TSUNAMI E O PAVOR DOS HOMENS ANTE O MAR

O que estamos experimentando está escrito nas Escrituras, no espírito dela, bem como em todos os manuais sérios e responsáveis de política de meio ambiente.

Deus não irá fazer nada para destruir o mundo. Os homens estão fazendo a autodestruição. Nós somos a profecia e o agente profético de nossa própria existência. Nós somos aqueles que criaram “meios” tão autodestrutivos que nós mesmos colheremos cada dia mais o que nós mesmos temos semeado.

A diferença entre as catástrofes antigas e as modernas está no fato de que antes o homem não tinha ainda entrado de modo direto e global no processo de alteração da natureza. No entanto, no Século XX, nós nos tornamos —pelas nossas ações globais no meio ambiente, agindo de modo monstruoso sobre ele em todas as áreas, criando condições de natureza apocalíptico-globais— aqueles que cumprem as próprias profecias contra si mesmos.

Jesus disse que além de guerras, fomes (que são quase sempre conseqüência de guerras) e a instalação de um conflito de proporções políticas de natureza global, haveria outras coisas, como a “expectativa dos homens ante os ruídos dos mares” e suas devastações, o pânico ante estranhos “sinais dos céus”, o que geraria um terror universal, e que faria “os homens desmaiarem de horror e pavor”, pois, “os poderes dos cosmos serão abalados”.

O Arrependimento que o Apocalipse de João demanda da humanidade tem a ver também com “uma conversão de sistema mental global”. Sem uma Revolução da Consciência nada deterá a auto-estinção da humanidade. Essa é a ira de Deus! A ênfase do Apocalipse, portanto, recai sobre a globalização econômica e a devastação da Terra pelos humanos. “Controle” também é outra força demoníaca que o Livro da Revelação denuncia.

Ora, por essas e muitas outras coisas, não havendo mudança de mente, a humanidade será devastada. Portanto, hoje, na Terra, “arrependimento”, é também algo que convoca os povos à preservação da natureza. O Anjo que voa pelo meio do céu com um “Evangelho Eterno” para pregar aos povos não fala de outra coisa senão da Glória e Soberania do Criador de todo o meio ambiente que o próprio livro denuncia como estando sendo destruído pelos humanos, e por cujas ações malignas todos haveriam de prestar contas: “Temei a Deus, e dai-lhe glória; a Ele que criou os céus, a terra, o mar e as fontes das águas”—é o que diz o Anjo (Ap 14).

Ora, por tudo isso, eu lhe digo: Não é preciso que haja um novo “Apocalipse de Doctorian”. Aliás, o tal apocalipse tem apenas o poder de gerar pânico e não apontar o caminho do “arrependimento global”, o qual, saiba, não é um movimento de conversão ao “cristianismo”, mas a Deus, à humanidade e à natureza, como um todo… dando com isso glória a Deus como Criador de todas as coisas.

Esse é o “Evangelho Eterno” acerca do qual o Apocalipse de João faz referência. Sim, é o Evangelho do Cordeiro Criador, que foi imolado pela criação “antes da fundação do mundo”. Somente uma Revolução da Consciência da Civilização, e que seria fruto de uma nova espiritualidade —nova não porque seja “nova”, mas apenas porque não é crida e praticada, conforme o espírito do Evangelho— é o que pode retardar, em nossa geração, o aumento devastador dos pequenos “efeitos” que já começamos a experimentar.

Aqui no site tenho escrito dezenas de textos sobre o assunto, expressando minha certeza apocalíptica de que se a humanidade não se converter de seus sistemas autodestrutivos, tanto pessoais quanto comunitários, nacionais, internacionais e globais, a Terra não suportará e nos abortará com Tsunamis e todas as formas de sufocação e angústia.

