VOCÊ É CRENTE DE ESTÓRIA OU DE HISTÓRIA?
Dia 27 foi aniversário do Mateus, meu netinho, filho de Juliana, minha caçulinha.
Davi, meu filho, Tatiana, a mulher dele, e Hellena, filha deles e nossa netinha, estiveram aqui este fim de semana para o aniversario do “Teteus”.
Com eles também vieram Alda, a mãe de meus filhos, e o Moisés, sobrinho do Davi e da Tati, e que chama a mim e a Adriana de vovô e vovó. Ciro, o mais velho, não pôde vir.
Ora, o Moisés tem sete anos…
No dia da festa, sábado, vieram os amigos do Caminho com seus filhos, e amigos da Juliana e do Tiago, os pais do Mateus. Foi tudo muito gostoso.
Ontem, dia 28, cansados do sábado, Adriana e eu fomos para o jardim com a Hellena e o Moisés, ou Mô, como ele é carinhosamente chamado por todos.
A Juliana tinha contratado um “pula-pula” para as crianças, e a tal “cama elástica” ficou aqui no domingo.
Fomos para cima da cama “pula-pula”, que estava sob uma densa mangueira, e, ali, ficamos contando histórias e estórias…
Crianças gostam de ter medo controlado. Adoram um mistério, uma assombração, embora digam que temem… Mas tanto é que gostam que, uma vez seduzidos pelo mistério, eles mesmos pedem insistentemente a você que os “engane” com estórias.
Hellena cresceu me pedindo histórias. Contei a ela centenas de histórias desde que ela tinha dois anos e pouco. Hoje está à beira dos nove anos de idade. Mas de uns três anos para cá ela também pede estórias. Ora, minha imaginação não é ruim. A de Adriana também é criativa e farta. As crianças ficam eletrizadas…
Ontem foi assim…
Depois de criar uma estória meio assombrada, deixei-os
“Maravilha Mô!” — eu disse. E continuei a estória.
“Hoje à noite eu vou dormir com o vovô e a vovó” — ele disse.
“Ah! Que nada. Hoje você e Hellena vão dormir aqui embaixo, sozinhos, no quarto de hospedes. O Davi e a Tati vão dormir lá em cima, no quarto do Dani” — afirmei sério… rsrsrs.
“Mas e a criatura?” — Mô indagou.
“Se aparecer você manda sair!” — eu disse de modo simples e direto. Rsrsrs.
“Mas vovô, eu tenho medo” — garantiu ele meio choroso.
“Que medo, que nada! Você manda sair e sairá!” — sustentei brincando sério.
“Vovô! Eu creio, mas não tenho certeza… Nunca fiz isso antes!”
Adriana, Hellena e eu quase morremos de rir da franqueza dele.
Então, desmanchei a estória. Ele, porém, mesmo dizendo-se com medo, pedia-me que não parasse. Continuei, mas agora bem mais leve… Rsrsrs.
“Crente” é como criança: gosta de falar as coisas, apresenta-se cheio de fé antes…, mas na hora Agá… , quando se diz, “Vá que é assim mesmo!”, a maioria diz no coração: “Como posso confiar se nunca confiei antes?”
“Crente” em geral é ousado apenas enquanto a estória não vira história!
Antes de terem de confiar mesmo, todos os crentes são cheios de autoridade e de certezas. São capazes de afirmar coisas “poderosas”. Entretanto, quando a vida se impõe como fato para a pessoa, e já não apenas para “os outros”, em geral o que se obtém como resposta é o mesmo que o Mô me disse: “Vovô! Eu creio, mas não tenho certeza…. Nunca fiz isso antes!”
É hora de deixarmos as estórias e vivermos a História, sem medo, em nome de Jesus, e andando com a segurança de quem anda na Luz.
Mas como você aprenderá a confiar se você nunca se exercita na confiança?
Nele,
Caio
29 de setembro de 2008
Lago Norte
Brasília
DF