei a me sentir um adolescente,como nunca havia me sentido,um adolescente fora do tempo.
Alguém desejando novas experiências…, e quando me apercebi estava em um quarto de motel transando com uma menina casada e me sentindo o maior macho do planeta.
Depois dela vieram outras…
E sempre ardendo dentro mim um desejo incontrolável por tudo que direta ou indiretamente envolvia prazer.
Um dia confessei pra minha esposa; lhe disse que estava envergonhado e que me sentia indigno; chorei…;pedi perdão; disse que a amava; e era verdade: eu a amava, embora meus atos dissessem o contrario.
Deus teve piedade de mim: ela me perdoou!
Mas eu não estava curado, até mesmo quando confessava em lágrimas minha culpa uma voz dizia dentro de mim que eu ainda iria continuar…; e de fato continuei.
Me envolvi com outra garota parente de minha esposa e mais uma vez confessei pra ela minha culpa… Me cortava por dentro ver seu sofrimento, suas lágrimas…, causadas por mim. Uma mulher bonita que me completava na cama, que ia alem do tradicional papai e mamãe que os outros casais faziam, e que eu amava e tinha medo de perder. Mas eu estava controlado pelo desejo; o aroma do sexo; o gosto do sexo; as sensações táteis do sexo; o proibido…; só sexo extra-conjugal me fascinava.
Fazer sexo com outra mulher à tarde e com minha esposa à noite, me fazia sentir o macho do momento.
E pior: eu comecei a erotizar minha esposa; comecei convencê-la [talvez como forma de compensação] a ver comigo filmes pornográficos.
E eu percebia com muita clareza que eu buscava despertar nela e em outras pessoas os desejos internos controlados pela moral e pela fé; era como se eu desejasse e algumas vezes conseguia inflamar os desejos e fantasias dos outros. Eu queria despir minha esposa de todo moralidade que a envolvia e ver sua sensualidade aflorar sem barreiras e de uma forma impetuosa; e nos envolver nisso… Queria que sentisse o que eu sentia algo parecido com o que Eva fez a Adão, creio.
Deus guardou minha esposa; Deus a protegeu dos meus atos insanos; e ela nunca arredou da sua postura de esposa e de serva de Deus.
Pastor alguém lendo esta carta me classificaria como um devasso, como nojento e eu até entendo, mas eu e Deus sabemos como muitas vezes implorei que me transformasse, que desse à minha esposa a graça necessária pra me ajudar e não me abandonar; pois, seria o meu fim.
Aquele jovem dedicado não havia morrido; estava somente amordaçado; e eu implorava a Deus por sua libertação.
Desejava pregar o evangelho, criar minha filha no temor do Senhor como sempre havia planejado; desejava ser um diferencial.
Mas mesmo assim caí varias vezes e confessei pra minha esposa; não poderia viver escondendo algo dela.
Confessei até o ponto de envergonhado dizer que ficaria entre mim e Deus as minhas quedas pra não vê-la mais chorar.
Saí com varias outras mulheres e como havia dito não lhe detalhei mais.
Hoje já faz quase um ano que não me relacionei mais com outras mulheres; sinto que Deus me ouviu e apagou aquele fogo maldito dentro de mim; porem, pastor, as florestas ainda não nasceram…
Eu nunca permiti que os outros soubessem o que eu fiz, a fim de preservar minha esposa da vergonha.
Para eles eu esfriei um pouco e agora estou melhor; mas, para mim, eu quase morri… e agora luto pra me levantar.
Me sinto muito mal pelo que fiz; me sinto como quem quebrou algo que até pode ser emendado, mas jamais voltará ao que era.
Minha esposa é uma mulher de um coração enorme, cem vezes melhor que eu… Jamais me passou na cara minhas infidelidades ou deixou de me amar; sei disso.
Pastor por que fiz aquilo?
