TENHO MEDO DE FICAR SÓ…



—–Original Message—– From: TENHO MEDO DE FICAR SÓ…DE NÃO CONSEGUIR MAIS REFAZER A MINHA VIDA Sent: sábado, 14 de fevereiro de 2004 01:57 To: [email protected] Subject: NÃO ESTÁ DANDO…. Mensagem: A paz do Senhor Jesus Pastor Caio, Estou passando por um momento muito difícil no meu casamento; pequei contra Deus traindo minha esposa; não por puro prazer, mas simplesmente porque eu e ela em 6 anos de casado ainda não conseguimos viver…Ou seja: desfrutar de um relacionamento saudável…sem brigas ou desentendimento! Estou muito confuso e com medo. Confuso porque não sei o que vai ser de mim se separarmos; e medo da dura missão de viver sozinho levando a culpa de ter caído!!! Apesar de ter certeza do perdão de Deus, tenho medo do preço… Sabe pastor, a verdade é que não sei se gosto mais de minha esposa; ela não me vê como cabeça…e tem um jeito muito difícil de ser… Sei que não sou PERFEITO, mas sempre tentei mudar…queria poder voltar o tempo e nunca mais errar…mais isto é impossível…só me resta esperar… Preciso de um conselho. Estou realmente condenado a viver sozinho se me separar de minha esposa? OBRIGADO POR RESPONDER-ME, a paz de nosso Senhor Jesus Cristo. _________________________________________________________ Resposta: Meu amado: Graça e Paz! Você está condenado a viver sozinho se mantiver seu casamento do jeito que ele está. Você já está sozinho…senão…nada teria acontecido…muito provavelmente. Gente boa também pode não se dar bem com gente boa…se o assunto é casamento. Meteram na cabeça dos crentes que a bondade casa fácil…e que a conjugalidade é apenas um encontro de dois seres crentes e que são gente boa. Pois eu lhe digo que não é assim. A bondade tem que estar presente no casamento…pois não há amor sem bondade…também. Mas apenas a bondade não garante o casamento…pois nele precisa-se mais do que de fraternidade. Ora, isto acontece no caso de quem se dá bem…fraternalmente falando…mas sofre no vínculo conjugal sem afeto, desejo e simbiose. No seu caso o que há é confusão, brigas, e toda sorte de desentendimento. Fica difícil imaginar que tal relação não acabe levando um dos cônjuges a alguma “aventura fora do casamento”. Alguns não fazem nada…sofrem calados…pagam o preço da infelicidade…e da dor engolida e nunca confessada. A maioria, todavia, depois de um tempo acaba derrapando. Você disse duas coisas sérias: 1. “…confuso porque não sei o que vai ser de mim se separarmos; e medo da dura missão de viver sozinho levando a culpa de ter caído!!!”… Ora, você teme ficar só…e teme as interpretações. Está jogando pra platéia…e ficando por comodismo e medo… Dificilmente isto levará você a qualquer lugar… 2. “…sabe pastor, a verdade é que não sei se gosto mais de minha esposa…” Dizer “não sei se gosto mais da minha esposa…” significa que um dia você pelo menos pensou que gostasse dela…e que AGORA já não gosta mais. Ora, quando é assim é porque o casamento se desgastou…e deve ter se desgastado muito…a ponto de sus esposa não respeitar mais você. Meu querido, milagres acontecem e casamentos podem ser salvos…mas Paulo diz: “Como sabes se converterás?” Portanto, em se tratando da disposição de dois…um pode perfeitamente não querer… Milagres em casamentos só acontecem quando dois querem. Mas se houve muito desgaste…às vezes não dá mais para concertar… especialmente se o respeito foi embora. Se for do seu interesse tentar salvar as coisas, duas mudanças precisam acontecer: a) em você…afinal, ela deve ter um caminhão de queixas a seu respeito; b) nela..pois se ela não conseguir mais admirar você…o que sobrará será um casamento cada vez pior…e, nesse caso, quanto mais o tempo passar, pior ficará…e mais difíceis serão as novas escolhas e os novos caminhos de restauração PESSOAL da própria vida afetiva. Quanto a falar com ela o que “houve”, sinceramente, só se for para criar um inferno particular rapidinho. Até para terminar o casamento é melhor você sair sem tais confusões. Afinal, tudo o que você não precisa é que ela tome sua falta como pecado capital, e trate você como um desgraçado pro resto da vida. Receba meu abraço e orações. Nele, Caio