UMA MENSAGAEM DE BABILÔNIA PARA TODOS

Esta é a mensagem do homem que se tornou símbolo de poder terreno na Bíblia. Com sua própria boca ele nos conta quem é Deus. *************************************************** Eu, Nabucodonozor, rei de muitos, a todos os povos, nações, e línguas, que moram em toda a terra: Paz vos seja multiplicada. Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo. Quão grandes são os seus sinais, e quão poderosas as suas maravilhas! O seu reino é um reino sempiterno, e o seu domínio de geração em geração! Eu, Nabucodonozor, estava sossegado em minha casa, e próspero no meu palácio. Então, tive um sonho que me espantou. Eu estava na minha cama… Os pensamentos e as visões da minha cabeça me perturbaram como nunca antes. Tal perturbação me fez expedir um decreto. Quem não tem discernimento apela para o decreto. No meu decreto determinei que fossem introduzidos à minha presença todos os sábios de Babilônia, para que me fizessem saber a interpretação do sonho que tanto me perturbara. Então vieram os magos, os encantadores, os sacerdotes caldeus, e os adivinhadores… Reuni-os e lhes contei o sonho. Eles, todavia, não me fizeram saber a interpretação do mesmo. Por fim entrou na minha presença Daniel, cujo nome babilônio é Beltessazar— segundo o nome do “deus” que eu cultuara até então! Sobre Daniel há o espírito dos deuses santos… Eu lhe contei o sonho, dizendo: Ó Beltessazar, chefe dos magos, porquanto eu sei que há em ti o espírito dos deuses santos, e nenhum mistério te é difícil, dize-me as visões do meu sonho que tive e a sua interpretação. Eram assim as visões da minha cabeça, as imagens de meu perturbador sonho: Eu olhava…e eis uma árvore no meio da terra, e grande era a sua altura. Crescia a árvore…e se fazia forte, de maneira que a sua altura chegava até o céu, e era vista até os confins da terra. A sua folhagem era formosa, e o seu fruto abundante, e havia nela sustento para todos. Debaixo dela os animais do campo achavam sombra, e as aves do céu faziam morada nos seus ramos, e dela se mantinha toda a carne. Eu via isso nas visões da minha cabeça, estando eu na minha cama…então eis que vi um vigilante celestial, um santo anjo, e que descia do céu. Ele clamou em alta voz e disse assim: Derrubai a árvore, e cortai-lhe os ramos, sacudi as suas folhas e espalhai o seu fruto; afugentem-se os animais de debaixo dela, e as aves dos seus ramos. Contudo deixai na terra o tronco com as suas raízes, numa cinta de ferro e de bronze, no meio da tenra relva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e seja a sua porção com os animais na erva da terra. E disse ainda mais: Seja mudada a sua mente, para que não seja mais a mente de um homem, e que lhe seja dada mente de um animal…e assim passem sobre ele sete tempos. O que penso que sei, Daniel, é que esta sentença é por decreto dos vigilantes, e por mandado dos santos altíssimos….a fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer, e até o mais humilde dos homens constitui sobre eles. Este sonho eu, rei Nabucodonozor, o vi. Tu, pois, Beltessazar, dize a interpretação…porquanto todos os sábios do meu reino não puderam fazer-me saber a interpretação, mas sei que tu podes…pois há em ti o espírito dos deuses santos. Então Daniel, cujo nome era Beltessazar, esteve atônito por algum tempo, e os seus pensamentos o perturbaram. Falou, pois, o rei e disse: Beltessazar, não te espante o sonho, nem a sua interpretação! Respondeu Daniel ao rei, e disse: Senhor meu rei, desejaria que este sonho fosse para os que te odeiam, e a sua interpretação para os teus inimigos. Eis a interpretação do sonho que tiveste: A árvore que viste, que cresceu, e se fez forte, cuja altura chegava até o céu, e que era vista por toda a terra…cujas folhas eram formosas, e o seu fruto abundante, e em que para todos havia sustento, debaixo da qual os animais do campo achavam sombra, e em cujos ramos habitavam as aves do céu—sim, meu rei—esta árvore és tu! Tu és aquele que cresceste, e te fizeste forte. A tua grandeza cresceu, e chegou até o céu, e o teu domínio até a extremidade da terra. E quanto ao que viu o rei, um vigilante, um santo, que descia do céu, e que dizia: Cortai a árvore, e destruí-a; contudo deixai na terra o tronco com as suas raízes, numa cinta de ferro e de bronze, no meio da tenra relva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e seja a sua porção com os animais do campo, até que passem sobre ele sete tempos!—esta é a interpretação. Trata-se, ó rei, de um decreto do Altíssimo, que é vindo sobre o rei, meu senhor! E assim será contigo: Serás expulso do meio dos homens, e a tua morada será com os animais do campo, e te farão comer erva como os bois, e serás molhado do orvalho do céu, e passar-se-ão sete tempos por cima de ti…até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer! E quanto ao que foi dito, que deixassem o tronco com as raízes da árvore…o significado disto é que o teu reino voltará para ti, depois que tiveres conhecido que o Céu Reina. Portanto, ó rei, aceita o meu conselho, e põe fim aos teus pecados, praticando a justiça, e às tuas iniqüidades, usando de misericórdia com os pobres, assim, talvez se prolongue a tua tranqüilidade. Tudo isso veio sobre mim…sim…sobre mim, rei Nabucodonozor! Ao cabo de doze meses, quando passeava sobre o meu palácio real de Babilônia, eu já havia esquecido o sonho. Então, falei e disse: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a morada real, pela força do meu poder, e para a glória da minha majestade? Ainda estava a palavra na minha boca quando caiu uma Voz do Céu sobre mim, e disse: A ti se diz, ó rei Nabucodonozor, e já está feito: Passou de ti o reino. E serás expulso do meio dos homens, e a tua morada será com os animais do campo; far-te-ão comer erva como os bois, e passar-se-ão sete tempos sobre ti, até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer. Na mesma hora a palavra se cumpriu sobre mim…e fui expulso do meio dos homens…e comia erva como os bois…e o meu corpo foi molhado do orvalho do céu…até que me cresceu o cabelo como as penas da águia, e as minhas unhas como as das aves… Mas ao fim daqueles sete tempos, eu, Nabucodonozor, levantei ao céu os meus olhos, e voltou a mim o meu entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre! Aprendi que seu domínio é domínio eterno, e o seu reino é de geração em geração! Aprendi também que todos os moradores da terra são por Ele reputados em nada, e que segundo a Sua Vontade Ele opera no exército do céu, e entre os moradores da terra. Aprendi que não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes? No mesmo tempo voltou a mim o meu entendimento. E para a glória do meu reino voltou a mim a minha majestade e o meu resplendor. Buscaram-me os meus conselheiros e os meus grandes. Assim, fui restabelecido no meu reino, e foi-me acrescentada excelente grandeza. Agora, pois, eu, Nabucodonozor, louvo, exalto, e glorifico ao Rei do Céu, porque todas as Suas obras são retas, e todos os Seus caminhos são justos. Ele é aquele que pode humilhar aos que andam na soberba! *************************************************** Agora, digo eu: O Senhor reina! Ele levanta, e Ele abate! Bem-aventurado é todo aquele que não luta contra a Sua soberania! Aí de todo aquele que pensa que em si mesmo é alguma coisa! Pobre de todo aquele que pensa que O conhece, mas que não se dobra sob Sua majestade! Quem tiver ouvidos, que ouça o Rei Nabucodonozor! Caio