Por que tenho certeza que posso discursar horas a fio acerca dos males da infidelidade e não tenho certeza se sou capaz de resistir um minuto de assedio de uma mulher?
Pastor, eu amo minha esposa e minha filha; eu amo meu ministério; escrevo isso em lágrimas agora!
Mas por que absorvi essa idéia mundana que o homem pode transar com varias mulheres?…
Afinal de contas isso é normal, coisa de homem mesmo, até receberia aplausos dos outros homens se soubessem o que fiz.
Por que?
Hoje, me sinto perdoado por Deus e por minha esposa. Mas jamais me perdoei, me decepcionei demais comigo mesmo; recebo vários convites pra pregar e sempre que pego o microfone me sinto triste e às vezes penso que deveria sentar no ultimo banco e me calar para sempre; digo isso em lágrimas, pois, a igreja não precisa de um sujeito como eu gritando nos púlpitos.
Mas o ardor dos primórdios da minha fé assalta meu coração e me manda seguir, ir em frente, me diz tenho meu lugar no meio dos santos, que Deus me deu um dom e que não posso enterrá-lo.
Pastor quem eu sou de fato?
Um homem carnal tentando vestir as vestimentas de um espiritual?
Ou um espiritual engodado com a beleza efêmera das vestes de um carnal?
Ajude-me pastor; fui exaustivo e minucioso na minha discrição porque em desespero preciso de uma palavra a altura da minha angustia e creio que Deus usa o senhor nesse ministério.
Preciso tomar um rumo, pois nesse momento enfrento uma batalha que é peculiar àqueles que pregam a palavra livre de das deturpações da tradição; mas luto como um soldado ferido e sem animo.
Fui afastado dos meus encargos na igreja onde atualmente servia como diácono e professor da escola dominical; fui classificado pelo meu pastor e alguns irmãos como herege, só porque me recuso a abrir as portas do inferno e jogar lá dentro todas as irmãs que usam calças compridas ou os irmãos que jogam futebol ou que usam shorts.
Me vejo numa cidade nova; estou aqui há alguns meses apenas; sem amigos e sendo alvo do peso do cajado dos crentes que nunca precisaram do Deus da misericórdia; pois, são santos no sentido máximo da palavra.
Sim, aqui estou: Tendo que defender uma postura correta para com a Bíblia e me sentindo fraco por dentro.
Pastor, me fale com dureza no ponto que precisar, mas, pelo amor de Deus, me agracie com palavras que me tragam alento como sendo Deus, o Deus da misericórdia falando através de vc.
Pois a sombra do pé de zimbro me parece apetitosa demais em alguns momentos.
Com esperança,
___________________________________
Resposta:
Meu irmão querido: Graça e Paz!
Não é possível reprimir desejos a vida toda, e queimar etapas da vida, a abrir mão da adolescência e da juventude, e do tempo de vaidade da vida [conforme o Eclesiastes] e, de algum modo, não pagar a conta do retorno das pulsões transformadas em sombra na alma, em razão da repressão moral e psicológica.
Você é tão responsável quanto vitima!…
É responsável porque fez… É vitima porque fez o que foi feito
Vi que você gosta de mim, que confia em mim, mas que conhece muito pouco o que ensino e, sobretudo, o que o meu site tem a dizer sobre o assunto.
Por exemplo: o site www.caiofabio.com está cheio de cartas exatamente como a sua… E as minhas respostas são as mesmas, pois, para o mesmo problema somente a mesma resposta.
Não escreverei tudo o que escreveria a você se você estivesse me escrevendo no inicio do site, contando a mesma coisa.
Hoje, a fim de me poupar e a fim de melhor ajudar você, proponho-lhe duas coisas:
1ª que você leia no site os livros “Sem Barganhas com Deus” [que trata da questão sexual e das pulsões que dela decorrem — também] e o livro “O Enigma da Graça” [que também fala do resultado da repressão sexual como algo que brota de outro modo sempre].
2ª que você leia no site os seguintes textos:
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