SOU PASTOR, E SOFRI ABUSOS SEXUAIS NA IGREJA

——— Mensagem Original ——– De: SOU PASTOR, E SOFRI ABUSOS SEXUAIS NA IGREJA Para: [email protected] Assunto: PRECISO ME DESTRAUMATIZAR! Data: 24/09/04 13:17 Caro Caio: Preciso muito de um amigo. Alguém que possa me falar o que eu preciso ouvir, sem meias-verdades. Herdei de meu pai a vocação ministerial. Não há nada que eu preze mais do que o ministério pastoral. Tenho genuíno prazer em pregar, ensinar e ministrar os sacramentos. Tenho 36 anos, casado há 16. Tenho um casal de filhos. Quando eu tinha sete anos, sofri abusos sexuais. Enquanto meu pai pregava, um dos seus obreiros de maior confiança, que lhe acompanhava em suas orações mais fervorosas, abusava de mim. Louvo a Deus por não ter desenvolvido qualquer aptidão homossexual. Descobri que ele fazia o mesmo com outras crianças da igreja. Essa situação perdurou até os 12 ou 13 anos. Meu pai jamais tomou conhecimento disso. Tinha medo de sua reação. Aos 9 anos, me apaixonei pela empregada de meus pais, uma menina de 15 anos. Ela me chamava pra deitar-me com ela, e acabávamos nos acariciando enquanto todos dormiam. Aos 13 anos, uma moça de 19 anos, que era noiva de um pastor, me levou a um motel. Embora eu estivesse apaixonado por ela, não consegui consumar o ato. Por incrível que pareça, nessa época eu estava vivendo uma fase espiritual muito boa, e isso acabou pesando na hora da transa. Ela, porém, não desistiu. Quando estava casada, grávida de 6 meses, ela me convidou para ir à sua casa, e me tentou de todas as maneiras. Mais uma vez saí ileso. Acabei casando tecnicamente virgem. Aos 11 anos comecei a me masturbar compulsivamente. Aos doze assisti ao primeiro filme pornográfico. Pensei que ao casar isso passaria, mas infelizmente não passou. Hoje sou pastor de uma grande igreja, mas não consigo parar de me masturbar. Freqüento sites pornográficos, e muitas vezes, fico alternando entre o seu site e sites pornôs. Minha alma está em frangalhos. Amo minha mulher e meus filhos. Eles são o meu maior tesouro. Mas não consigo abandonar essa prática. Devo confessar que não estou satisfeito com nossa vida sexual. Não sei se o problema está nela ou em mim. Ela é muito recatada quanto ao sexo. Embora tenha melhorado muito, em comparação ao início. Os primeiros anos de casamento foram um inferno. Durante nosso namoro, as coisas esquentavam tanto que eu imaginei que ela seria um furacão depois de casados. Mas não foi assim. Ela não consegue ficar à vontade comigo. Já até me acostumei com as luzes apagadas. Gosto de sexo oral. Ela faz pra me agradar, mas demonstra não gostar do que está fazendo. Isso me tortura a alma. Quero me sentir desejado, amado. Ela diz que seria melhor se alternássemos: um dia fosse do jeito dela (paipai-e-mamãe), e no outro do meu jeito. Em média, fazemos sexo 5 ou 6 vezes ao mês. Por isso, acabo me masturbando quase que diariamente. Procuro ser romântico. Levo-a pra jantar fora. Mas nada disso adianta. Jamais pensei em traí-la. Talvez não tenha coragem de arriscar meu ministério e minha família numa aventura. Eu só gostaria que ela acompanhasse meu pique sexual. Uma das coisas que mais atrapalham nosso relacionamento é minha fixação por sexo anal. Ela jamais cedeu. E diz que o dia em que forçá-la, ela vai me largar. Fico tentando seduzi-la a isso, mas meus esforços são em vão. Às vezes acho que ela também quer, mas tem medo, por causa das informações negativas que ela recebeu sobre isso. Ela é de uma família muito simples, e aprendeu que sexo anal provoca uma série de problemas na saúde da mulher. Tudo bem. Dá pra viver sem isso. Mas qual o problema de fazermos sexo com ela de costas? Ela alega ter medo que eu a possua pela outra via. Talvez o fato de eu ter assistido a tantos filmes pornográficos, fez com que eu cultivasse uma expectativa muito grande em cima do sexo. Estou