Sua amiga filha na fé
Caio Fábio,
É bom saber que esta mensagem será lida, já que quando admiramos uma pessoa a quem conhecemos “um pouco mais”, temos o desejo de ser conhecidos e considerados por ela.
Tenho 33 anos, sou casada, mãe de 2 filhos , profissional liberal e membro de uma Igreja Batista.
Através de seu ministério conheci a Cristo com 17 anos, e à partir do segundo Congresso da Vinde, estive presente em todos.
Era para nós, como igreja, o tempo de repor forças, descansar no cuidado de outros e brincar muito como bons amigos que sempre fomos.
Foi nesse tempo que conheci a pessoa Caio Fabio, e, como muitos, passei a admirá-lo e “amá-lo” daquele jeito que se ama as pessoas próximas/distantes da gente, que falam de verdades tão inerentes à nós que parecem estar dentro da gente.
Mas não era só a tua capacidade de nomear e desvendar minhas verdades íntimas e por vezes confusas, que me “prenderam” à você como homem de Deus.
Me encantava também a paixão e presença de vida que via nos teus olhos, uma prova viva de que o que você partilhava com tantos era real na tua vida, e por essas questões é que mesmo tendo estado próximos apenas nos momentos de autógrafos e fotos, me sentia extremamente íntima de você: você se permitia conhecer já que teus pronunciamentos falavam da verdade de Deus na tua própria vida em 1º lugar.
E, estranhamente “me conhecia”, pois falava das verdades da minha própria vida.
Não acompanhei os acontecimentos com você nos últimos 5 anos por jornais ou outros meios de comunicação, basicamente me prendia às informações que vinham através do pastor que recebia as notícias mais verdadeiras passadas por e-mails seus (recebemos 2 pelo menos).
Sempre pensei e orei pelo homem Caio Fábio, não me preocupando muito com o ministério…
Deus levantou você e pode levantar outra vez, ou não (falo do ministério), e pode levantar quantas vozes proféticas Ele bem desejar no meio de seu povo.
Mas eu pensava e orava era pela pessoa: o filho Caio Fábio, o marido, o pai, o amigo, e imaginava que muita dor e angústia te acompanhavam naqueles dias.
É bom vê-lo restaurado, porque “somos abatidos, porém não destruídos”.
Há um estigma no meio evangélico que passa a impressão de que um homem público de Deus, quando erra, nunca mais acerta…
A verdade é que muitas vezes algumas pessoas nunca mais o aceitam, porque colocam sobre pessoas como você a obrigação de ser o exemplo palpável da santidade…
Jesus não lhes basta!
Há um mês atrás uma amiga me ofereceu emprestado o seu livro “Confissões do Pastor” e tem sido apaixonante para mim a leitura, me identifiquei com você na paixão por viver e viver com intensidade aquilo em que acreditamos; me identifiquei também na superabundância da graça recebida por Deus após a abundância do pecado; vivi isso na pele durante a minha adolescência, buscando desesperadamente vida nas pessoas e outras coisas; me machuquei muito… e depois de conhecer a Cristo me identifico com aquela mulher que “muito amou porque foi perdoada de muito”.
Tua vida me impactou mais que todas as pregações e outros livros seus que já li.
A partir disso algo novo vem acontecendo comigo: tenho aprendido coisas novas e questionado algumas antigas, e talvez a mais significativa delas é que estou aprendendo a separar Jesus da instituição igreja e uni-lO à igreja real: pessoas, vidas, filhos redimidos, chamados, arrependidos, apaixonados, gente de verdade.
Reuni todos os livros escritos por você que tenho em casa: quero aprender mais e não me acanho de aprender com outros… Deus também me ensina assim.
No último mês pelo menos uma vez por semana acesso o seu site e fico horas lendo as reflexões, artigos, cartas, etc.
Sou edificada, instruída, me divirto, aprendo. Algumas vezes tenho orado por você, duas vezes em momentos de angústia minha e de uma profunda consciência de Deus real e presente… me lembrei de você, chorei e orei por você como faço pelas pessoas que amo.
Amo o que conheço de você.
Fico feliz que tenhas tanta satisfação em abençoar a vida de outros com o amor que tens recebido e compreendido do Pai.
Não digo que sou grata porque sei que não é um favor, já entendi que é um prazer seu.
Sou grata à Deus por tua existência e atuação junto à vida das pessoas e feliz por você.
Escreverei outras vezes e, apesar de compreender e “lamentar” a sobrecarga que tens, não lamento o suficiente para não querer resposta.
Que Deus continue te abençoando.
Com carinho,
Janifer