TÁ DIFÍCIL ENCONTRAR MULHER CONFIÁVEL – Coração Decepcionado
—– Original Message —– From: TÁ DIFÍCIL ENCONTRAR MULHER CONFIÁVEL – Coração Decepcionado To: [email protected] Sent: Sunday, June 19, 2005 2:11 AM Subject: Coração Decepcionado Querido irmão no Senhor, Gostaria que você me ajudasse com um conselho. Está ligado à área sentimental. Estou muito decepcionado com as mulheres de hoje. Pode ser que não seja algo tão generalizado. Mas vejo que a maioria das mulheres são inseguras. Já é pela segunda vez consecutiva que uma mulher me dá esperanças de algo, mostra interesse, mas acaba de uma forma ou de outra adiando um possível encontro. Conheci essa moça no começo desse ano e nos demos muito bem. Ela é evangélica e diz que quer muito se relacionar. Falei com ela pra gente sair e se conhecer. Várias vezes chamei, e muitas foram as desculpas. Comecei a desconfiar que havia outra pessoa na jogada. Ela nunca me falou nada. Até dizia que se fosse rolar alguma coisa entre nós que rolasse. Falava que queria me ver também. Aí, hoje, dia 18 de junho, ela me pediu ajuda porque conheceu um cara que não é evangélico e que está ‘ficando’ com ele, já faz 2 semanas. Ora, essas 2 semanas foram as 2 semanas que ela disse que iria marcar da gente se encontrar…! Nossa, eu fiquei com muita raiva na hora, pelo fato dela ter me dado esperanças, e aí depois vem com uma dessas. O que eu gostaria de te perguntar é como saber quando uma mulher esta gostando da gente? Tem algo que evidencia isso? Tem alguma atitude? Você com sua experiência deu pra perceber mais ou menos como elas funcionam ? rsrsrsr……Já li vários textos seus sobre a mulher. Estou muito triste e com vontade de me isolar e nem gostar mais de alguém para não ter que passar por isso. Sou alguém que entro de corpo e alma. Gosto de me doar… E vejo que isso é um grande perigo… Gostaria de um conselho seu pois me encontro muito triste e decepcionado com as mulheres de hoje. Eu cansei de mendigar o amor dos outros, mas vejo que a carência aumenta quando não mendigo o amor dos outros…Aguardo uma resposta sua com todo carinho. Um beijão pra você! ________________________________________________ Resposta: Meu caro amigo: Graça e Paz! A cada dia que passa mais constato, tristemente, que aquilo que um dia se circunscrevia a um grupo pequeno de mulheres, hoje, parece ir crescentemente “engolindo” a alma de boa parte das mulheres; e não apenas as mais jovens; mas também muitas mulheres de minha geração. Não há como negar que o acontecimento acima narrado só chocou muito a você porque aconteceu com você, com uma menina da igreja, e a partir de um padrão de comportamento bem masculino; posto que, em se tratando de homens, parece que tais comportamentos já são esperados. Estou querendo dizer as seguintes coisas: 1o Que isso sempre foi considerado um padrão masculino; esse ‘cozinhar… pra ver quem pega’. Ora, mesmo que se diga que não está certo e nem honesto, todavia, em se tratando de homens, a maioria pensa que o cara é esperto, safo, sabe fazer as coisas, deixa todas as mulheres na dele, e depois escolhe a que melhor lhe “apeteça”. 2o As mulheres quebraram o jugo de subserviência que pesava a milênios sobres elas, e, foram para o pólo do pêndulo que elas mesmas abominavam quando era praticado pelos homens contra elas. Assim, na orgia da liberdade, muitas mulheres caíram no espírito da libertinagem. Infelizmente o fenômeno é crescente. 3o As mulheres, quando se liberam para se tratarem como ‘matadoras’, ou como seres com direito ao cio e ao sexo pelo sexo, ou ao ‘ficar’ apenas por estar —, acabam por entrar numa área de profundo perigo para a alma delas. E por quê? Primeiro porque existe no coração de toda mulher o desejo intrínseco de amar e ser amada por um homem só. “O teu desejo será para o teu marido”, é algo que está escrito na alma feminina, mesmo da prostituta da esquina: todas, lá no fundo, gostariam de ser de um homem só; e gostariam de que apenas um homem se deitasse sobre elas; e que apenas um fosse o amigo e pai de seus filhos. No entanto, dado ao acumulo de opressão e abuso masculinos, tanto as mulheres de minha geração que casaram e foram mal sucedidas no casamento, quanto também as mais novas, acabaram por entrar num espírito de “igualdade suicida”. Digo isto porque as mulheres podem até sair agindo como os homens mais velhacos o fazem; no entanto, a casca grossa da alma macha, mesmo que sofra e se faça mal em tais processos, parece não internalizar as conseqüências do modo auto-destrutivo como vejo acontecendo com as mulheres. 