sempre frustrado. Devo confessar que desde a adolescência, tornei-me um voyeur. Ficava sempre às espreitas, assistindo à performance sexual de meus vizinhos, e o banho das empregadas de minha mãe. Caio, minha alma está esburacada. Meu ministério está sofrendo por causa disso. Tenho medo do que o futuro possa nos reservar. Quero salvar meu casamento, pois amo minha mulher. Acho até que Deus tem me guardado, impedindo que eu seja tentado sexualmente por alguma outra mulher. Talvez eu não resistisse.. Tenho perdido muitas noites de sono por causa desta situação. Será que há alguma relação entre minhas taras e os abusos que sofri? O que faço pra parar de me masturbar? Por favor, me ajude. ___________________________________________________________ Resposta: Meu amado amigo e irmão no Caminho da Vida: Graça, Paz e Pacificação! Meu companheiro de lutas na terra, as coisas que nos acontecem na infância têm, muitas vezes, o poder de deixar marcas profundas. E o abuso sexual feito pelo “obreiro” não necessariamente teria que estimular você homossexualmente. Às vezes gera “vício homossexual”, mas não necessariamente cria um homossexual. No entanto, o estimulo precoce que o sexo com o obreiro produziu (e era algo oculto, e continuou assim), e as experiências posteriores, tanto com a empregada da casa, como com a mulher casada, geraram em você, prazer no oculto e no proibido. Você sofre do fetiche do proibido e do escuso! Se você observar sua história verá que ela é a história do tesão oculto, perverso, proibido e fetichista. O que daí decorreu, apenas de-correu… Ou seja: é conseqüência. O voyeurismo infantil virou voyeurismo adulto. Antes você olhava da janela para ver as meninas peladas ou os casais transando na vizinhança. Depois você alugou filmes pornográficos, e, posteriormente, mergulhou de cabeça na net. No entanto, o padrão todo é voyeurista. Observe: você ficou tentado pela tentação, e desenvolveu tesão pela tentação. O tesão pela tentação é pior que a coisa em si, visto que se trata de um tesão aflito e culpado; e, em sua história, essa é a história do tesão. O obreiro fazia escondido. Ele fazia, e você sentia de modo passivo o abuso. A empregada também estabeleceu um padrão voyeurista—você se alisavam, e, certamente, você adorava, como menino, ver a nudez dela, ou as intimidades sexuais da menina-moça. Mais um tesão de natureza voyeurista. A mulher que era noiva do pastor também teve sobre você um papel voyeurista. Você não a possuiu, mas se deleitou em ver a mulher de um outro se mostrando para você. Daí você estar certo quando disse que casou “tecnicamente virgem”, visto que, psicologicamente, você estava todo esburacado pelos abusos, tanto os “perversos”—como o do obreiro—, como também os “deliciosamente angustiantes”—como do empregada e a da mulher do pastor. Além disso, seu casamento pudico aumenta ainda mais o desejo voyeurista. Um cara que adora “ver”, e que come com o olhar, deve se sentir torturado em ter que possuir sem enxergar. “O quarto escuro” é um terrível estimulante para o padrão voyeurista que se instituiu em você como ardente desejo. Na escuridão você enche a mente com as imagens que em você significam plenitude do que você deseja e não tem em casa. Assim, cada vez que você transa com sua mulher, provavelmente você encha a sua cama-da-mente com as fantasias que com sua mulher nunca acontecem como realidade. Assim, meu amigo, quanto mais escuro for o quarto e pudica for a sua esposa, mas vontade você terá de ver as coisas com a luz acessa. Então, vem a net e suas ofertas explicitas de sexo com todos os detalhes abertos para o observador. Bem, esse é o eu lado da questão, e, como é obvio, estou sendo resumido na abordagem do fenômeno. No entanto, sua esposa também tem problemas sérios. À menos que ela não ame você como homem. Do contrário, o comportamento dela é