Ontem vi uma repórter da CNN entrevistando o pastor Rick Warren. A repórter era uma idiota, coitada. O pastor, um encurralado… Ela perguntou: “Onde fica um Deus de amor num episódio como esse?” E o pobre coitado gemeu pra lá e para cá… e tentou “defender Deus” da melhor maneira que pode. Mas tudo muito infantil. Pensei: Se essa menina me entrevistasse ela iria ficar chocada. Começaria por dizer que se ela quer entrevistar Deus, que o procure. Diria que não sou representante de Deus na Terra, e que tais acontecimentos deixaram de ser da “alçada de Deus” quando a humanidade tomou o seu destino com suas próprias mãos. Ou seja: por que “Deus” só aparece como interesse nessa hora?

E mais: eu diria que a atual humanidade perdeu a “inocência” quanto a ter autoridade de fazer tais perguntas ignorantes “aos céus”… enquanto os Estados Unidos não assinarem o Protocolo de Kyoto e enquanto não houver uma conversão global quanto à utilização das formas de energia que usamos; e, também, enquanto nossas políticas globais, internacionais e de meio ambiente forem as que aí estão. Sim, diria que a humanidade não tem mais que fazer nenhuma pergunta a Deus, posto que hoje nós somos agentes mais que conscientes do mal que nós próprios estamos fazendo à Terra. Isso apenas para começar…

Meu amigo, essas são as “primeiras contrações” no Aborto da Terra. Nós, humanos, seremos abortados como civilização. Mas ainda haverá muita água para rolar sob a ponte do espírito suicída da humanidade, e, também ainda haverá muito mais medo e terror… Isto, repito, a menos que a humanidade se converta não ao “cristianismo” (jamais acharia isso bom para o mundo… sendo o “cristianismo” o patrono das sociedades e das cosmovisões que promovem as maiores devastações ecológicas da Terra), mas sim ao Evangelho Eterno do Criador e Redentor (o Cordeiro) e também à Sua criação.

Sim, se a devoção do homem não se concentrar urgentemente no “Evangelho Eterno” Daquele que criou os céus, a terra, o mar e as fontes das águas… e a erva verde”, a “ira do Cordeiro” haverá de se manifestar com um “Let it be” de natureza cósmica. Então os poderes dos céus serão abalados.

Ora, o terremoto submarino que gerou esse pequeno Tsunami mexeu com o próprio eixo da Terra! Que dizer do que acontecerá quando o bicho pegar?

O que estamos tendo são sinais do amor de Deus, tentando nos acordar desse estado suicida no qual a humanidade se colocou de forma aparentemente irreversível.

Nestes dias apocalípticos caberia aos cristãos lutar com todas as forças também pela preservação do meio ambiente, bem como pela “conversão” dos sistemas de energia que movem o mundo — isso apenas para começar. No entanto, enquanto isto, guerras são feitas em busca do petróleo, que é parte da desgraça ambiental do planeta… e, enquanto isso, um tolo e imbecil como Bush é reeleito porque os cristãos americanos estão mais preocupados com o casamento gay do que com a destruição de vidas humanas e da Terra como um todo.

No dia do Juízo muitos budistas, muçulmanos, hindus e animistas se levantarão e condenarão as sociedades cristãs, as maiores devastadoras da criação cujo “direito autoral” dizem defender —contra a idéia da evolução—, enquanto destroem a natureza toda sob a alegação de serem “o povo escolhido”, os senhores da “santa prosperidade”, o povo do “Destino Manifesto”, e os que “não são cauda, mas cabeça”.

Portanto, mais do que sobre qualquer outra “cabeça”, o juízo começará pelos que se dizem “cabeça e casa de Deus”. E digo isto de olhos abertos. Não vi nenhum anjo. Apenas leio a Palavra, vejo o mundo, aprendo com a história e sinto à minha volta que tais coisas serão horrendas, a menos que todos nós nos convertamos.

Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!


Nele, que é o Senhor de todas as nações e Aquele que garantiu que a Terra já não será destruída com água, mas com fogo,


Caio