4o Além disso, um novo fenômeno que ocorre hoje é aquele ligado à liberdade que as mulheres vão ganhando de propor a seus homens, namorados e maridos, o impensável. Ora, um homem propor a uma mulher que leve para a cama uma outra mulher para estar com os dois, ainda humilha a maioria das mulheres, mesmo as mais liberadas. Todavia, como uma mulher é uma mulher; e como são as mulheres aquelas que mais foram abusadas pelos homens; quando chega essa hora da ‘liberação sexual feminina” — em razão de que elas sempre foram as traídas e ofendidas —, são elas, agora, quem mais propõe ao homem que se arranje uma outra mulher para aquecer o sexo na cama do casal. E por quê? Ora, por duas razões: a primeira é que as mulheres sabem que 80% dos homens aceitam e gostam de tal proposta — afinal, é a mulher dele pedindo para botar mais uma diversão na cama —; e, a segunda razão, é porque, em geral, os homens não se sentem enciumados quando vêem duas mulheres se acariciando como “preparativo” para a entrada do macho no affair. Ora, o mesmo não se pode dizer dos homens: poucos são os homens que aceitariam que sua mulher ou namorada convidasse um outro homem para a brincadeira. 5o A cada dia mais vejo como o que eu disse acima, e que parece um exagero frente a sua questão— que é tola se comparada com a descrição que estou fazendo —, ganha contornos cotidianos. Você vê meninas com carinhas de santinhas, dentro da igreja, às até vezes namorando um crente, para fins de consumo social e religioso —; enquanto do lado de fora têm casos sexuais com o patrão, os colegas de trabalho e outros; enquanto o “crente” é o menino que anda de “mãos dadas” com a “crente” para “o bom andamento dos trabalhos”. O fato é que gente boa como você e muitos outros são os que estão pagando o preço do que não fizeram individualmente, mas que fizeram como membros da coletividade masculina. E mais: a diferença entre o comportamento do homem matador, e da mulher matadora, já não existe. Ou seja: tenho dito que os homens estão tendo agora de volta o tipo de mulher que antes eles pegavam na surdina, como mulher fácil, enquanto eles casavam com alguma santinha para cuidar da casa. Sim, agora, os papéis se tornaram equivalentes, e as mulheres que antes foram usadas, agora usam; e as que antes queriam ser santinhas para casar, agora, muitas vezes, assim procedem apenas para ter um maridão em casa, mas, muitas delas, estão cada vez mais naturalmente tendo casos com pessoas de fora, do trabalho…; ou até com amigos e amigas. Está é a geração da suruba! Ora, isto que digo é uma generalização, mas está, agora, longe de ser um exagero. Digo isto porque vejo como a mulherada está com fogo e despudor quanto a atacar uma vítima do desejo. E mais: vejo como as amigas, invariavelmente, sentem-se até ofendidas quando uma mulher não se iguala a elas na questão de como tratam o sexo; no caso de serem amigas que não embarcam na orgia das relações sem significado. Para mim isso é sinal de que o amor está se esfriando, se apagando das almas, e o que prevalece é a lei da orgia, do hedonismo, do bacanal, do troca-troca, da banalização total do sexo, e da busca desenfreada pelo orgasmo perfeito; não importando nem como e nem com quem: as pessoas estão como éguas no cio: querem gozar! Hoje em dia conheço poucas mulheres que seriam capazes de se manterem fiéis a si mesmas — especialmente se foram traídas ou abandonadas —, não se entregando a ninguém apenas porque não amam a ninguém. Nesse caso, tais mulheres sofrem intensa perseguição das próprias amigas, todas querendo ver essa ‘sobrevivente’ do espírito da orgia, ceder; e tornar-se como elas. Você perguntou como identificar interesse genuíno? 1o Não se interesse por mulheres que parecem ser movidas por fogo. Tais mulheres podem até ser boas para uma temporada, mas dificilmente serão pessoas para estarem ao lado o resto da vida. 2o Uma mulher genuinamente interessada num homem não enrola. Ela não deve ser afoita, mas jamais deverá ser displicente. Quem quer de modo sério, não enrola. 