a própria receita do diabo para o casamento. Sua esposa também precisa se tratar. Isto porque há uma parte no problema que é seu, e cumpre a você dominar essa pulsão a fim de não se tornar escravo dela, o que seria horrível para a sua alma, posto que tornará você uma eterna criança, do ponto de vista da psicologia de sua sexualidade. Sua mulher, entretanto, tem problemas que precisam ser enfrentados. No nosso meio—evangélico—, normalmente as pessoas só vê problema no cara que se descontrola sexualmente, e quer “pegar todas”. No entanto, não querer sexo quando se é casado e se ama o cônjuge, é algo igualmente enfermiço. Ora, a coisa é tão séria que Paulo disse que na área sexual não há discussão. Os corpos se pertencem mutuamente, e os cônjuges devem ter prazer em dar prazer um ao outro (I Co 7). A sua sexualidade precisa ser curada dos traumas que geraram não inibições, mas compulsões que até agora são de natureza abstrata em suas manifestações. Daí você gostar de “ver”. Já a sexualidade de sua esposa precisa se abrir e se desdemonizar. Essa química atual de restrições (dela) e frustrações (suas), é a química ideal para a tragédia. Minhas sugestões são as seguintes: 1. Leia tudo o que tiver aqui no site sobre Neurose Culposa, e sobre Pulsões e Compulsões. Escrava as palavras no Box Pesquisa e leia tudo. Lá você vai ver que tudo o que a compulsão quer é o rigor moral, pois, pela culpa, ela cresce e se aprofunda. 2. Trate a questão de sua sexualidade conjugal com o devido peso. E, para isto, sua esposa terá que se convencer que ela também tem problemas. Enquanto ela olhar para coisa com esses olhinhos pudicos da religião, sem o saber, ele estará apagando a luz para ela, e ascendendo as sombras para você. Portanto, ela tem que trabalhar essa questão com terapia, e enxergar-se como alguém que está longe de ser saudável nesta área. O fato dela restringir tudo, é tão adoecedor quanto o fato de você querer ver tudo. 3. O casamento precisa ser um ambiente sexualmente completamente livre e desinibido para os cônjuges. Essas praticas pudicas são a santidade do diabo no casamento. 4. Você também precisa de terapia e acompanhamento. No entanto, eu lhe digo, a sua melhor terapia será sexo livre, aberto, explicito, intenso, ardente, tátil, e completamente sensorial, visto que a sua sexualidade padece é de “realização”, posto que ela está cativa, desde a infância, do tesão virtual; ou seja: voyeurista. 5. Com relação ao ato sexual, você terá que convencer sua esposa que esse sexo de mosteiro está frustrando muito você. E isso tem que ser tratado com clareza e verdade. 6. Quanto às praticas—sejam elas quais foram—, o ideal é que não haja limites no corpo de ninguém quando se trata da mais profunda intimidade conjugal. Ela pode se desinibir a fim de aprender o prazer. Talvez o problema dela seja ausência de prazer, visto que quando uma mulher aprende a ter prazer, muito prazer, ela mesma “ataca” o marido todas as noites, e para o total deleite deles. 7. A fim de ajudá-la, não faça sexo com ela. Brinque de sexo com ela. Faça a viagem da empregada. Brinque com ela, com as zonas erógenas, e tenha o paciente prazer de ir estimulando-a com calma, até que ela vá gostando da brincadeira. Sexo sem brincadeira logo perde a graça. A graça do sexo é a viagem de descobrir como o corpo e a alma podem se fundir de tal modo, que todo o corpo vira algo estimulável em todos os seus pontos. Quando a alma se abre para o prazer, até o calcanhar vira zona de prazer. 