—– Original Message —–
From: Bento Souto
To: Caio Fabio
Sent: Tuesday, April 29, 2008 5:32 PM
Subject: SOBRE A INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA
Caio, amigo querido,
Achei que devia fazer uma sinopse da pesquisa sobre a possível veracidade de brasileiros estarem sendo impedidos de entrar em áreas da Amazônia que supostamente estão em poder dos estrangeiros.
O e-mail que rola na Internet dizendo isso é basicamente esse:
Mara Silvia Alexandre Costa – Roraima, a próxima Guerra
http://www.institutobrasilverdade.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2649&Itemid=57
O problema começa com a negativa dessa pessoa ser a autora do artigo, conforme ela mesmo escreveu no site da USP
http://www.fmrp.usp.br/rbp/mara.html
Outro provável autor do artigo, Celso Luiz Borges de Oliveira , também desmente ter sido o autor, conform palavras do próprio:
Não emiti nenhuma opinião pessoal, bem como não conheço a pessoa que
subscreve como autora do relato, Mara Silvia Alexandre Costa – Depto
de Biologia Cel. Mol. Bioag. Patog. -FMRP – USP.
Em virtude de meu nome e endereço ficarem vinculado à mensagem, já
recebi mais de mil e-mail’s e telefonemas de pessoas me pedindo
confirmação, relatando fatos semelhantes e tenho respondido sempre da
forma supracitada.
Apresento minhas desculpas, por possíveis transtornos ocorridos e pelo
tempo dispendido, àqueles que receberam o texto e têm me enviado
mensagens sobre o mesmo.
http://br.groups.yahoo.com/group/cunhambebe/message/1425
No próprio e-mail do Celso Luiz Borges de Oliveira há a recomendação de um link interessante, onde vários “mitos amazonicos” são mostrados:
http://www.pralmeida.org/04Temas/07Amazonia/00Amazonia.html
No site acima, a homepage de Paulo Roberto de Almeida (http://www.pralmeida.org/00PRAfiles/00PerfilPRA.html), Doutor
Há também o site especializado
http://www.quatrocantos.com/LENDAS/145_roraima.htm
Bom, meu amigo, aí está o que eu consegui encontrar. Espero que lhe sirva de alguma ajuda.
Aqui, à sua disposição.
Beijão
Bento Souto
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As cartas que mais circulam na Internet são as que seguem transcritas:
RORAIMA – Leia Por Favor – É muito importante.
A PRÓXIMA GUERRA
Segue abaixo o relato de uma pessoa conhecida e séria, que passou recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar
As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil um pouco diferente, mas chegando
Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até pessoas com um mínimo de instrução.
Para começar o mais difícil de encontrar por aqui é roraimense, pra falar a verdade, acho que a proporção é de um roraimense para cada 10 pessoas é bem razoável, tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense, maranhense e por aí vai. Portanto falta uma identidade com a terra. Aqui não existem muitos meios de sobrevivência, ou a pessoa é funcionária pública, e aqui quase todo mundo é, pois
Detalhe: Você não passa se for brasileiro, o acesso é livre aos americanos, europeus e japoneses. Desses 70% de território indígena, diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI.
Detalhe: Americanos entram na hora que quiserem, se você não tem uma autorização da FUNAI mas tem dos americanos então você pode entrar. A maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas a maioria não sabe falar português. Dizem que é comum na entrada de algumas reservas encontrarem-se hasteadas bandeiras americanas ou inglesas. É comum se encontrar por aqui americano tipo nerds com cara de quem não quer nada, que veio caçar borboleta e joaninha e catalogá-las, mas no final das contas pasme, se você quiser montar um empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçu, açaí camu-camu etc., medicinais, ou componentes naturais para fabricação de remédios, pode se preparar para pagar ‘royalties’ para empresas japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos típicos da Amazônia…
Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais relatos: É os americanos vão acabar tomando a Amazônia e em todas elas ouvi a mesma resposta em palavras diferentes. Vou reproduzir a resposta de uma senhora simples que vendia suco e água na rodovia próximo de Mucajaí:
‘Irão não minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui já é deles, eles comandam tudo, você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam. Quando acabar essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que fizeram no Iraque quando determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra, aqui vai ser a mesma coisa’.