3o Toda mulher interessada num homem não tem como esconder isso. Brilha. Brota nos olhos. Vaza como energia. Se transforma em atenção completamente diferenciada, embora sutil. O melhor critério é o seguinte: 1o Jamais seja ou dê a entender que você é um bom amigo, se seu desejo é ser homem para aquela mulher. Nunca fui amigo de mulher se meu desejo era tê-la para mim. Essa também é a razão pela qual jamais uma mulher na qual eu tenha estado interessado teve qualquer dúvida a respeito do que eu queria; e, justamente por essa razão, jamais fui procurado por uma mulher que eu queria sendo objeto de uma suposta ignorância minha a respeito de que poderia ser “amizade” o que estivesse “rolando” entre nós. Além disso, eu não sou uma boa ajuda prática nessa hora, posto que tudo o que sei sobre esses jogos, vem da observação de outros; pois que eu mesmo, jamais paquerei, jamais fiquei de risinhos prolongados, e jamais cevei mulher nenhuma. Sempre que quis e me interessei, logo deixei isso imediatamente tão claro, que não havia para a mulher uma terceira alternativa; posto que ou ela queria, e logo; ou já deixava logo claro, quando acontecia de não poder ou querer, que estava comprometida. Minha teoria é que quem quer, vai, diz, e pega; se houver vontade de ambos. O processo pode até durar uns dias; mas não creio em paqueras eternas, e nem em sentimentos que crescem apenas porque os dois não tiveram outra alternativa. Sugiro que você seja claro e direto! Por outro lado, não se impressione apenas com beleza exterior se seu interesse é algo sério. Muitas vezes as mulheres mais belas, pela própria fartura com a qual são assediadas, acabam por desenvolver uma atitude muito pouco confiável. Portanto, nesse caso, olhe muito também para a atitude, para a história, para a consistência do comportamento, e, sobretudo, para o modo como essa pessoa se trata em relação aos homens. E mais: tenha pavor de mulher carente! Mulher carente é a mais fácil vitima de qualquer coisa, pois, seu auto-engano sempre chama a ‘aventura’ de ‘paixão’; e, assim, de ‘paixão em paixão’, a bichinha acaba por virar ‘maria batalhão’. O problema é a quantidade de relações sexuais que uma pessoa vai tendo pela vida — especialmente no caso de mulheres, dada a sua constituição psicológica original —, as quais, marcam a alma da gente, criam memórias, estabelecem referencias, criam o ambiente propício às comparações que acabam por relativizar o que a pessoa está tendo no momento; e, sobretudo, deixam na alma tantas marcas e memórias, que muita gente acaba por construir um composer de amantes anteriores: as pernas do fuluno, a boca do beltrano, a ginga do fulaninho, a pegada do beltraninho, o papo do outro, a família legal de um outro ainda, os confortos que um deles propiciava, etc… Ora, quando isto acontece, e alma se deixa levar para dentro desse mundo de comparações — e que são fruto de muitas memórias e experiências —, a tendência dessa pessoa é viver insatisfeita; e, portanto, com muita tendência a buscar fazer umas “re-atualizações”; ou, quem sabe: tentar ter o marido para a casa, um amigo especial para uma transada mensal, e um ex de muito tempo, inesquecível, com quem, de vez em quando, a pessoa dá uma re-atualizada na saudade. Portanto, a questão não é virgindade sexual; mas sim simplicidade psicológica. Sim, a melhor mulher é aquela a quem a gente ama, que ama a gente, e que não carrega um “álbum” de casos e referencias nas costas; pois, mesmo que já tenha tido outros na intimidade, não se deixou complexificar pelos eventos; e isso só acontece quando a pessoa não se apaixonou “loucamente” por ninguém antes; posto que, quando isso acontece, dificilmente essa marca sairá da alma; isso se foi forte, fundo, intimo, verdadeiro e longo. Assim, se você gostar de uma mulher que já foi loucamente apaixonada, veja bem se o que ela quer ter com você é com você mesmo, e por razões maiores à maior paixão anterior; e, também, veja se a tal pessoa é simples de espírito; pois, ninguém consegue ser feliz com uma mulher que quando fecha os olhos tem todas as referencias possíveis de casos de amor para lembrar. Somente duas coisas podem ajudar as mulheres hoje, do jeito que as coisas estão indo: 1o Um movimento masculino de valorização pessoal. Ou seja: os homens têm que dar valor aos seus pintos; e pararem com essa história de que mulher querendo dar tem que ser “faturada”. Se os homens ainda quiserem ter mulheres confiáveis, eles mesmos precisaram mudar o padrão pessoal. Tá chegando a hora em que o homem mais desejado será o mais sério e difícil. 2o Um exercício masculino por não privilegiar mulher sacana, embora gostosa. Somente quando a gostosura não tiver mais poder sobre alguns homens é que certas mulheres começarão a acordar. Mas não fique traumatizado. Há ainda muita menina legal e não viciada na sacanagem. Por isso, não se impressione com a menina-macho, nem com a fêmea-garanhão. Elas, infelizmente, acabarão tristes, sozinhas, e cada vez mais carentes; e, mais entregues a paixões que dissolvem as referências do ser. Receba meu beijo e carinho! Nele, em Quem todo aquele que ama o que é bom casa para a felicidade, Caio