—– Original Message —–
From: UNÇÃO E SACERDÓCIO DE NOBEL: o ser amargo de Saramago!…
Sent: Friday, August 28, 2009 8:37 PM
Subject: O Nobel de literatura e suas questões sobre o “diabo de Deus … que, para enaltecer Abel, despreza Caim”
Já naquela ocasião, notei algo na repercussão dessas velhas e tolas generalizações acerca da Bíblia, da fé e de Deus: dizendo nenhuma novidade, sem grande profundidade, tem, ainda assim, talvez pela sua popularidade, causado reações como a que conta-se:
“Ao fim da entrevista [em que polemizou sobre a Bíblia e Deus], feita diante de uma platéia de 300 pessoas
O que noto é essa espécie de experiência quase orgásmica – que nem a veracidade, agudeza e a profundidade da crítica, de, por exemplo, um Nietzsche, jamais produziu. Ou seja, a ‘gratidão’ não é pela verdade no que se crê, mas que o que se crê seja a ortodoxia na história, isto é, o que prevalece ou é popular, seja verdadeiro ou não. Do contrário, não se deveria gratidão a alguém que falasse novidade nenhuma. Quando ela diz “você existir” é dedutível que tal gratidão destina-se a existência do personagem – inteligente e conhecido que capitalize o ‘nada novo’. É como se o ‘muitas vezes já dito’, dito pelo ganhador do Nobel de literatura, ganhasse alguma autenticidade, por ser ele o “ganhador do Nobel”. Aliás, no grupo, quando alguém opinava contrariando-o, esse era sempre o recado: “lembrem-se: ele ganhou o Nobel”. Como se o Nobel o transformasse em uma autoridade em questões tão pouco da sua arena. Isso pra não dizer o quão insignificante é tal reconhecimento – e qualquer outro – quando é de Deus que se fala.
Outra observação é mesmo por parte do que o autor vem escrevendo. Ele, nesses anos, vem reafirmando a não existência de Deus com uma insistência estranha, anormal, incoerente até. Não seria isso um sintoma de sua fixação em Deus? Sim, pois se Deus não existisse pra mim, ele simplesmente não existiria pra mim. E o melhor que eu teria a fazer era não tratá-lo como se não existisse. Sim, minha fixação seria a minha própria existência: e ela sem Deus. Porém, me parece que ele, ao afirmar crer no que crê, isto é, que Deus não existe, e fixar-se nisto que não se crê – como ele vem fazendo, me soa como neurose.
Eis algo do que ele vem dizendo, e que mando a ti, para que possível, escrevesse algo sobre. Seria muito bom ouvi-lo e compartilhar isso no grupo dos meus conterrâneos. Mas entendo se não puder.
nEle, que orou: “Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos”.
Eric
Itabuna-Ba
Resposta:
Meu mano querido: Graça e Paz!
Obrigado pelas considerações. Não sei se você leu no site, mas hoje eu havia respondido o que creio ser esse fenômeno de ver tanta tolice, mal dita e mal articulada, ser feita “importância”, e tudo em razão dessa unção de “Nobel”.
Leia: SARAMARGO DERRAMA SUA SARAAMARGURA EM ATEÍSMO TOLO E INFANTIL…
Oscar, Nobel, Cannes, Berlin, Pulitzer, etc — tornaram-se Panteões de deuses e sábios canonizados por um feito, o qual, daí para frente, supostamente lhes atribui o direito à verdade em todas as demais tolices que profiram nesta vida.
Um dos novos demônios é a mídia. É por meio dela que toda ungida idiotice, ungida com palavras e gramática servindo a poesia, como no caso do Saramago, que é um seramargo, ganha o lugar de um oráculo divino contra o divino.
Saramago odeia “Deus” e não sabe que sua cura seria desistir “do Deus” que ele odeia, a fim de ficar livre para amar a Deus, que o ama, e, assim, salvo de seu ódio “pelo Deus” que Deus não é, pudesse recuperar a sanidade e a leveza de ver, olhar e interpretar… Posto que hoje nele se cumpra o que acontece a todo amargurado: a distorção dos pensamentos cavalgados pela amargura.
Além disso, não é possível não assistir ou ler uma entrevista do Seramargo, e não perceber a vaidade infantil com a qual ele recorre fanática e religiosamente ao “tema Deus”, com o ferver dos devotos a uma seita, e, ao mesmo tempo, com muita vaidade intelectual, só que expressa sem nada além de sua unção de Nobel.
Saramago é culto, mas está longe de ser uma inteligência que desafie em qualquer que seja a direção.
Se ele fosse ao menos interessante e instigante no seu ateísmo, ainda seria agradável viajar pelos caminhos e labirintos de tal devaneios, todos eles de natureza psicológica.
Ateísmo em geral é fruto de um Stress Pós Traumático Religioso.
Mas o ateísmo que vejo no Saramago é o de um ser amargo, o qual no passado teve seu próprio trauma, mas que há muito fez do trauma um tema, uma vaidade e um tipo…
É preciso ser um pouco mais inteligente a fim de fazer do ateísmo uma provocação instigante…
Mas porque o Pelé é o Pelé da bola e o Saramago foi maradonamente feito o Pelé das letras pelo Nobel, então até ele pode falar de Bíblia que haverá sempre um mais ignorante ainda que lhe louve a sabedoria biblicamente gagá…
Estou escrevendo apenas para me distrair; pois, sinceramente, o Saramago não mereceria em seu ateísmo nada mais do que uma troca de distrações por escrito.
Peço que receba meu carinho, e que leia o texto que dispus para você no link acima.
Nele, que ama o Saramago e todos os seres amargos também,
Caio
29 de agosto de 2009
Copacabana
RJ
Outros links:
O ANTICRISTO DE FRIEDRICH NIETZSCHE