8. Um casal paciente na brincadeira de gente grande, acabará por descobrir que a maioria das pessoas não sabem nem o que é prazer. De fato, os homens pensam que ejacular é prazer, e, na realidade, não é. O grande prazer do homem deve ser adiar sua ejaculação o máximo possível, e tirar todo o seu prazer do prazer que dá a ele proporcionar prazer e gozo à sua mulher. O homem tem que aprender a ser um mago das delícias. Já o grande prazer da mulher deve começar por se saber desejada, e gostar de gerar desejo ardente sem eu companheiro. Quando ela relaxa e se entrega à brincadeira—e tem que ser brincadeira mesmo, com todas as liberdade, e de olho aberto, olhando um na cara do outro com os lábios mordidos de desejo—, então, ela descobre, na maioria das vezes, que aquilo que até então ela chamava de prazer ou de orgasmo, nada mais eram do que uma afliçãozinha sexual. A maioria das mulheres nunca conheceu o verdadeiro e arrebatante prazer, e não tem a menor idéia do que seja êxtase sexual. 9. Quando essa intimidade leve, descontraída, e gravemente desejosa se estabelece, e a intimidade corpórea aflora como que numa primavera sexual, então, o corpo passa a ser apenas corpo, todo ele, e já não haverá zonas proibidas. O resto será sempre uma questão de relaxar para aprender a usufruir. E como pode ser arrebatante! 10. Quanto ao que pode ou o que não pode, saiba: tudo é lícito. Só não é licito abusar ou forçar. Mas insensata é a mulher que despreza o tesão de seu marido. A única coisa que se recomenda é carinho, gentileza, produção de relaxamento mediante a “brincadeira”—as mão e a língua têm importante papel nesse processo—, e propriedade nas ações. Ou seja: compre um KY—lubrificante—, e vista o que tiver que vestir no caso da tentativa ser de uma outra forma. E seja meigo e delicado. 11. Quanto a posições, ou, como você disse: fazer na frente, só que deitado por trás—é algo que não tem nenhum problema. Tudo o que ela diz é desculpa, e fruto dessa atitude pudica que pode vir a ser desastrosa para o casamento de você. Agora, voltando a você, não dê descanso à sua esposa. Nada de se masturbar. Seja carinhoso e meigo, mas vá lá e “pegue a bichinha” de jeito. Muitas mulheres evangélicas pensam que marido crente é diferente de todos os demais homens. Essa sexualidade “evangélica” é o diabo para a alma. Abaixo eu transcrevo uma carta que está aqui no site, e que eu espero seja útil a você nesse processo de de-florar a sua esposa. Ela precisa ser desvirginada psicologicamente, visto que o que você teve de estimulo, ela teve de desestimulo. Portanto, vocês são um casal que vive cada um no pólo oposto ao outro; e, sexualmente, isso é um desastre. ___________________________________________________________ —–Original Message—– From: O que eu posso fazer na cama? To: [email protected] Subject: Sexo oral… Mensagem: Amado Caio Fábio, Quero antes de mais, ressaltar o carinho imenso que tenho por você, bem como a confiança que sinto em suas posições acerca dos mais diversos assuntos tratados neste site. Desde que me converti (cerca de sete anos), venho admirando teu trabalho, teus livros, teus vídeos e agora este site. Enfim, todo o trabalho que Deus colocou em tuas mãos e que tem sido realizado com grande eficácia. Caio, estou com uma dúvida imensa, e esta, por sua vez, está me tirando a paz. Tenho 28 anos, sou casado há 5, e até hoje não tive uma instrução satisfatória acerca de algumas ações dentro da vida sexual de cristãos. Confesso que estou imensamente constrangido em lhe perguntar isso. Espero que não seja mal interpretado em minha dúvida. Meu pastor ensinou-nos que praticar sexo oral é errado. Já sua mulher, em ensino às irmãs da Igreja, disse que o sexo oral poderia ser utilizado apenas para se criar um clima maior de excitação. Por fim, eu tenho esta dúvida, visto que algumas vezes, minha esposa e eu, praticamos esse ato. Sinto-me culpado, pela instrução do pastor e confuso pela instrução de sua mulher. Gostaria de saber se estou em pecado cometendo este tipo de ato. Tanto eu, como minha esposa, no momento do ato conjugal, sentimos, algumas vezes, desejo de praticar; achamos muito gostoso. Há alguma coisa que o recrimine? Não quero de maneira alguma