SOMOS CASADOS, E FIZEMOS O
Caio, Não sei o que fazer, estou gostando profundamente de uma amiga e irmã em Cristo; e o pior de tudo é que somos casados… Não rolou nada entre nós, e fizemos um pacto de lutar para que isto nunca venha acontecer. Caio, eu gostaria muito de encontrar uma formular de não ter que sofrer o que estamos sofrendo. Meu amigo, se é que posso te chamar assim, é muito difícil amar e ser amado e não poder desfrutar deste sentimento. Encontrei em você uma pessoa que posso confiar e desabafar, algo que é muito mais muito difícil… me abrir com alguém. Eu precisava dizer isso a alguém e encontrei em você essa pessoa. Com certeza voltarei a entrar em contato com você! Um forte abraço desse teu irmão que te ama em Cristo. _________________________________________________________________________ Resposta: Meu amigo querido: Graça e Paz! Você só está cansado da rotina do casamento e está buscando rejuvenescer a sua alma com um sentimento novo, mas, provavelmente, não seja amor, mas apenas tesão na “novidade”. O coração é enganoso, e quando a gente está predisposto, ele fica mais enganoso ainda! Esse “pacto” que vocês fizeram jamais funcionará. Uma hora dessas vocês se encontrarão frágeis, e, dado ao acúmulo de desejo contido, vocês acabarão por fazerem o que não querem e sabem que será mal. A sabedoria de Provérbios pergunta: “Colocará alguém fogo nas vestes e não incendiará os seios?” Em outras palavras: Poderão dois seres desejosos de encontro e cheios de ardentes desejos, fazerem um “pacto” de não entrega, brincando de amar-sem-poder? É claro que não poderão brincar com tais forças! Portanto, saiba o seguinte: 1. Você está cansado da rotina do casamento, e ela também, e ambos estão ansiosos por uma experiência “rejuvenescedora”. Ora, tal desejo está sendo confundido com amor, mas é apenas a paixão do desejo não realizado. 2. Amar e viver a dois dá trabalho, e demanda um esforço contínuo para realimentar o amor. Por isso, não pense que há algo novo acontecendo, mas saiba que o que está acontecendo é apenas o desejo pelo “novo”. 3. Se vocês não querem se fazer muito mal, e nem tampouco às suas famílias, parem de brincar de pacto, pois, de fato, tal pacto apenas aumenta o desejo. De fato, o coração pensa: “Há alguém aqui que me quer, e sei que a hora em que eu não agüentar mais a terei!” Ora, por quanto tempo você acha que o coração agüentará tal pacto? Na realidade ele foi feito apenas para que vocês tenham um “álibi” quando acontecer. Nesse caso, você dirão, como que para diminuir a culpa: “Fizemos de tudo, mas não suportamos!” 4. Dedique-se ao seu casamento. Busque renova-lo em amor e carinho. A gente tem que aprender a viver casado como se não fosse, reconquistando o outro todos os dias. 5. Se você e essa “irmã” se entregarem aos desejos ilusórios, logo descobrirão que não tinham nada que fosse além do desejo e da vontade de conhecer algo novo. Mas aí também não haverá felicidade. Essa é minha opinião. Mas me escreva contando mais. Nele, em Quem a gente pode ver o mal e se esconder, Caio