A dona é bem informada não? O pior é que segundo a ONU o conceito de nação é um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de nação indígena. O que pode levar os americanos a alegarem que estarão libertando os povos indígenas. Fiquei sabendo que os americanos já estão construindo uma grande base militar na Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil numa parceria com o governo colombiano com o pseudo objetivos de combater o narcotráfico. Por falar em narcotráfico, aqui é rota de distribuição, pois essa mãe chamada Brasil mantém suas fronteiras abertas e aqui tem Estrada para as Guianas e Venezuela. Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada, principalmente se for americano, europeu ou japonês, (isso pode causar um incidente diplomático)… Dizem que tem muito colombiano traficante virando venezuelano, pois na Venezuela é muito fácil comprar a cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares.
Pergunto inocentemente às pessoas; porque os americanos querem tanto proteger os índios. A resposta é absolutamente a mesma, porque as terras indígenas além das riquezas animais e vegetais, da abundância de água são extremamente ricas em ouro (encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas em quilos), diamante, outras pedras preciosas, minério e nas reservas norte de Roraima e Amazonas, ricas
Parece
O Comandante Militar da Amazonia deu uma entrevista a Rede Bandeirantes de Televisão alertando sobre todos eestes problemas existentes na Região Amazonica.
Ressaltou inclusive a proibição de brasileiros se locomoverem nesta região livremente .
Repasse esse e-mail para que um maior número de brasileiros fique sabendo desses absurdos.
Mara Silvia Alexandre Costa Depto de Biologia Cel. Mol. Bioag.
Patog. FMRP – USP
Opinião pessoal:
Gostaria que você, especialmente que recebeu este e-mail, o repasse para o maior número possível de pessoas. Do meu ponto de vista seria interessante que o país inteiro ficasse sabendo desta situação através dos telejornais antes que isso venha a acontecer.
Afinal foi um momento de fraqueza dos Estados Unidos que os europeus lançaram o Euro, assim poderá se aproveitar esta situação de fraqueza norte-americana (perdas na guerra do Iraque) para revelar isto ao mundo a fim de antecipar a próxima guerra. Conto com sua participação, no envio deste e-mail..
Celso Luiz Borges de Oliveira Doutorando em Água e Solo FEAGRI/UNICAM
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Resposta:
Bento, meu querido Bento: Graça, Paz e Alegria!
Você sempre me surpreende com seu amor prático e leal. Quando pedi a você que me ajudasse a ver se as tais cartas que circulam na Net eram verazes ou não, julguei que ante tanta coisa que você tem para fazer, meu pedido cairia no esquecimento. Você, porém, como sempre, faz mais do que se pede ou solicita. E, assim, sempre me surpreende.
Sabemos que a situação nas fronteiras da Amazônia é critica em razão da ausência do Estado Brasileiro.
Sabemos que na Amazônia brasileira há toda sorte de acontecimentos em curso, de desmatamentos criminosos a mortes em quantidade de guerra.
Sabemos que o descaso do Brasil com seus próprios recursos naturais — da água de nossos rios à biodiversidade e à vasta riqueza mineral — é objeto de olhares cobiçosos e ardis sutis e decididos.
Sabemos que se o Brasil não tratar a Amazônia Nacional como área absolutamente estratégica, não apenas teremos vasta e implacável devastação, como também toda sorte de apropriação indébita do ponto de vista das riquezas extraídas sem autorização oficial.
Sabemos que tal descaso haverá de criar o ambiente crescente para aquisição de imensas áreas de terras legalmente compradas, e que serão “propriedade privada” de pesquisadores estrangeiros em solo brasileiro.
Sabemos que o que o Brasil dota de verbas para o cuidado da Questão Amazônica é irrisório, e denota a falta de significado que essa tão vasta e rica região do planeta possui para as autoridades brasileiras.
No entanto, queremos saber o que é verdade, ao invés de nos colocarmos a divulgar cartas catastróficas que não descrevam aquilo que factualmente elas pretendem fazer passar como fato com endereço.
Sabemos que acontecem coisas impensáveis na Amazônia. Porém os endereços são difusos, como difusa é a imensidão da floresta.
Tarefa séria que as Forças Armadas do Brasil poderiam e deveriam assumir seria esta de cuidar da Amazônia, na qual há uma guerra de interesses em via de ganhar raízes profundas.
Ora, quem não consegue combater o trafico nas favelas e bolsões de pobreza [sem falar na classe média], conseguirá combatê-lo na imensidão da floresta amazônica?
Bento amado, outra vez muito obrigado!
Nele, que nos irmanou,
Caio
07/05/08
Lago Norte
Brasília
DF