pecar contra Deus. E não quero também, deixar de satisfazer os desejos de minha esposa nem deixar nossa vida sexual “cair em rotina” (ainda mais nesta área que é tão delicada). Eu peço que me ajude! Confesso que minha cabeça está como um “calderão fervendo”, acerca deste assunto. Se realmente é pecado, sei que Deus irá nos libertar disto. Como o tenho visto, aqui no site, o irmão tem bastante experiência, tanto pela vivência, quanto pela instrução Bíblica. Me ajude, por favor. ____________________________________________________________ Meu querido amigo: Paz, Alegria e Prazer sem Culpa na Graça de Deus! A esposa de seu pastor está falando a verdade. Mulheres costumam ser mais verdadeiras quando o assunto é Realidade e Religião. Pastores, muitas vezes, sentem-se na obrigação de falar por aqueles que determinam o que ele deve pensar. Daí, na intimidade e no particular, a esposa dele ter dado outro conselho. Meu querido, esse assunto foi resolvido por um solteirão chamado Paulo, o apóstolo. Ele disse que o corpo do marido pertence à mulher dele; e que o corpo da mulher pertence ao homem dela. Quando um homem encontra sua mulher e a mulher o seu homem, tudo acontece na maior normalidade. O anormal é ver casais que não se amam, não se desejam e não se gostam, transando para “cumprir as Escrituras”, e, depois, levantarem-se do leito cheios de culpa, medo e neurose. A Bíblia não conhece pudores dentro de um quarto onde dois amante de verdade se encontram. Pecado é a objetização do sexo. É praticá-lo sem amor e sem desejo. É realizá-lo como mecânica orgânica apenas. Aí está o erro; ou melhor: o pecado do desperdício! Se seu problema é não pecar contra Deus, ouça o que Ele diz. Mas se sua questão é agradar o seu pastor; então, seja solidário a ele; e não faça nada daquilo que a mulher dele deseja experimentar. Mas Deus diz outra coisa, bem diferente. Aliás, Deus deu liberdade. Ele é quem fez todas as coisas. Por isso, bebe a água da tua própria “cisterna”, e das correntes do teu “poço”. Derramar-se-iam as “tuas fontes para fora”, e pelas “ruas” os “ribeiros de águas?” Seja tua mulher só para ti mesmo, e não para os “estranhos” juntamente contigo. Seja bendito o “teu manancial”; e regozija-te na tua mulher. Ela deve ser vista como uma cabrita amorosa, e graciosa como uma égua no campo. Saciem-te os seus “seios” em todo o tempo; e pelo seu “amor” mergulha no encanto para sempre. E por que andarias atraído pela mulher fácil, e abraçarias o peito de uma outra, até casada? Os lábios da mulher fácil destilam mel, e a sua boca e mais macia do que o azeite. Ensina a tua mulher a ser assim também: molhada e doce. Ora, isso vai, juntamente com a Palavra, te guardar da mulher que só quer uma aventura, e te salvará das cantadas da língua da mulher sedutora. Cobices no teu coração a formosura de tua própria mulher. Ensina-a a seduzir-te. Isso te livrará de ser preso como um bobo pelos “olhares” da mulher que olha para todos. Pode alguém tomar fogo no seu seio, sem que os seus vestidos se queimem? Assim, incendeiem os teus beijos a tua mulher, de tal modo que lhe queimem as vestes! Não é desprezado o ladrão, mesmo quando furta para saciar a fome? Assim, se por causa de tua “necessidade” tu te deres mal, ainda assim serás maltratado pelos demais homens! Por que correrias este risco? Por que transferirias todos os prazeres para fora de tua casa? Por que teus sonhos e fantasias de alma não se realizariam com tua mulher, livremente, dentro de teu quarto? Por que “construirias” tu uma “mulher virtual”, se tens uma que é mais que real? O que não possui a sua própria mulher com o “fogo” de quem possui uma “adultera”, é burro; destrói-se a si mesmo se assim não a “trata”. Se assim não for, pode ser que ela venha a desejar uma “outra imagem”, e tu também acabarás por cobiçar o que não é teu. Come o que é teu e bebe de tua própria cisterna. Sacia-te dos frutos de tua árvore encantada. A mulher aprazível obtém honra—diz o provérbio. Desse modo seja a tua honra, também, mostrar à tua própria mulher o quão desejosa e aprazível ela é. A discrição de tua mulher tem que ser para “fora”. Mas para ti, que ela seja a mais sedutora de todas as mulheres. A mulher virtuosa é a coroa do seu marido; porém a que procede vergonhosamente é como apodrecimento nos seus ossos. Assim, ensina a tua mulher a “coroar a tua cabeça” com toda honra. Do contrário, tu terás tristezas. E tem marido que não sabe por que a mulher se torna mulher de rixas, uma goteira contínua enchendo a paciência?! Ora, elas nunca foram saciadas! Tal é o caminho da mulher adúltera: ela come, e limpa a sua boca, e diz: não pratiquei iniqüidade. Pois assim deveria ser a liberdade e a consciência de toda mulher para com seu próprio marido. Por que não usar o direito em favor do direito? Se aquilo que é torto é prazeroso, por que aquilo que é bom tem que ser culposo? Portanto, que tua mulher seja livre como aquela que come, limpa a boca, e diz: não pratiquei iniqüidade! Que tu não percas mais tempo. A Bíblia não nos ensina a perder tempo uma vez que o amor tenha sido acordado. Ao contrário. O homem apaixonado da Bíblia, diz assim: Como és formosa, amada minha, eis que és formosa! os teus olhos me seduzem; o teu cabelo é ondulante. Os teus dentes são perfeitos e limpos. Os teus lábios são vermelhos, formosos e gostosos; e a tua boca é linda; as tuas faces são coradas e cheias de vida. O teu pescoço fica lindo com os cordões e adereços que tu usas para me encantar.Os teus seios são gêmeos em beleza e são cheirosos como um mergulho entre os lírios. Aproveitarei as sombras da noite e ti escalarei, pois tu és para mim como uma montanha de perfume. Enlevaste-me o coração, minha amante; enlevaste- me o coração com um dos teus olhares, com um dos colares do teu pescoço tu me seduziste. Quão doce é o teu amor, minha mulher! quanto melhor é o teu amor do que o vinho! e o aroma dos “teus cheiros” é melhor do que o de toda sorte de cheiros comprados! Os teus lábios destilam o mel; mel e leite estão debaixo da tua língua, e o cheiro dos teus vestidos é como o cheiro da terra mais acolhedora. Tu és somente minha, ó mulher! Jardim fechado és tu; sim, jardim fechado, fonte selada—pois só eu bebo de ti e em ti bebo tudo o que gosto. Te provo como quem sente todos os sabores e sente todos os cheiros. Tu és o Éden! És fonte do jardim, poço de águas vivas, correntes de águas de delícias! Levanta-te, vento norte, e vem tu, vento sul; assopra no meu “jardim”, espalha os seus aromas sobre mim. E que assim diga a ti a tua própria mulher: Entra, ó meu amado no teu próprio jardim, e come dos meus frutos excelentes, que são todos para ti! Assim será se ela também puder dizer: Conjuro-vos, ó minhas amigas, se encontrardes o meu amado, que lhe digais que estou “enferma de amor”. Que é o teu amado mais do que outro amado, ó tu, a mais formosa entre as mulheres? Que é o teu amado mais do que outro amado, para que assim nos conjures?—são as perguntas comuns de mulheres que conheceram machos, mas não conheceram homens; que conheceram sexo, mas não conheceram o amor; que conheceram algum prazer, mas que nunca foram arrebatadas. Se assim for, que ela, a tua mulher, saiba responder: O meu amado é cândido e belo, o primeiro entre dez mil. A sua cabeça é preciosa, os seus cabelos são gostosos, são como penas de uma ave livre. Os seus olhos são cintilantes, lavados em leite, são como jóias postas em engaste na sua face. O rosto dele cheira como um canteiro das mais doces fragrâncias; e os seus lábios são como lírios que gotejam perfume. Os seus braços são firmes; e o seu corpo é lindo de apreciar; assim eu gosto de vê-lo nu. As suas pernas são fortes, parecem árvores cheias de vigor. O seu falar é muitíssimo suave; sim, ele é totalmente desejável. Assim é o meu amado, o meu amigo! Sim! assim é ele, minha amigas! Acerca dessa mulher, fêmea e amiga, o marido pode dizer: Há sessenta rainhas, oitenta concubinas, e virgens sem número pela terra. Mas uma só é a minha cabritinha, a minha mulher de confiança; ela não tem igual nem entre as filhas de sua própria mãe; ela é especial. Minha mulher é meu harém! Portanto, aprecie a sua mulher de cima a baixo, e não deixa nem um pedacinho de fora do teu gosto, apetite e paladar! Você pode e deve prová-la toda. Dos pés à cabeça. Sem reservas e sem restrições. As palavra da Bíblia podem ser todas suas na alegria de possuir a sua mulher. Quão formosos são os teus pés nas sandálias. Os contornos das tuas coxas são como jóias, obra das mãos de artista. O teu “umbigo” (no texto original: órgão genital) é como uma taça redonda, à qual não falta bebida; a tua barriguinha é como uma mesa onde como o meu pão perfumado. Os teus seios são perfeitos. O teu pescoço me encanta; os teus olhos como são limpos como piscinas; o teu nariz é lindo de ver. A tua cabeça sobre ti é como um monte altivo, e os cabelos da tua cabeça são charmosos; até um “rei” ficaria “preso” pelas tuas tranças. Quão formosa, e quão aprazível és, ó amor em delícias! Essa tua estatura é semelhante à palmeira, e os teus seios são para mim como cachos cheios de uvas doces. Disse eu: Subirei à palmeira, pegarei em seus chachos! Pois os teus seios são como os cachos da vide, e o cheiro do teu fôlego como o das maçãs, e os teus beijos como o bom vinho, que se bebe suavemente, e se escoa pelos lábios e dentes. E nunca poupe sua mulher de coisas novas. Ouça quando ela diz: Vem, ó amado meu, saiamos ao campo, passemos as noites nas aldeias pequenas e sem ninguém. Levantemo-nos de manhã para ir às vinhas, vejamos se florescem as vides, se estão abertas as suas flores, e se as figueiras e sapotizeiras já estão em flor; ali te darei o meu amor… Desse modo, meu amado, esqueça a cabecinha de seu pastor. A mulher dele parece ter muito mais o que ensinar. Pelo menos seria isso que ela gostaria, e do que, possivelmente, está sendo privada. Não proceda do mesmo modo. Fique livre, e faça sua mulher explodir de alegria. A idade da culpa acaba quando se conhece a estação do amor que não teme ser também desejo! Assim, não sou eu quem vai dizer o que você deve ou não deve fazer na cama. Posso apenas dizer a você o que você pode estar perdendo! ___________________________________________________________ Assim, meu querido, estou dizendo que você tem problemas, mas que eles se agravam em razão de que sua esposa vive de modo assexuado, e se dá a você de modo completamente insatisfatório. Uma mulher que diz quantas vezes está disposta a transar com o marido no mês, está com tantos problemas quanto o marido que se sente como você. Provavelmente, se você tivesse uma vida sexual ativa, cotidiana, livre e abundante, você nem estivesse sentindo as pulsões que hoje o atormentam. Portanto, se você dois se unirem e tratarem suas deficiências sexuais—seja a extrapolação (sua), ou a negação (dela)—logo você se sentira bem melhor, e ela vai descobrir o que esteve perdendo todo esse tempo. Sei que você, provavelmente, não poderá contar tudo a ela—especialmente essa coisa dos sites da net—, mas pode contar a sua história sexual, e pode falar de seu desespero, que o leva a ações adolescentes (masturbação), sendo que sua mulher está ali, ao lado, enquanto você transa com a imaginação. Quanto mais masturbação, mais imaginação. E quanto mais imaginação, mas fantasia. E quanto mais fantasia, mais desejo voyeurista. E quanto mais voyeurismo, mais fetiche. E quanto mais fetiche, mas frustração. Todo voyeurismo gera tesão frustrado. Um beijão pra você! Nele, em Quem homem e mulher são uma só e gostosa carne, Caio